O que é calistenia? Exercício em que professor morreu tem até campeonato
Ao finalizar uma série, em um movimento em que deveria terminar em pé, ele caiu de cabeça em um colchão, dobrou o pescoço e "apagou"
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O professor de academia Bruno Rodrigues Roque Pereira, de 35 anos, morreu após sofrer um acidente enquanto praticava exercícios de calistenia dentro do condomínio onde morava em Jundiaí (SP).
Ao finalizar uma série, em um movimento em que deveria terminar em pé, ele caiu de cabeça em um colchão, dobrou o pescoço e "apagou". O instrutor foi encontrado já sem vida.
O que é Calistenia?
- É um método de treino que consiste em exercícios que usam apenas o peso do corpo;
- O movimento trabalha vários músculos ao mesmo tempo e favorece o gasto calórico;
- Pelo fato de não necessitar de grandes espaços, vem ganhando fama nos últimos anos;
- Agachamento, flexão, barras e prancha são alguns exercícios famosos da calistenia.
Curiosidades
A calistenia é uma atividade que vem ganhando cada vez mais adeptos. A página "Calistenia Brasil", por exemplo, alcançou mais de 1 milhão de inscritos no YouTube e 250 mil seguidores no Instagram.
Há também diferentes campeonatos ligados à atividade espalhados pelo país. Os torneios contam com disputas em variadas categorias.
Os praticantes organizam alguns encontros estaduais para troca de conhecimento entre as equipes.
A calistenia apareceu no ranking de tendências fitness levantadas pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) pela primeira vez em 2019.
Entenda o caso
Um instrutor de academia de 35 anos morreu após sofrer um acidente com uma barra fixa para exercícios em Jundiaí (SP). Ele se erguia no equipamento quando caiu e não resistiu ao impacto, mesmo com a tentativa de resgate do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
No último sábado (14), Bruno Rodrigues Roque Pereira estava em uma área aberta atrás de um condomínio quando se acidentou, de acordo com o boletim de ocorrência. A morte do profissional de educação física foi confirmada no local.
O caso foi encaminhado ao Plantão Policial da cidade de Jundiaí e o delegado Leonardo Pontes Montenegro pediu o celular da vítima para que a Polícia Científica pudesse analisar se ele gravava vídeos dos exercícios.
Testemunhas relataram aos policiais que Bruno fazia movimentos de "calistenia", antes de falecer. Neles, se usa o peso do próprio corpo, sem utilização de halteres e similares para desenvolver a habilidade de força.
Ao finalizar a série, em um movimento em que deveria ficar em pé, ele caiu de cabeça em um colchão, dobrando o pescoço e 'apagando' imediatamente. Ainda segundo as testemunhas, assim que sofreu a queda, o professor já não respondeu mais a estímulos.
A academia onde Bruno trabalhava lamentou a perda e postou uma homenagem nas redes sociais.
"Professor, amigo, colega de trabalho e colaborador incrível que tivemos o privilégio de ter em nossa equipe! Nos despedimos com muita tristeza do Bruno, um dos melhores profissionais que já passaram por aqui. Que você descanse em paz! E descanse sabendo que você deixou uma marca eterna em nossas vidas, com todo carinho, profissionalismo e dedicação que você teve conosco e com todos os nossos alunos", escreveram em nota.
A irmã de Bruno, Tais Monique Roque, também se manifestou. "Coração dói, sangra por dentro e corre em lágrimas. Meu irmão se foi e como eu disse para ele essa semana: "Voa, o mundo é seu"; e ele voou para Deus fazendo uma das coisas que ele mais amava fazer. Eu via e compartilhava dessa felicidade dele", escreveu numa publicação.
Bruno foi enterrado no Cemitério de Itupeva (SP), na tarde deste domingo (15).
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