PM reforça a segurança para enfrentar criminosos no ES
Além do armamento fabricado no Brasil, a Polícia Militar busca tecnologia em países de três continentes para suas operações
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A Polícia Militar do Espírito Santo tem ampliado a segurança e o seu armamento para combater o crime, inclusive comprando armas em três continentes: na Ásia (Oriente Médio), na Europa, e na América do Norte, além de utilizar as brasileiras.
“Nossos equipamentos têm que ser muito melhores do que os equipamentos que o crime organizado, essas facções, utilizam”, afirma o comandante-geral da PM, coronel Douglas Caus.
Como exemplos, Caus cita a aquisição de outubro do ano passado, o teaser (arma elétrica). Foram adquiridas 1.100 unidades dos Estados Unidos, a US$ 1.700 (R$ 8.909,70) cada.
Popularmente conhecida como “arma de choque”, o equipamento não letal provoca a imobilização instantânea da pessoa, até que possa ser contida e algemada.
“O primeiro ponto é a segurança do policial militar. Ele, em suas atribuições, faz o uso escalonado da força, usa o equipamento letal ou não letal, de maneira que ele possa se proteger”, destaca.
Já os fuzis IWI Arad, fabricados em Israel, no Oriente Médio, já adquiridos pela PM também, são usados pelas polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo, por exemplo. É uma arma projetada para atender às necessidades específicas de operações táticas, especialmente em ambientes urbanos.
O armamento foi apresentado pelo comandante-geral e pela equipe da Divisão de Materiais Bélicos e Armamentos da PM, formada pelo major Gusmão, sargento Matta, capitão Muzi e cabo Rangel.
Segundo a equipe, em relação ao IWI Arad, foram três lotes desse armamento, o mais recente a US$ 2.647,04 (R$ 13.873,14) a unidade. Contemplaram todos os tipos de policiamento no Espírito Santo.
“Usamos a mesma arma com kits diferentes para poderem ser utilizadas em diversos cenários hoje no nosso Estado”, diz o Douglas Caus.
Já a pistola da marca Glock usada pelos policiais é de fabricação austríaca, ao custo de US$ 423 (R$ 2.216) a unidade, calibre ponto 40. “É o que a gente tem de melhor hoje na categoria e é um valor consideravelmente baixo”, afirma.
Coletes, capacetes, algemas, munições, carabina calibre 12, bombas de efeito luminoso e sonoro, entre outras, são nacionais.
Equipamento para proteger tropas
A Polícia Militar fez o processo de licitação para adquirir 1.200 capacetes para os policiais das tropas especializadas do Estado: Batalhão de Missões Especiais, Batalhão de Ações com Cães, Regimento de Polícia Montada, Batalhão de Polícia Militar Ambiental e as Forças Táticas.
“A Polícia Militar fez o processo de licitação e vamos pedir a aquisição de 1.200 unidades para serem distribuídas para as tropas especializadas, que são aquelas que mais trocam tiros. Então, a possibilidade de que sejam alvejadas na cabeça existe”, destaca o comandante-geral da PM, Douglas Caus.
Segundo ele, nos próximos dias, a PM vai solicitar um crédito suplementar ao governo do Estado. Quando o crédito for aprovado, será feita a ordem de fornecimento, de acordo com o prazo contratual, com a empresa vencedora da licitação. A previsão é de que a Polícia Militar receba os capacetes no mês de novembro.
O comandante afirma que o capacete é um avanço no sentido de levar para o policial militar mais um equipamento de segurança.
“Infelizmente, nós tivemos dois casos recentes de policiais que foram alvejados na cabeça. Mas a Polícia Militar já tinha essa preocupação, tanto é que esse processo licitatório começou há mais de um ano atrás”, afirma.
Capacidade
Segundo a equipe da Divisão de Materiais Bélicos e Armamentos da PM, formada pelo major Gusmão, sargento Matta, capitão Muzi e cabo Rangel, o capacete suporta disparos de calibre 9 milímetros e calibre ponto 40.
“Em 98% das trocas de tiros, do outro lado só têm indivíduos armados com revólveres e pistolas”, afirma o comandante-geral.
A equipe de Divisão de Materiais Bélicos informou que o material do capacete balístico é o mesmo de um colete convencional, um polietileno de alta pressão.
É como se fosse um plástico muito rígido, produzido pela empresa que o fabrica, então é o mesmo material de um colete que vai no corpo.
É a chamada “proteção nível 3A” para proteção do militar na patrulha, na invasão tática, para ele poder ficar coberto e abrigado.
Douglas Caus diz que esta é uma das ações estruturantes. “São mil policiais na academia, quando saírem e vierem para a rua, mais mil entrarão. É também a modernização do nosso parque bélico”.
Novos equipamentos
Pistola Glock
Pistola austríaca Glock. Valor unitário de US$ 423 (R$ 2.216) a G22 calibre ponto 40 e US$ 425 (R$ 2.227) G17 calibre 9mm.
São 1.377 pistolas G17 calibre 9mm e 6.528 pistolas G22 calibre ponto 40.
Arma de choque
Arma neuroparalisante (arma de choque) dos EUA. A corporação possui um total de 1.100 unidades, compradas em outubro de 2023. O valor unitário é de US$ 1.700 (R$ 8.909,70).
Fuzil IWI Arad
Fuzil IWI Arad calibres 556 e .300, de fabricação israelense. Comprado em três lotes, um total de 674 fuzis, sendo a compra mais recente em 7 de março. O valor unitário do lote mais recente é US$ 2.647,04 (R$ 13.873,14 na cotação de ontem). Todos os policiamentos do Estado têm uso do fuzil. A arma é usada com kits diferentes.
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