Reforço da PM para retirar ambulantes em terminais do Transcol
Durante esta semana, Ceturb está intensificando operações em todos os terminais para coibir o comércio de produtos
Escute essa reportagem
O dia a dia de quem acorda cedo e vai para os terminais de ônibus da Grande Vitória não é nada fácil – nem para quem embarca como passageiro, e nem para quem circula no local para vender seus produtos como ambulante.
Nos últimos dias, a Polícia Militar tem atuado para coibir o trabalho desses comerciantes, que é proibido no local, segundo a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado (Ceturb).
De acordo com os vendedores ambulantes, além da retirada deles dos terminais, eles receberam ameaças de terem as suas mercadorias confiscadas.
A vendedora ambulante Mel Lopes, de 62 anos, vende salgados e refrigerantes no Terminal de Itaparica, em Vila Velha. Ela reclama que não houve aviso prévio para a retirada dos vendedores.
“Chegaram dizendo que ninguém vai trabalhar mais aqui. Eu me pergunto o motivo disso tudo”, questiona.
O ambulante Jeová Silva Pereira, de 35 anos, demonstra toda a incerteza de como será a sua rotina como vendedor a partir de agora.
“Muitos de nós estão desempregados. A gente precisa trabalhar aqui para tirar o nosso sustento. Estão perseguindo a gente. A situação vai ficar difícil para todos. Sem essa renda, não sei como vamos sobreviver”.
A Ceturb, que é responsável pelos terminais de ônibus da Grande Vitória, informou que fiscaliza e faz operações em todos os terminais para coibir o comércio ambulante. De acordo com a companhia, a presença de vendedores ambulantes é proibida pelo Regulamento dos Transportes.
Para seguir coibindo o comércio, a Ceturb está reforçando as ações com a presença da Polícia Militar.
Para hoje, os ambulantes vão avaliar o cenário e, em caso de novas abordagens da polícia, pretendem realizar uma manifestação amanhã, em frente ao Terminal de Itaparica.
Para a estudante Janine Monteiro, de 19 anos, que frequenta os terminais, a retirada dos comerciantes é injusta.
“Os vendedores ambulantes não afetam ninguém. O trabalho deles é uma fonte de renda importante”, opinou.
Comentários