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Cidades

“Sexo não é só prazer. É saúde!”, afirma sexóloga

Ludmilla Aguiar, que é sexóloga, fisioterapeuta e professora universitária, afirma que o bem-estar sexual vai muito além do prazer físico


Imagem ilustrativa da imagem “Sexo não é só prazer. É saúde!”, afirma sexóloga
Ludmilla Aguiar vai fazer uma palestra hoje, em Vitória, com o tema “O Bem que me sinto” |  Foto: ex-marido - Heytor Gonçalves/AT

Sexo não é apenas uma fonte de prazer, mas também um componente essencial para o bem-estar emocional e físico. Essa é a afirmação da sexóloga, fisioterapeuta e professora universitária Ludmilla Aguiar, que falou sobre o assunto em entrevista ao Tribuna Lab.

A especialista, que fará uma palestra nesta quarta-feira em Vitória (com ingressos esgotados) sobre o tema  “O Bem que me sinto”, afirma que o bem-estar sexual vai muito além do prazer físico, sendo essencial para a saúde como um todo, tanto física quanto mental.

“Sexo não é só prazer. É saúde! Quando uma pessoa está com a saúde sexual, aumenta o processo criativo, produz mais, as taxas hormonais ficam mais estáveis, melhora a saúde física e psicológica. Claro que não é só isso, mas não vejo as pessoas darem a importância devida que assunto exige”, destaca. 

Ludmilla, que já ajudou muitos casais e, principalmente, mulheres por meio das redes sociais, ressalta ainda que encontrar “o bem que me sinto”, não apenas sexual, mas também para melhores relacionamentos, é resultado de uma jornada pessoal, que envolve a compreensão de quem se é e o que o faz feliz.

“Achar o ‘bem que me sinto’ vem de uma história completa, não só o que faço hoje. É olhar para você, para sua história e se sentir bem com o que se tem. Só a gente sabe o que é a dor e a delícia de ser o que se é. É o que escolho para mim, como conduta de vida, para que eu 'bem que me sinta'”.

No entanto, Ludmilla reconhece que muitas mulheres enfrentam dificuldades nessa busca pelo bem-estar. 

Ela destacou a influência do ambiente, dos julgamentos e do sentimento de pertencimento como obstáculos comuns. 

“Todas nós, mulheres, temos que enfrentar as influências dos ambientes e  os julgamentos. Ficamos voltadas para isso até achar o ‘bem que me sinto’, o que pode demorar muito. Eu mesma só comecei esse projeto depois de sofrer abuso e perceber que estava tudo errado. Tive influências e experiências que travaram o meu ‘bem que me sinto’”, conta.

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Para ela, o primeiro passo para encontrar o “bem que me sinto”, não apenas sexual, é preciso o  autoconhecimento. “Meu primeiro passo foi colocar no papel o que me fazia sentir bem. Pensa que está sozinha no mundo,  como gostaria de viver, o que gostaria de fazer? Seja firme e não se distraia. Nossas fraquezas e carências são distrações constantes e nos distrai muito do que somos”.

“Quando você se conhece, não aceita mais qualquer coisa”, Ludmilla Aguiar, sexóloga

Depois de sofrer em um relacionamento abusivo, a sexóloga e professora Ludmilla Aguiar transformou em missão ajudar outras pessoas a encontrarem o “bem que me sinto”, o bem-estar físico e mental. 

Imagem ilustrativa da imagem “Sexo não é só prazer. É saúde!”, afirma sexóloga
Ludmilla esteve no Tribuna Lab |  Foto: ex-marido - Heytor Gonçalves/AT

A Tribuna - O que é o “bem que me sinto”?
Ludmila Aguiar - É muito difícil eu dizer o certo e o errado, já que cada um tem o seu padrão de bem-estar. Achar o  “bem que me sinto” vem de uma história completa, não só o que faço hoje. Como consegui resolver e reorganizar tudo que vivi até hoje e me sentir bem. É olhar para você, para sua história e se sentir bem com o que se tem. Só a gente saber o que é a dor e a delícia de ser o que se é. É o que escolho para mim, como conduta de vida, para que eu bem que me sinta. 

