Nova frente fria pode agravar problemas circulatórios e do coração
Com a previsão de queda nas temperaturas, especialistas explicam o agravamento de problemas circulatórios e do coração, em decorrência do frio intenso.
O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural prevê a chegada de três frentes frias no Estado, neste mês.
A exposição longa a temperaturas muito baixas acentua problemas de saúde em algumas pessoas como hipertensos, diabéticos, tabagistas e com mais de 65 anos de idade.
O cirurgião vascular Brenno Seabra explica que isso ocorre devido ao efeito da diminuição da temperatura: o corpo, para manter-se quente, contrai os vasos sanguíneos que diminuem de tamanho. As extremidades do corpo – mãos e pés – sofrem com a dificuldade de circulação do sangue, ocasionando o surgimento de feridas.
“Em casos mais extremos, pode ocorrer com moradores de rua, é necessário fazer uma amputação por baixa temperatura”, cita.
O cirurgião vascular José Marcelo Corassa esclarece que entre os pacientes com aterosclerose, ou seja, aqueles que têm as artérias comprometidas, esses problemas são mais comuns.
Um exemplo é o fenômeno de Raynaud, consequência da reação do corpo ao frio intenso. A doença afeta principalmente mãos e pés, deixando-os pálidos e ocasionando dor, desconforto, formigamento, câimbras e endurecimento dos dedos.
Ele ainda cita o aumento no número de infartos na época do frio, em razão da diminuição do diâmetro das artérias. A dificuldade na passagem do sangue aumenta inclusive o risco de trombose arterial e gangrena.
Já de acordo com o cardiologista e coordenador do serviço de cardiologia do Hospital Evangélico de Vila Velha, o médico Diogo Oliveira Barreto, o frio é considerado um fator de risco para problemas cardiovasculares pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
As temperaturas muito baixas, geralmente abaixo dos 14ºC, causam complicações em decorrência de pressão alta como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
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