Pacientes chamadas de 'pobres' por médico serão indenizadas no ES
Indenização será paga pelo hospital onde o caso aconteceu
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Um hospital do Espírito Santo foi condenado a indenizar duas pacientes que alegam ter sido ofendidas por um médico durante atendimento no local. A decisão é do Juizado Especial Cível, Criminal e da Fazenda Pública de Nova Venécia.
De acordo com informações do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), as vítimas teriam relatado que o médico as deixou em espera dentro de uma sala durante 10 minutos, com o ar-condicionado ligado. Ao sentirem frio, elas reclamaram da temperatura. Nesse momento, o médico teria dito: “pobre é assim mesmo, não suporta ar-condicionado”.
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As autoras do processo perguntaram se ele estava brincando, mas o médico teria negado. “Não. Estou falando sério. Pobre não suporta ar-condicionado mesmo não. E se não gostaram o problema é de vocês”.
Com as provas apresentadas, o juiz entendeu que ficou comprovado o fato narrado pelas vítimas. O magistrado considerou que o comportamento do médico foi ofensivo e capaz de causar dano moral, com um tom 'altamente preconceituoso'. O juiz ressaltou, ainda, que o hospital não tomou nenhuma atitude em relação ao caso.
“Ressalto, ainda, que o Hospital sequer tomou providências para apurar e responsabilizar o referido médico, concordando implicitamente com sua conduta e sendo omisso em relação ao seu dever de empregador, que é de coibir condutas desse tipo e promover atendimentos dignos e respeitosos aos seus usuários”.
O hospital foi condenado a realizar o pagamento de R$3 mil para cada vítima, em razão da conduta do médico.
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