Praia do Iate terá nova faixa de areia
Obras de manutenção do local serão feitas porque o volume de areia foi perdido pelo movimento do mar ao longo dos anos
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Os banhistas terão mais espaço para aproveitar a Praia do Iate, em Vitória, com o engordamento da faixa de areia que será feito a partir do segundo semestre deste ano. A obra contemplará o espaço entre o Iate Clube e a Guarderia.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) realizou um relatório técnico em relação à erosão da orla, depois de fazer o estudo da região, e a Secretaria de Obras (Semob) está em fase de elaboração do projeto.
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Tarcísio Föeger, a área da Praia do Iate não apresenta um alto nível de erosão marinha, se comparado com a Curva da Jurema, por exemplo. O que será feito é uma manutenção.
“A orla da Praia do Iate é artificial. Até os anos 70, ali, na Praça dos Namorados e na Praça dos Desejos, era tudo água. A área recebeu aterros naquela época e, desde então, nunca mais foram feitas engordas”, explicou.
“Isso não aconteceu porque ela não é uma área erosiva. Vamos fazer uma manutenção lá porque, em décadas, o volume de areia foi perdido pelo movimento do mar”.
Segundo Tarcísio, o engordamento da faixa de areia trará benefícios para os frequentadores da praia. “Os moradores e turistas poderão usufruir melhor da orla, há o aumento da área de convívio de lá. As pessoas poderão praticar esportes e realizar atividades físicas”.
Professora de Oceanografia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Jacqueline Albino afirmou que o projeto de engordamento precisa estar adequado com a dinâmica da praia.
“A ação é positiva se for feita de uma maneira adequada à dinâmica da praia estudada. O projeto tem que ser bem feito, senão pode piorar a erosão”, falou. Em relação ao prazo de entrega do serviço, ainda não há uma data oficial.
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Água do mar barrenta por causa de contato com argila
Nos últimos dias foi notada a mudança na cor da água da Praia do Iate, em uma área próxima à ponte da Ilha do Frade.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Tarcísio Föeger, afirmou que a cor mudou, ficando barrenta, por conta do contato do mar com a argila presente em uma parte com pedras da praia.
“Com o movimento de encher e esvaziar do mar, a água atingiu uma área que não tem areia e somente barro, o que sujou a água”, explicou.
Professora de Oceanografia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Jacqueline Albino explicou que algumas condições causam a mudança no nível da água, o que resulta na erosão naquela praia: muita chuva, muito vento, ondas e variação de maré.
Ela explicou que, se essas condições forem cessadas, a cor do mar volta ao normal.
“A erosão vai parar e, com isso, em alguns dias ou semanas a argila vai para o fundo do mar”, explicou.
O biólogo Daniel Gosser explicou que a argila não faz mal. “A argila em si não faz mal à saúde, mas se fazem necessárias análises da água dessa praia para saber se a qualidade da mesma está própria ou imprópria para banho”, disse.
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