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Regional

Turistas pedem mais tempo em rotativo de" Guarapari

Tempo de permanência máxima em cada vaga é de quatro horas. Depois é preciso sair da areia para procurar um novo local para estacionar


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Imagem ilustrativa da imagem Turistas pedem mais tempo em rotativo de" Guarapari
Julia, Miriam e Herimar, todos de São Gonçalo (RJ), dizem que a medida impede de curtir melhor o dia na praia |  Foto: Roberta Bourguignon

Quem visita as praias de Guarapari precisa pagar para estacionar. Na alta temporada, a cobrança é feita de 8h às 21 horas, e os turistas reclamam de não poder passar o dia na praia, porque o tempo de permanência máxima em cada vaga é de quatro horas.

Passado o tempo de quatro horas, o motorista não pode continuar na mesma vaga e precisa encontrar um outro ponto de estacionamento para passar o total de oito horas, por exemplo.

Isso porque a multa para quem excede o limite de permanência na vaga é de R$ 195,23. Além disso, o motorista perde cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e tem o carro guinchado.

A família que chegou na semana passada de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, tem passado sufoco para curtir as praias do Centro. O casal de professores, Miriam de Castro Alves Santana, de 53 anos, e Herimar Santana, de 58, e a filha Julia Alves Santana, de 23, precisam sair da areia para procurar a segunda vaga quase todos os dias.

“Chegamos na praia às 10 horas e queremos passar o dia aqui. Mas a cada quatro horas eu preciso sair com o carro da vaga para não ser multada e ter o veículo guinchado”, disse Miram, que visita Guarapari pela primeira vez.

“Não estamos reclamando do pagamento do rotativo, só queremos continuar ocupando a mesma vaga, já que é difícil encontrar outra. Isso é incômodo”, completou a jovem.

A situação torna-se mais complicada para procurar outra vaga porque Herimar está com mobilidade reduzida, por ter operado o pé direito recentemente.

“Quando chegamos, encontramos a vaga. Mas isso foi 10 horas da manhã. Às 14h, quando eu preciso deixar a areia para ir procurar a segunda vaga, a praia está mais lotada ainda, e fica mais difícil encontrar local para estacionar. Quando encontro é longe. Achei um absurdo essa lei, que inclusive nos impede de curtir o dia tranquilo na praia”, comenta Herimar.

A filha até baixou o aplicativo do sistema de estacionamento rotativo da cidade, para poder ficar vigiando o tempo. “Pediram para baixarmos o aplicativo para ficar mais cômodo, mas a facilidade é só para eles (agentes do rotativo), porque não estão sempre por perto para a cobrança. Seria tão simples se pudéssemos renovar o tempo na vaga, assim resolveria todos os problemas”, diz Julia.

“Democratizar o espaço público”

Questionada sobre a possibilidade de aumentar o tempo de permanência máxima por vaga, a Prefeitura de Guarapari, por meio da Secretaria de Postura e Trânsito (Septran), se limitou a informar que a legislação atual prevê o limite de quatro horas na mesma vaga.

Passado esse tempo, há multa de trânsito, passível de ocorrer, no valor de R$ 195,23 e perda de cinco pontos na carteira de habilitação.

O diretor de operações da Rizzo Park, empresa contratada pela prefeitura para operar o sistema de rotativo na cidade, esclarece que não é possível aumentar o tempo de permanência na vaga, já que o objetivo do serviço é a rotatividade, e dar oportunidade de vagas para mais pessoas.

“O propósito do estacionamento rotativo é justamente esse, democratizar o espaço público. Então, se hoje a gente consegue encontrar vagas na região de praias e no Centro de Guarapari, é por conta disso”, explica o diretor Thiago Balbino.

Custa R$ 5 para ficar estacionado pelo período de quatro horas. E se o turista quiser ficar mais tempo na praia, a orientação é trocar de vaga. “O motorista precisa trocar de vaga, nem que seja para o local da frente”, completa o diretor.

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