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Cidades

Projeto recupera 100 km quadrados de Mata Atlântica no Estado


Uma área equivalente a 10 mil campos de futebol, num total de 10 mil hectares – ou 100 quilômetros quadrados. Esse é o espaço ocupado por novas árvores e espécies nativas da Mata Atlântica no Estado nos últimos sete anos.

O reflorestamento é feito por cerca de quatro mil produtores rurais cadastrados no Programa Reflorestar, do governo do Estado.

O coordenador do projeto, Marcos Sossai, explicou que o governo financia, com recursos próprios e vindos do Banco Mundial, a compra de insumos e mudas para recuperação de florestas em áreas desmatadas.

“O Reflorestar entrou em operação em 2013. A ideia é apoiar os produtores para que, não só recuperem suas áreas, mas que também tenham renda a partir desse modelo. O objetivo principal é recuperar as nascentes de água”.

Outra consequência do reflorestamento é a preservação e até ressurgimento de espécies da fauna, como aves e animais silvestres.

Pesquisador do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o doutor em Biologia Cláudio Nicoletti trabalhou por dois anos no Instituto Nacional da Mata Atlântica, em Santa Teresa, na região Serrana.

No período, produziu o trabalho “Revisão da Lista de Espécies Ameaçadas do Espírito Santo”, que mapeou espécies da fauna e flora que podem sumir no Estado.

Para Nicoletti, “o reflorestamento da Mata Atlântica no Espírito Santo é uma medida de importância inquestionável para a recuperação do bioma”.

Um exemplo de que espécies de fauna (animais) e flora (plantas) dependem uma da outra para sobreviver é o trabalho executado no Projeto Caiman, que trabalha com a recuperação e reabilitação de jacarés-de-papo-amarelo, animais nativos da Mata Atlântica.

Imagem ilustrativa da imagem Projeto recupera 100 km quadrados de Mata Atlântica no Estado
O veterinário Yhuri Cardoso diz que a destruição da mata estimula o aparecimento de jacarés em áreas urbanas |  Foto: Fábio Nunes/AT

O médico veterinário e coordenador do projeto, Yhuri Cardoso Nóbrega, destacou que “a destruição da Mata Atlântica e o avanço de áreas urbanas sobre os ambientes dos animais silvestres fazem com que os jacarés, frequentemente, sejam encontrados em áreas urbanas, muitas vezes, com graves problemas de saúde”.

Retorno de pássaros e insetos

O casal de biólogos Danillo Sartório, de 29 anos, e Camila Barbiero, 23, adquiriu um pasto em Castelo. Juntos, eles pensaram na oportunidade que teriam para aplicar um método que une recuperação de áreas degradadas e produção de alimentos: a agricultura sintrópica.

Imagem ilustrativa da imagem Projeto recupera 100 km quadrados de Mata Atlântica no Estado
O casal de biólogos Danillo Sartório, de 29 anos, e Camila Barbiero, 23, adquiriu um pasto em Castelo. |  Foto: Lucas Zardo Barbiero

O método é um sistema de cultivo agroflorestal, ou seja, une reflorestamento e produção agrícola sustentável. Além disso, regenera áreas degradadas e melhora a qualidade e a quantidade da água que nasce no local.

“Já percebemos mudanças, como o aumento da biodiversidade. Insetos e pássaros que não estavam lá começaram a aparecer. Há maior equilíbrio”, disse Danillo.

Recuperação de manguezal

Presidente do Instituto Goiamum, o ambientalista Iberê Sassi, de 72 anos, atua na recuperação de áreas degradadas.

O instituto trabalha, principalmente, com a recuperação de manguezal, que é um ecossistema associado à Mata Atlântica.

Imagem ilustrativa da imagem Projeto recupera 100 km quadrados de Mata Atlântica no Estado
O presidente do Instituto Goiamum, o ambientalista Iberê Sassi, de 72 anos, atua na recuperação de áreas degradadas. |  Foto: Fábio Nunes/AT

“Nos últimos anos, houve uma guerra ao trabalho das ONGs ambientais. Eu e minha equipe chegamos a ser expulsos a tiros de algumas áreas enquanto trabalhávamos no reflorestamento. Tivemos de interromper os trabalhos de recuperação por causa da pandemia do coronavírus. Muito do nosso trabalho deve ser perdido”, disse.

Mata Atlântica

  • A Mata Atlântica já cobriu cerca de 15% do território nacional, 1,3 milhão de0 km, englobando 17 estados.
  • Hoje, restam apenas cerca de 7% da cobertura original da mata.
  • Em 1993, um estudo realizado por técnicos do Jardim Botânico de Nova Iorque (EUA) identificou, na região da Reserva Biológica de Una, no sul da Bahia, a maior diversidade de árvores do mundo, com 450 espécies diferentes num só hectare de floresta.
  • O primeiro parque nacional brasileiro foi criado em uma área de Mata Atlântica, em 14 de junho de 1937.
  • O Parque Nacional de Itatiaia fica entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais e abriga 360 espécies de aves (incluindo gaviões, codornas e tucanos) e 67 espécies de mamíferos (como pacas, macacos e preguiças).
  • Parte da Mata Atlântica foi reconhecida pela Unesco como Reserva da Biosfera no começo da década de 1990.
  • A Reserva estende-se por cerca de cinco mil quilômetros ao longo da costa brasileira, com área total de 290 mil quilômetros quadrados.
  • A queima de florestas, ainda comum nos dias de hoje, era a prática mais empregada na preparação da terra para o plantio.
  • A exuberância, imponência e a riqueza da Mata Atlântica marcaram profundamente a imaginação dos europeus e contribuíram para criar uma imagem de terra paradisíaca, onde os recursos naturais pareciam inesgotáveis.

Programa Reflorestar

  • Programa do governo do Estado que financia o reflorestamento nas propriedades rurais.
  • Cerca de 4 mil prorietários rurais participam do programa em todo o Estado.

Modelos de restauração

  • Ativa: viabiliza a recuperação da floresta por meio de ações de plantio de espécies florestais e/ou da condução da regeneração, podendo envolver, portanto, ações de preparação da área, implantação e manutenção da floresta em recuperação.
  • Passiva: baseada na regeneração natural da floresta, a partir do uso de práticas de fiscalização e monitoramento, isolamento do fator degradador, fornecimento de incentivos para manutenção, dentre outros. É um método de baixo custo e que pode viabilizar a restauração em larga escala.

Fonte: WWF Brasil e governo do Estado.

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