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Cidades

Pacientes de falso médico tomaram remédio errado


Imagem ilustrativa da imagem Pacientes de falso médico tomaram remédio errado
No Estado, cerca de 15 policiais federais cumprem três mandados de busca e apreensão em empresas e residências dos envolvidos no esquema. |  Foto: Antônio Moreira/AT

Os crimes cometidos pelo falso médico de 44 anos que usou documentos falsificados para atuar em unidades de saúde e hospitais podem ir além do exercício ilegal da medicina. Isso porque, segundo a Polícia Federal, quando ele atuou no estado da Bahia, chegou a passar prescrição errada de remédios a pacientes.

A informação chegou até a polícia por meio das próprias vítimas, durante as apurações da “Operação Placebo”, que tem como alvo o combate à prática ilegal da medicina por meio de falsificação de documentos emitidos por universidade estrangeira.

Também haveria transferência para faculdades brasileiras com apresentação de currículo falso de instituições de ensino da Bolívia.

Alguns dos pacientes do acusado, que não teve o nome revelado, foram atendidos em unidades de saúde da cidade de Macarani, no interior da Bahia. Por lá, um outro caso grave foi registrado, inclusive, na Vara Cível da cidade, de acordo com a Polícia Federal baiana.

“Há o caso de uma gestante que teve complicações no parto e seu filho nasceu e morreu em seguida. Ela entrou com ação de indenização contra vários médicos que a atenderam, inclusive, um dos falsos médicos”, informou um policial que atuou nas investigações e que pediu para não ser identificado. Ele não soube informar quando aconteceram os casos na Bahia.

No Espírito Santo, embora não existam registros de pessoas prejudicadas pelo falso médico, duas prefeituras onde ele atuava como clínico geral, no Norte do Estado, decidiram abrir procedimento administrativo.

“Já foi aberto o procedimento e ele seguirá paralelo às investigações da Vara Criminal. Caso a Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar julgue necessário, serão arroladas testemunhas”, disse o secretário de Saúde de São Mateus, Henrique Follador.

O mesmo aconteceu em Conceição da Barra, onde o acusado atuava como plantonista no Pronto Atendimento de Braço do Rio.

“Protocolamos o procedimento hoje (ontem). Uma comissão ficará responsável pelas apurações e deve ouvir servidores e os pacientes”, informou o secretário municipal de Saúde, Daniel Bissoli.


Entenda


Prescrição de remédio

  • Acusado pela Polícia Federal por usar documento falsificado para ingressar em faculdade brasileira, o falso médico, de 44 anos, causou sérios danos a pacientes que atendeu na Bahia.

  • Segundo a Polícia Federal baiana, antes de fugir para o Espírito Santo, o acusado chegou a prescrever remédios incompatíveis com o quadro clínico de alguns pacientes.

  • Em um dos casos relatados à polícia, uma gestante, que foi atendida na cidade de Macarani, no interior da Bahia, teve complicações no parto, seu filho nasceu e morreu em seguida.

  • De acordo com a Polícia Federal, a mulher moveu uma ação pedindo indenização.

Pacientes devem ser ouvidos

  • No Estado, as prefeituras de São Mateus e Conceição da Barra, onde o suspeito atuou como clínico geral, abriram procedimento administrativo para apurar os fatos.

  • Além de servidores, as prefeituras devem ouvir pacientes atendidos pelo falso médico.

Rota do crime

  • De acordo com a PF, o acusado cursou apenas seis meses do curso de Medicina em uma faculdade na Bolívia e, depois, seguiu para o estado brasileiro do Paraná.

  • Lá, o suspeito apresentou documentos falsos que comprovariam que ele teria feito 90% do curso.

  • Após estudar por um ano em faculdade particular no Paraná, cujo nome não foi revelado, ele conseguiu acesso ao diploma.

  • Em seguida, partiu para Vitória da Conquista e Macarani, na Bahia, onde atuou por algum tempo até ser investigado pela Polícia Federal.

  • Ao descobrir que estava sendo investigado, o acusado fugiu para São Mateus, no Norte do Estado.

  • No Espírito Santo, ele atuou por quatro anos em, pelo menos, um hospital, além de várias unidades de saúde na Região Norte.

Investigações

  • Começaram em 2019, após uma denúncia do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, indicando que o diploma estrangeiro de um dos médicos investigados era falso.

  • A Polícia Federal na Bahia contabiliza, pelo menos, seis falsos médicos no esquema e mais três tentativas de outros suspeitos.

  • Os documentos estrangeiros eram todos falsificados pela quadrilha e, depois, traduzidos, de acordo com a polícia.

Prisões

  • Na última quarta-feira, por meio da “Operação Placebo” da PF, um falso médico foi preso em São Mateus e outro no estado da Bahia.

  • Eles vão responder por uso de documento falso, exercício ilegal da medicina, peculato e associação criminosa.

Fonte: Polícia Federal e prefeituras citadas.

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