Técnica de enfermagem é demitida após bebê ter pé queimado em hospital da Serra
Auditoria da Sesa descartou falhas em protocolos e equipamentos, mas apontou erro da profissional, que adotou procedimento indevidos

A auditoria realizada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) concluiu que houve falha humana no caso do recém-nascido que sofreu queimaduras de terceiro grau no pé após o parto, no Hospital Estadual Jayme dos Santos Neves, na Serra. A técnica de enfermagem foi demitida após o episódio. Ela já havia sido afastada, junto com outros funcionários que participaram do procedimento.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (29), o secretário de Saúde, Thyago Hoffmann, afirmou que os protocolos, treinamentos e equipamentos estavam corretos, mas que o erro partiu da profissional.
"Não houve nenhuma falha de protocolo, de treinamento ou de equipamentos. O que aconteceu foi um erro individual de uma profissional, que adotou um procedimento totalmente fora dos protocolos estabelecidos pelo hospital e pela medicina em geral", declarou Hoffmann.
De acordo com informações da TV Tribuna/Band, a auditoria apontou que o bebê José nasceu com temperatura corporal de 36,2°C, abaixo da média considerada normal (36,7°C).
Para aquecer a criança, a técnica de enfermagem utilizou dois pedaços de algodão aquecidos na resistência do berço. Um dos algodões, no entanto, acabou queimando durante o procedimento, o que causou a lesão.
A mãe, Sara Peisino Barbosa, relatou em entrevista que o filho chorou intensamente até que a equipe percebesse o problema e retirasse o algodão. A auditoria concluiu que não houve dolo na conduta da profissional.
O pequeno José ficou 28 dias internado e passou por vários procedimentos. Ele foi encaminhado para o Hospital Nossa Senhora da Glória, recebendo alta hospitalar, mas não médica. O bebê segue o tratamento em casa.
A Polícia Civil informou que o caso segue sob sigilo, investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
O Secretário de Saúde do Espírito Santo ainda informou que o relatório será encaminhado ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Enfermagem para a análise.
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