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Cidades

Nova arma para ajudar a emagrecer chega ao ES

Trata-se de um balão, em formato de cápsula, que é ingerido pelo paciente, inflado, e fica no estômago por um período de 16 semanas


Imagem ilustrativa da imagem Nova arma para ajudar a emagrecer chega ao ES
O balão intragástrico deglutível só pode ser utilizado por pacientes que têm obesidade de grau 1 |  Foto: Divulgação

Um novo tratamento menos invasivo contra a obesidade, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já pode ser encontrado em clínicas médicas do País e até do Estado: o balão intragástrico deglutível. 

A promessa é de que, aliada a hábitos saudáveis, a técnica promova a perda de, em média, 15% do peso em quatro meses, dizem médicos. 

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O balão possui formato de cápsula ingerível, ou seja, o paciente o engole ainda acordado e o balão infla no estômago, onde permanece por 16 semanas e, naturalmente, se decompõe, explica o médico Felipe Mustafa, cirurgião do aparelho digestivo.

O especialista conta que o tratamento ainda não faz parte do rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O produto é considerado uma arma a mais contra o excesso de peso e pode ser utilizado apenas por pessoas com obesidade de grau 1, ou seja, com Índice de Massa Corporal (IMC) de 30 Kg/m e 40 Kg/m.

“O paciente passa pelas mesmas etapas do balão intragástrico convencional, que já é conhecido. É preciso fazer exames de sangue e ultrassom do abdômen, além de consulta com psicólogo e nutricionista. Os estudos mostram que a perda de peso média com esse balão é de 14% do peso total”. 

O médico Gustavo Peixoto, cirurgião do aparelho digestivo da Rede Meridional, explica que os pacientes que fazem o tratamento precisam adotar a prática regular de exercícios físicos. 

“O balão é um coadjuvante no tratamento contra a obesidade”, defende. Quando a mudança de hábitos de vida não ocorre, o paciente pode recuperar o peso perdido”, alerta o médico. 

“A principal vantagem é que o método é menos invasivo e acompanha um software de inteligência artificial que monitora indicadores de peso do paciente. Ele funciona como medida paliativa e é um coadjuvante no tratamento contra a obesidade”.

Nos primeiros três dias, o paciente deve realizar dieta líquida e, após 15 dias, fazer introdução de dieta de baixa caloria, aponta a nutricionista bariátrica Orleane Oliveira.  

“O organismo se acostuma com o balão em 48 horas. Ele é uma ferramenta e, se bem utilizado, ajuda o paciente a ter mais saúde e constância na alimentação. Em quatro meses, o paciente bem orientado tem como fazer uma mudança no estilo de vida”.


Entenda

Balão intragástrico deglutível

O primeiro balão do tipo intragástrico deglutível já começou a ser oferecido por algumas clínicas médicas no País com a proposta de ser um tratamento menos invasivo contra o excesso de peso.   

O produto está regularizado na Anvisa desde 17 de outubro de 2022 e, em março deste ano, passou a ser comercializado no Brasil com o nome “Sistema Elipse de balão gástrico”.

Em formato de pílula, o paciente o engole ainda acordado, com a descida acompanhada por uma radioscopia, feita por um médico endoscopista. O balão infla no estômago. O procedimento é feito em até 20 minutos e não exige sedação ou anestesia. 

Feito com um material menos denso e mais maleável, o poliuretano, o balão é expelido naturalmente na evacuação, após 16 semanas.

O custo estimado para o tratamento com o balão intragástrico deglutível é de R$ 15 mil a R$ 20 mil. Ainda não há um candidato a realizar o procedimento no Estado, mas a tecnologia pode ser encomendada por especialistas. 

Como funciona

A promessa é que, durante o período, o paciente perca até 15% do próprio peso. O índice foi observado em estudos clínicos que testaram a tecnologia. 

O balão é vegano e inflado com cerca de 550 ml de água. Por isso, aumenta a sensação de saciedade do paciente, promovendo o emagrecimento.

Caso seja necessário realizar a retirada antes das 16 semanas por baixa aceitação do organismo do paciente, o balão é removido por endoscopia.

