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Cidades

Novo alerta para efeitos de redes sociais em crianças

Médico americano afirma que a mídia social oferece riscos à saúde mental e ao bem-estar dos usuários mais jovens


Imagem ilustrativa da imagem Novo alerta para efeitos de redes sociais em crianças
Na casa da advogada Tathyane Neves, as telas são reservadas para fins de semana |  Foto: Heytor Gonçalves/AT

O uso das redes sociais por crianças e adolescentes levou uma autoridade americana a fazer um novo alerta de possíveis danos à saúde dos mais jovens. 

Em um comunicado de 19 páginas, o cirurgião-geral dos Estados Unidos, Vivek Murthy, observou que os efeitos da mídia social nesta parcela da população não foram totalmente compreendidos.

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Apesar das redes poderem ser benéficas para alguns, Murthy escreveu que “existem amplos indicadores de que a mídia social também pode ter um risco profundo de prejudicar a saúde mental e o bem-estar de crianças e adolescentes”. 

A pediatra e intensivista pediátrica e neonatal Karina Cuzzuol Nunes Rocha apontou que a preocupação com o excesso do uso de telas,  cada vez mais cedo, é global. 

“Os efeitos negativos para a saúde das crianças e adolescentes  incluem problemas nas áreas do sono, da atenção, do aprendizado, do sistema hormonal – com risco de obesidade – e da regulação do humor, com risco de depressão e ansiedade”, observou.

Além disso, ela pontuou outros problemas, entre os quais na audição, na visão, além do perigo de exposição a grupos de comportamentos de risco.

A pediatra Flávia Tavares também afirmou que há alguns anos vem se discutindo o excesso do uso de telas, incluindo de redes sociais, por crianças e adolescentes.

“Em crianças menores, até os 7 anos, os riscos do uso de telas incluem miopia, problemas de concentração, vício, perturbação do sono e irritabilidade. Estudos mostram que a luz das telas pode ser um desregulador endócrino, relacionado à puberdade  precoce”.

Já para crianças maiores e adolescentes, ela pontuou, ainda, os riscos de acesso a conteúdos inadequados para a idade, como de bullying, pornografia, entre outros problemas.   

A pediatra Heloísa Helena Ramos Gonçalves reforçou que a criança e o adolescente não devem ter vida pública nas redes sociais. 

“Não sabemos quem está do outro lado da tela. O conteúdo compartilhado publicamente, sem critérios de segurança, pode ser distorcido e adulterado por predadores em crimes de violência e abusos nas redes internacionais de pedofilia ou pornografia.”

Para ela, os pais são promotores do desenvolvimento da criança e do adolescente e têm que zelar por isso. “Crianças têm que ter oportunidades de brincar e criar.”

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Telas permitidas só no fim de semana

Na casa da advogada Tathyane Neves, 37, as telas ficam em segundo plano, reservadas principalmente para filmes em família na televisão e para os fins de semana. 

Dos três filhos, Miguel, 13, Isabela, 6, e Catarina, 1, o único que tem acesso ao celular é o mais velho, mas ainda com conversas, orientação e regras. “Ele ganhou o celular há algumas semanas, pois sempre tivemos uma preocupação quanto ao excesso de tempo de tela e quanto às redes sociais. Hoje, nem adulto  consegue discernir o que é verdade neste mundo perfeito das redes, imagina uma criança ou adolescente”. 

Para ela, o diálogo, momentos de brincadeira ao ar livre e até a ajuda nas tarefas de casa têm sido  fundamentais  para a formação dos filhos.


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Sugestão de “plano de mídia familiar”

Alerta

Em um comunicado divulgado esta semana, o    cirurgião-geral dos Estados Unidos,  Vivek Murthy, afirmou  que, mesmo com alguns benefícios do uso de redes sociais por crianças e adolescentes, o uso das mídias apresentam “um profundo risco de danos” para este grupo. 

O documento da maior autoridade de saúde americana ainda cobra mais pesquisas sobre o impacto das redes sociais para a saúde mental.

O relatório cita maneiras pelas quais a rede social pode causar danos à saúde mental, observando que a adolescência  é  período  vulnerável para o desenvolvimento do cérebro.

 Ele detalha estudos que encontraram correlações entre o uso de mídia social e depressão e ansiedade, bem como falta de sono, assédio on-line e baixa autoestima.

Recomendações para as famílias

O documento incluiu recomendações práticas para ajudar  famílias a orientarem o uso das mídias sociais.

O cirurgião-geral recomenda que as famílias mantenham as refeições e reuniões pessoais livres de dispositivos para ajudar a construir laços sociais e promover conversas.

 Ainda sugere a criação de um “plano de mídia familiar” para definir as expectativas de uso das redes, incluindo limites em torno do conteúdo e mantendo as informações pessoais privadas.

Para empresas de tecnologia

O americano também pede às empresas de tecnologia que imponham limites mínimos de idade e criem configurações-padrão para crianças com altos padrões de segurança e privacidade.

Para o governo

Destacou ainda a necessidade do governo criar padrões de saúde e segurança adequados à idade para plataformas de tecnologia.

Dados

O comunicado inclui uma revisão das evidências disponíveis sobre efeitos das redes sociais, observando que o uso de mídias sociais entre crianças é “quase universal”.

Até 95% dos adolescentes de 13 a 17 anos relatam usar mídias sociais.

Um terço diz que usa “quase constantemente” as redes.

40% das crianças de 8 a 12 anos também usam as redes sociais.

Fonte: Agência Globo e Agência Estado. 

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