Susto e perigo com águas-vivas em praias do ES
Quantidade do animal cresce durante o verão e, com isso, ferimentos em praias também aumentam. Crianças são as mais afetadas
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Com o aumento da proliferação de águas-vivas durante o verão, cresce o número de ocorrências com banhistas atingidos pelos tentáculos das águas-vivas. A sensação ao ser atingido é de uma queimadura com fogo, o que causa pânico, principalmente para crianças, que são as mais afetadas.
Filha da autônoma Jessika Favoretti, 30, Laura, de 10 anos, levou um baita susto na Praia Secreta, em Vila Velha, ao sentir a queimadura no rosto e no pé. Parte da água-viva agarrou no cabelo dela.
“Ela sentiu queimando o pé e o rosto, mas foi muito rápido e não chegou a ficar vermelho ou com marcas. Parte da água-viva ficou agarrada no cabelo dela. Nós corremos para casa, jogamos vinagre em tudo, e ela foi acalmando, chorou muito pelo susto e a dor, mas logo passou”, conta a mãe.
A pediatra Rachel Moucelin diz que o primeiro passo é encontrar vinagre ou soro fisiológico, se possível gelado para aliviar a dor.
“A ferida não é uma queimadura e sim um pequeno envenenamento da pele provocado pelas toxinas presentes nos tentáculos. Os banhistas devem tentar tirar os tentáculos delicadamente, sem apertar e sem ajuda de objetos, lavar imediatamente com água do mar gelada e depois fazer compressas com vinagre ou soro fisiológico”.
Rachel frisou que é importante manter a lesão longe do sol. Em alguns casos, pode ser necessário tomar anti-inflamatório para melhorar a dor e inflamação. Em caso de lesões maiores ou muita dor, a orientação é procurar o hospital.
“O quadro pode evoluir com dores no peito, náuseas e vômitos, dificuldade para engolir ou respirar, cefaleia e até arritmia. Se tiver algum desses sinais, procure atendimento imediato”.
Já a pediatra Camila Mendes lembra que passar urina ou limão para aliviar a dor não funciona.
“Não pode passar nada disso. Também não se deve lavar com água doce. O vinagre é a única substância que corta o efeito do veneno”, esclareceu.
As crianças são as mais atingidas, pois passam mais tempo na água, frisou Camila. “A única forma de se proteger é com roupas emborrachadas”, ressaltou.
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“Dor insuportável”
A estudante Lara Heimbeck relatou nas redes sociais que sofreu queimaduras causadas por uma água-viva na Praia da Costa, em Vila Velha. Seu depoimento deixou muitos banhistas preocupados.
“A água-viva agarrou na minha perna quando eu estava saindo da água. Tive de ir para o hospital porque a dor era insuportável”, destacou ela.
SAIBA MAIS
Vinagre ajuda a aliviar a dor
Envenenamento
A ferida causada por uma água-viva não é queimadura e sim um pequeno envenenamento da pele provocado pelas toxinas presentes nos tentáculos desses animais.
Os banhistas devem, se necessário, tentar tirar os tentáculos delicadamente, mas sem apertar e sem auxílio de outro objeto, lavar imediatamente com água do mar gelada, e depois fazer compressas com vinagre ou soro fisiológico, de preferência gelado para aliviar a dor.
Deve-se manter a lesão longe do sol e pode ser necessário tomar anti-inflamatório. Em caso de lesões maiores ou com muita dor, a orientação é procurar o hospital. Não se deve passar urina ou limão no local.
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