As mulheres têm dificuldade de encontrar o bem que me sinto?
Sim! Todas nós temos a questão do pertencimento, a influência do ambiente, os julgamentos. Ficamos muito voltadas para isso até achar o bem que me sinto, pode demorar muito. A mulher tem que ser muito dona de si para conseguir esse nível e manter, porque as variáveis são muitas. Eu mesma só coloquei esse projeto para agir depois de sofrer um abuso, para perceber que está errado.

Mas, por muitas vezes, deixei de viver o “bem que me sinto” por medo do que meu pai ia achar, por medo do meu namorado, por medo da sociedade. Tive influências e experiências que travaram o meu “bem que me sinto”. 

A mulher pode fazer isso sozinha? 
Deve! Mas esse ainda é outro desafio. Fomos criadas e educadas para crescer, casar, ter filhos e constituir família. Isso está mudando um pouco agora, mas a nossa geração é de  transição. Para enfrentar o preconceito, é preciso estar bem disposta e certa do que se quer para a vida. Quando você se conhece, não aceita mais qualquer coisa. 

Então, a quantidade perde o sentido e o que prevalece é a qualidade. Pontuo isso no sentido sexual, mas vale para nossas questões de relacionamento como um todo, a gente seleciona amizades, começa a se posicionar em casa, no trabalho, em todos os setores. 

Quando a gente se posiciona, quando a gente “bem que se sente”, saímos da manada. Mas também não é errado seguir a manada, é o “bem que me sinto”. Saiba mais no perfil do Instagram @bemquemesinto.

Dúvidas das leitoras

Por que a sociedade continua colocando o feminino como um sinal de fraqueza? 
Livia Barreto, fisioterapeuta, 39 anos

Infelizmente, por mais que estejamos progredindo nessas descobertas das polaridades, existe ainda muita força do patriarcado e do machismo na sociedade. Então, enquanto essa força for maior do que a força e conhecimento do feminino, sempre vai ter essa visão pejorativa de que o feminino é fraco. 

Costumo falar que a força do feminino gera uma ameaça absurda ao machismo, com isso ele não consegue entender que, na verdade, as forças se equilibram. Não é só o feminino ou masculino, é preciso ter um equilíbrio entre essas duas forças para que o indivíduo possa viver mais equilibrado da melhor forma possível.

Por que é tão vergonhoso, para algumas mulheres, sentirem o orgasmo? Porque a sociedade impõe isso?
Thais Toneto,  nutricionista, 36 anos

A princípio, cabe à mulher entender por que, para ela, isso é vergonhoso. O orgasmo, o prazer, é individual. O que você sente independe do julgamento do outro. Acho que não é nem uma questão da sociedade só, mas da própria mulher, que para pertencer acaba se distraindo e se perdendo nesse julgamento e se limitando de ter algo que é de direito dela, que é o próprio prazer e o próprio orgasmo.

De onde vem e do que é feito o squirting, conhecido como a ejaculação feminina??
Julia Grave, empresária,  28 anos

O squirting é sempre um tabu, mas também uma grande curiosidade e muita gente não sabe do que se trata. Todas as mulheres têm condições de ter um squirting, mas muitas não têm porque é o nível máximo de tesão que a mulher tem. 

No ápice do orgasmo ela libera um líquido que sai de um glândula chamada skene, que fica próximo ao canal uretral na mulher. Para esse líquido ser liberado na ejaculação feminina, como chamamos, a mulher tem de estar com muito prazer. 

É um líquido transparente, não tem cheiro e a quantidade vai variar de mulher para mulher.

Como é a proteção no sexo entre as mulheres?
Julia Grave, empresária,  28 anos

Não muda pelo fato de ser entre mulheres. Existe a camisinha feminina, que independe de ser heterossexual  ou homossexual, ela está aí para proteger de doenças sexualmente transmissíveis. 

Ela também deve ser usada nos brinquedos para evitar contaminação por bactérias ou fungos. Existem também exames  que o casal pode fazer periodicamente para ver como está a saúde individual. 

Mas não existe um fator específico por ser uma relação entre mulheres.

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Assista a entrevista com a especialista:

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