Número de avós aumentou no mundo e passa de um bilhão, diz pesquisa
Levantamento britânico mostrou que o número de avós e avôs era de cerca de 500 mil em 1960 e passou para 1,5 bilhão atualmente
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Se avós são pais com açúcar, o mundo está ficando mais doce! Com o aumento da expectativa de vida e melhores cuidados com a saúde, o número de vovôs e vovós no mundo está aumentando.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não existem dados oficiais sobre o número de avós, mas uma pesquisa britânica mostrou que o número de avós era de cerca de 500 mil em 1960 e passou para 1,5 bilhão atualmente, triplicando em 60 anos. E eles estão cada vez mais joviais e ativos.
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Como a aposentada Maria Clotildes Comarela, 67, mais conhecida como Nininha, que é avó do Bento Comarela Lordello, 8, e espera o nascimento do segundo neto, que vai nascer na Espanha.
Nininha e Bento são uma dupla quase inseparável, seja passeando, estudando e até mesmo na cozinha.
“Além de ensinar Matemática para ele, nós conversam todos os dias, nem que seja por chamada de vídeo, além de sempre levá-lo para o futebol. Vim morar em Vitória para ficar mais perto do Bento. Acho muito importante a convivência de avó, principalmente nessa era que estamos vivendo”, explicou.
Pesquisas mostram que esse não é só um privilégio do Bento, pois os vovôs e vovós estão mais participativos na vida dos netos e se tornam uma verdadeira rede de apoio para os pais!
“Além de serem rede de apoio para os filhos, promovem a felicidade dos netos e deles mesmos. Um avô e uma avó presentes deixam memórias afetivas que marcam a personalidade de qualquer pessoa”, ressalta a psicóloga Thayse Espíndola.
A qualidade e o modo de viver dos idosos também mudaram, proporcionando que essa convivência seja mais significativa e dinâmica, como destaca a psicóloga Rubia Passamai Navarro.
“Essa convivência próxima faz com que a representatividade dos avós na vida dos netos seja maior, fortalecendo os laços familiares e permitindo que os netos tenham mais referências de seres humanos e de fontes de afeto, apoio e acolhimento”.
Como figuras de apoio e amor, eles são fontes de conforto e estabilidade durante momentos difíceis, observa a psicanalista e educadora parental Nathalia de Paula.
“A presença deles causa um impacto positivo na autoestima e no bem-estar emocional dos netos. O amor e a atenção dos avós ajudam a nutrir a autoconfiança e a autoaceitação das crianças”.
Com isso, os maiores beneficiados são as crianças, como explica a psicóloga da Upuerê, Talita Espíndula.
“Os avós se tornam uma rede de apoio não só para os pais, mas para a criança também, que se sente segura e confortável com outras pessoas que não seus pais”.
Sempre disposta a cuidar dos netinhos
A vovó Claudiceia Lima, 58 anos, é bem presente na vida dos netos e sempre ajuda os filhos a cuidarem das crianças. Em seus dias de folga, ela toma conta do neto José Felipe, de 1 ano e 10 meses, filho de seu caçula. Sempre que a filha do meio e o genro precisam, ela auxilia no cuidado com o outro neto, Benjamin, de 1 ano e 2 meses.
Ela também ajudou a cuidar da neta mais velha, Lidia Ayram, hoje com 15 anos. E há três anos também ganhou um neto do coração, Davi Huguinim, de 10 anos, filho de sua nora. “Amo meus netinhos. Digo que ser vovó é amá-los como se fossem meus filhos, só que com um pouco mais de mel”.
Apaixonada pela tarefa de ser avó
A aposentada Maria da Glória Souza Santos, 76, mais conhecida pelos netos como vovó Glória, se considera uma “avó coruja” e diz que adora a tarefa de ser avó, tanto que se pudesse adotava o condomínio inteiro.
Mas quem ganha mesmo o coração dela são os netos Pietro Marcelino Boechat, 9 anos, Júlia Marcelino Tupan, 9, Lorenzo Marcelino Tupan, 5, e a caçula Isadora Marcelino Tupan, de 2 anos, de quem ela ajuda a cuidar todos os dias enquanto os pais estão trabalhando.
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