Indicação

A indicação é apenas para pacientes com obesidade de grau 1, ou seja, pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) de 30 Kg/m e 40 Kg/m. Para pessoas com obesidade grave, prevalece a indicação de cirurgia bariátrica. 

O procedimento é aliado à perda do excesso de peso, ou seja, é feito apenas em pacientes que estejam engajados na mudança de hábitos de vida. Exercícios físicos regulares, além de acompanhamento com um nutricionista e com um psicólogo, são essenciais para a perda efetiva de peso. 

Caso o tratamento não seja acompanhado adequadamente pelos profissionais, é possível que a pessoa recupere o peso perdido.

A avaliação da necessidade do uso do dispositivo envolve, ainda, outros fatores mais específicos, cabendo, portanto, ao médico que acompanha o paciente.

As contraindicações de uso incluem situações que envolvem principalmente pacientes com disfagia, ou seja, dificuldade para engolir, e obstrução intestinal. 

Além disso, pessoas com obesidade grave não devem utilizar o método.

Diferenças

O uso de balões intragástricos não é uma novidade no País. A principal diferença para o novo procedimento aprovado pela Anvisa é que não é necessário uma endoscopia para a implantação do balão e, além disso, ele é expelido pelo corpo naturalmente.

O medicamento acompanha ainda uma inteligência artificial que permite que o médico acompanhe a perda de peso do paciente em tempo real e direto do consultório. 

Efeitos colaterais

Assim como as opções convencionais, o novo tratamento tem possíveis efeitos colaterais. Não há, contudo, riscos graves. Desconforto abdominal nos primeiros três dias, náuseas, vômitos ou dor local são alguns dos exemplos.

Detalhes

Detalhes sobre o produto podem ser encontrados no site consultas.anvisa.gov.br. Ao acessar, clique em “Produtos para a Saúde” e inclua o número de registro 80117581020, na opção Número de registro.   

Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e especialistas consultados.


“Todo método precisa de manutenção”, diz cirurgião

Imagem ilustrativa da imagem Nova arma para ajudar a emagrecer chega ao ES
Homem obeso: falta de atividade física e consumo excessivo de alimentos ricos em gordura causam o problema |  Foto: Divulgação

Mesmo com  bons resultados no emagrecimento, técnicas cirúrgicas, medicamentos e outros  procedimentos usados no tratamento da obesidade precisam de manutenção e mudança de hábitos, segundo especialistas. 

O cirurgião do aparelho digestivo José Alberto Correia explicou que a obesidade é uma doença crônica,  que precisa que o paciente dê seguimento ao tratamento indicado, avaliando cada caso.   

“Um paciente com hipertensão, por exemplo, usa remédio para controlar a pressão inicialmente e, depois,  precisa tomá-lo ao longo da vida. Muitas vezes, precisa ser trocado ou ajustado também. A obesidade é a mesma coisa.”

Ele explicou que, para pacientes com critérios para realização da cirurgia bariátrica, o procedimento dá o impulso para controle do peso mais rápido. 

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No entanto, o tratamento precisa de acompanhamento de outros profissionais, como nutricionista, psicólogo ou médicos de outras especialidades. “O tratamento é para a vida toda.”

A médica endocrinologista Gisele Dazzi Lorenzoni reforçou que seja qual o método indicado para o tratamento, invasivo ou não, eles sozinhos não têm o resultado que o paciente precisa.

“A base para qualquer tratamento sempre precisa ser associado a mudanças de hábitos, com melhora da alimentação e da prática do exercício físico.” 

A nutricionista bariátrica Orleane Oliveira reforçou que todo método para emagrecimento precisa de manutenção. 

No caso de técnicas como o balão intragástrico, por exemplo, ela destacou a importância  de um acompanhamento com profissional habilitado para que o paciente tenha autonomia nas escolhas dos alimentos que ajudam a manter a saúde como um todo. 

