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O que vi e vivi: “Conhecer o Papa foi o maior sonho que realizei”

Leitor de 102 anos Manoel Rodrigues diz que ele e a esposa foram o único casal da Catedral de Vitória a receber a comunhão do Papa João Paulo II


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Imagem ilustrativa da imagem O que vi e vivi: “Conhecer o Papa foi o maior sonho que realizei”
O ferroviário aposentado Manoel Rodrigues mostra algumas das reportagens que guarda do jornal A Tribuna. Ele gosta de fazer a sua leitura pela manhã e resumir os textos dos quais mais gostou. |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

“Viver alegrias, enfrentar desafios e ter do que se orgulhar é o objetivo de todo homem em uma vida. Para mim, não foram poucas emoções: vivi um casamento inesquecível, tive filhos, netos e bisnetos.

Muitas histórias marcaram minha vida, mas uma delas é o maior privilégio dos meus 102 anos: minha esposa e eu fomos o único casal da Catedral de Vitória a receber a comunhão do Papa João Paulo II, quando ele visitou o Estado.

Aquele mês de outubro de 1991 foi o mais importante da história do Espírito Santo. Lembro-me da felicidade de participar fisicamente de uma missa celebrada pelo Santo Padre, junto a minha esposa, cuja vida compartilhei até 2010, quando ela se foi.

Fomos tomados por uma emoção única e profunda. Conhecer o Papa foi o maior sonho que realizei. Depois da visita dele, a cidade se transformou muito e todos os milhares que se reuniram para a missa na Praça do Papa, na Enseada do Suá, se encheram de esperança. Para ser feliz, a fé e a esperança são indispensáveis.

Imagem ilustrativa da imagem O que vi e vivi: “Conhecer o Papa foi o maior sonho que realizei”
Manoel recebeu a comunhão das mãos do Papa João Paulo II, em 1991, em Vitória |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Jovens

Hoje, vejo muitos jovens enfrentando problemas emocionais. É uma época muito diferente, de fato, mas acredito que o mundo se tornou mais agressivo e violento. Não há como viver em meio a tanta violência e não ser afetado. Quando eu era jovem, vivíamos um clima de mais tranquilidade, de esperança e de fé.

Ainda assim, posso dizer que atividade física regular, boa alimentação, cuidado com exames de rotina e tempo de lazer podem tornar a vida mais leve. Pelo menos, para mim, funcionou tanto que cheguei aos 102 anos. O problema é que, hoje, os jovens estão muito expostos à tecnologia e isso pode ser um problema, principalmente para quem não sabe usá-la.

Construir uma família é, também, uma grande conquista para a vida. Ser pai é uma das maiores realizações de homem e, com certeza, motiva a viver, dá sentido à vida, junto à dedicação ao trabalho. Só com o trabalho somos capazes de conquistar uma vida melhor.

Agora, ver todos os meus três filhos formados, realizados e felizes me dá muita alegria.

Leitura

Todos os dias, já pela manhã, leio o jornal A Tribuna. Sou assinante há anos, leitor assíduo das colunas e das reportagens, principalmente as de esporte – torço para o Fluminense –, saúde, comportamento e educação. Acredito que a leitura é o que mantém a minha mente boa, ainda hoje.

Para entender os assuntos, faço também resumos sobre o que li e guardo em um livro que eu mesmo criei, com a ajuda do meu filho. Tenho, inclusive, uma bisneta que está fazendo faculdade de Jornalismo e já me entrevistou.

A juventude se afasta cada vez mais da leitura por causa do excesso de contato com a tecnologia, mas não adianta: só a leitura nos mantém ativos e jovens de alma.

Transformações

Nós estamos vivendo em uma época de transformações profundas no Brasil.

Nos últimos anos, parei de acompanhar a política. Infelizmente, nada me agrada nos políticos brasileiros atuais.

Mas, ainda assim, tenho esperança no futuro do Brasil. Somos um país lindo, diverso, continental e de inúmeras riquezas naturais. Não nos faltam recursos para vencer os problemas, mas precisamos de uma grande mudança na política.”

Depoimento dado ao repórter Jonathas Gomes

Perfil

- Manoel Rodrigues é um ferroviário aposentado, com 102 anos.

- Católico, o idoso conheceu o Papa João Paulo II, em outubro de 1991, quando o pontífice visitou o Espírito Santo.

- Naquela visita, o aposentado e sua esposa, que morreu em 2010, foram o único casal da Catedral Metropolitana de Vitória a receber a comunhão do Papa.

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