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Cidades

“Queremos uma explicação concreta”, diz mãe de bebê que morreu em PA de Cariacica

Menina foi internada no dia 7 de janeiro, com um quadro de gastroenterite, e morreu 6 horas depois


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Imagem ilustrativa da imagem “Queremos uma explicação concreta”, diz mãe de bebê que morreu em PA de Cariacica
Ana Paula e o marido, Fabian Müller do Carmo, 37, junto com Vicky: família quer respostas sobre causa da morte |  Foto: Acervo Pessoal

A mãe da pequena Vicky Araújo Muller, que morreu após dar entrada no Pronto Atendimento (PA) de Alto Lage, em Cariacica, afirma que a família quer respostas sobre o aconteceu. “Queremos saber o que houve realmente com ela”, disse a empresária Ana Paula Araújo, de 29 anos, que registrou um boletim de ocorrência nesta quinta-feira (20). 

A menina foi internada no dia 7 de janeiro, com um quadro de gastroenterite, e morreu 6 horas depois. Segundo familiares, a equipe médica não soube explicar o motivo do óbito, sugerindo aneurisma. No entanto, um exame feito após a morte indicou um edema pulmonar. 

"Quero saber o que realmente aconteceu com a minha filha. Ela faleceu no pronto atendimento às 10 horas da manhã”, disse a empresária em entrevista ao jornal A Tribuna.

A Tribuna — Como você está?

Ana Paula Araújo — No momento é difícil falar. O luto tem muitas fases. Tem momento em que estou no fundo do poço, outros em que não consigo acreditar. A minha família está sendo sustentada pela nossa crença em Deus.

Como a Vicky era?

Ela era uma criança muito especial, que marcou muitas pessoas. Todos que a conheceram diziam que ela era abençoada, que parecia um anjo. Diziam que parecia fora desse mundo, desenhada. Os olhos eram marcantes.

O que os médicos te disseram quando sua filha morreu?

Quando ela começou a desfalecer, os médicos pediram que eu me retirasse. Depois não vi nada. Quando entrei novamente, estavam todos de cabeça baixa e lamentando aquele episódio triste.

E então?

A explicação que eles deram achei muito inviável. Nós fomos lá por causa de uma gastroenterite, e a minha filha morrer de aneurisma não condiz. O contexto todo não condiz. Ela não tinha nenhum problema. Falei que ia correr atrás de respostas e os médicos concordaram. Eles também queriam saber o que aconteceu.

O que você já fez?

Fomos no Serviço de Verificação de Óbito para fazer a necrópsia. Foi lá que o resultado deu edema pulmonar. E ontem (quinta-feira) fizemos o boletim de ocorrência.

Essas respostas vão te ajudar a seguir em frente?

Não. Isso não vai trazer conforto para a nossa família. Mas nós queremos saber o que houve realmente com ela. Só queremos uma explicação concreta.

Entenda o caso

Uma família está tentando entender o que causou a morte de uma bebê de 1 ano e 3 meses, após ela dar entrada no Pronto Atendimento (PA) de Alto Lage, em Cariacica. Vicky Araújo Muller foi internada no dia 7 de janeiro, com um quadro de gastroenterite, e morreu 6 horas depois.

Segundo familiares, a equipe médica não soube explicar o motivo do óbito, sugerindo aneurisma. No entanto, um exame feito após a morte indicou um edema pulmonar. Nessa quinta-feira (20), a mãe, a empresária Ana Paula Araújo, 29 anos, registrou um boletim de ocorrência.

Mãe de dois filhos e vivendo o luto pela terceira, Ana conta que Vicky começou a passar mal em um domingo, durante a missa.

“Ela teve um episódio de vômito, mas ficou tudo bem. Na terça, ela começou a recusar alimentos e ter diarreia, mas não teve febre e estava brincando. Foi na madrugada de sexta que piorou. Ela acordou chorando, às 4h30, vomitando”.

A família chegou ao hospital por volta de 5h15 e foi atendida meia hora depois. Ainda segundo o relato da mãe, a médica diagnosticou gastroenterite. Vicky foi receitada com soro para desidratação e fez um exame de glicose.

“Deu 73. Ela estava quase chegando ao limite da hipoglicemia. A médica deu o medicamento e depois disse: 'mãe, para liberar vocês é só fazer mais um exame'”.

Mas Ana conta que, quando viu a filha, ela estava chorando como nunca. Dessa vez, a glicemia estava em 380. Novo tratamento e a bebê chegou a melhorar.

“Ela estava bem. Fizemos uma chamada de vídeo com meu marido. Desliguei porque íamos fazer outro teste. Deu 33. Pedi outro aparelho e deu 28. Eles iam injetar glicose na veia. Quando a agulha entrou, foi o momento que vi seu último suspiro”, relata Ana, que disse ainda que a explicação dada na hora da morte não foi conclusiva e que quer respostas. “Minha filha estava bem e morreu 6 horas depois”.

A Secretaria de Saúde de Cariacica disse que a criança chegou ao PA com quadro de diarreia aguda e leve desidratação. “No entanto, o quadro evoluiu para uma parada cardiorrespiratória irreversível. A direção do Pronto Atendimento aguarda o laudo definitivo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), e o caso segue em investigação”, informou.

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