“Mudar hábitos não acontece da noite para o dia, porém, em quatro meses o paciente bem orientado tem como fazer uma mudança no estilo de vida para que envelheça com qualidade. O balão é uma ferramenta, esta ferramenta se bem utilizada ajuda o paciente a ter mais saúde e constância na alimentação.”

Ela lembrou que o exercício físico para aumento do metabolismo é imprescindível.

Obesidade atinge mais de 700 mil

Segundo o IBGE, o Brasil tem 26,8% da população com mais de 20 anos obesa. Médicos alertam que se trata de uma pandemia.

Responsável pelo aumento do risco de problemas como infarto, hipertensão e diabetes, a obesidade já  atinge mais de 700 mil pessoas no Estado e preocupa médicos.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 26,8% da população com mais de 20 anos obesa. Se somada a população com sobrepeso, o índice chega a 60,3% das pessoas com 18 anos ou mais.

O cirurgião do aparelho digestivo José Alberto Correia salientou que a obesidade hoje é uma pandemia. “No mundo inteiro ela só aumenta, principalmente devido ao nosso padrão dietético e ao nosso ritmo e  hábitos de vida”.

A médica endocrinologista  Gisele Dazzi Lorenzoni  também pontuou a maior  inatividade física  e o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados,  rico em gordura, além dos  carboidratos simples, entre os motivos do crescimento da obesidade na população. 

“Temos hoje pessoas mais ansiosas, cada vez mais com  insônia,  o que também influencia nesse ganho de peso.”

Análise

Segundo a médica, há hoje mais opções de tratamentos disponíveis, mais potentes e eficazes, e com menos efeitos colaterais. Além disso, há outros produtos para chegar ao mercado ou ainda aguardando aprovação.

Entre as medicações, ela citou semaglutida e a liraglutida, já usadas no Brasil. “A semaglutida em dose maior  para tratamento da obesidade também já está aprovada no Brasil, mas ainda não está sendo comercializada. Outra medicação esperada, mas ainda não aprovada no País, é a tirzepatida, que tem estudos mostrando um controle de peso ainda maior”. 

Ela citou ainda outra medicação que chegou ao mercado recentemente, que combina bupropiona e naltrexona. 

“Essa medicação atua bem em pacientes compulsivos e ansiosos. Por exemplo, em pacientes que têm o  aumento de consumo de álcool como fonte maior de ganho de peso.”

A endocrinologista Maria Edna de Melo, médica do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da  Universidade de São Paulo (USP), ressaltou que todos os medicamentos têm melhores resultados se acompanhados de hábitos saudáveis, como atividade física e alimentação balanceada. “Remédio só faz efeito enquanto a pessoa toma”, afirma a médica.


Novos tratamentos

Semaglutida 

Tratamento que ganhou popularidade nos últimos anos, a semaglutida é o princípio ativo do Ozempic, indicado para  diabetes e usado de forma off-label (fora da bula) no tratamento de sobrepeso no País.

Em janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o Wegovy para o obesidade, com o mesmo princípio ativo do Ozempic, mas em dose diferente. Apesar de aprovado, o novo medicamento,  não chegou às farmácias. 

Liraglutida

O medicamento, vendido sob o nome comercial de Saxenda, é um tratamento injetável capaz de promover a perda de cerca de 7% da massa corporal. Sua aplicação é diária e o uso com acompanhamento médico seguro.

Bupropiona e naltrexona

A combinação das substâncias é vendida sob o nome comercial de Contrave.

Foi aprovada pela Anvisa no final de 2021, mas chegou às farmácias recentemente.

Tirzepatida

O Mounjaro (nome comercial do remédio) já tem o aval nos Estados Unidos para o tratamento da diabetes tipo 2, e pode receber aprovação para obesidade ainda neste ano.

No Brasil, o Mounjaro está em análise pela Anvisa para pacientes diabéticos, ainda sem previsão para o objetivo de redução de peso. Mesmo assim, a expectativa é de que num futuro próximo a tirzepatida seja mais um medicamento no arsenal para tratar a obesidade, com resultados indicando potencial ainda maior que outras medicações.

Fonte: Especialistas consultados e agência Estado.

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