Música para melhorar criatividade e concentração
Escolas apostam nos instrumentos musicais para ajudar no desempenho dos alunos em disciplinas tradicionais
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A música pode ser uma ótima aliada no processo de aprendizado de crianças, gerando benefícios aos pequenos, como ajuda na concentração e também estímulo à criatividade, afirmaram especialistas.
Segundo Cláudio Miranda, psicopedagogo clínico e colunista de A Tribuna, aulas de música podem funcionar como um descanso orientado das matérias que têm uma “pegada” mais cognitiva e acadêmica.
“Elas possibilitam o exercício e a expressão da criatividade do aluno, gerando mais harmonia e bem-estar. Após uma aula de música, o aluno poderá produzir mais e melhor nas disciplinas convencionais do currículo escolar”.
Uma das escolas da Grande Vitória que investe na área musical é o Centro Educacional Leonardo da Vinci, em Vitória. Lá, as aulas de música começam cedo, na educação infantil, quando os alunos têm cerca de dois anos de idade, e ficam na grade escolar até o 5º ano do ensino fundamental.
Após essa fase, os que desejarem continuar estudando podem fazer aulas no Centro Musical como atividade extracurricular.
Na educação infantil, a musicalização é trabalhada por meio de canções infantis, jogos musicais, danças e o contato com instrumentos de percussão, como tambor e pandeiro. Já no ensino fundamental, eles começam a formar grupos e a tocar instrumentos, criando pequenas melodias. Ukulele e flauta doce fazem parte da grade.
De acordo com Pedro de Alcântara, professor de Música da instituição, a música em sala de aula é bastante positiva ao trabalhar o desenvolvimento lógico-matemático, auxiliando a inteligência da criança em vários aspectos, inclusive o socioemocional.
“Cantar, tocar e interpretar canções são atividades que trabalham áreas específicas do cérebro que não são ativadas em outras matérias”, completou. Segundo ele, alunos que se destacam em algum instrumento normalmente apresentam um excelente desempenho nas outras disciplinas.
Maitê Alcântara Salim Venâncio, João Pedro de Almeida Dias, Francisco Pikin Soares, de 10 anos, e Isadora Paganini Zandonadi, de 11 anos, são alguns dos pequenos que gostam de estudar música. “Foi fascinante aprender a tocar ukulele”, comentou Isadora.
Jovens pianistas faturam prêmio internacional
Arte reconhecida e premiada. Três pianistas da Escola de Música Gabriel Camargo, com unidades em Vitória e Vila Velha, foram destaque em concursos internacionais nas últimas semanas.
Alunos da professora e diretora da escola, Janne Gonçalves, os prodígios Sara Canal, 11, Olívia Tebaldi, 12, e Estevão Gomes, 14, conquistaram os primeiros lugares em concursos de Portugal e Espanha.
Olívia e Estevão participaram presencialmente do tradicional e disputado 25° Concurso Internacional de Piano de Santa Cecília, realizado na cidade do Porto, em Portugal. Eles venceram em 1° e 2° lugares em suas respectivas categorias e foram premiados.
Já Sara participou do concurso Carles & Sofia, da Espanha, realizado on-line, e ganhou o 1º lugar, em sua categoria. Estevão também mostrou seu dom no mesmo concurso e ganhou o 1º lugar, em sua categoria. Como prêmio, os dois tocarão em um recital no país em 2024.
Janne afirmou que os três são excelentes alunos e bem disciplinados. “É preciso muita disciplina, e aí entram os pais, sob minha orientação, para ajudá-los a se organizarem para estudar”.
Segundo a profissional, aprender piano é como um esporte e requer bastante treino para alcançar a “perfeição”. “É uma superação dos limites e os alunos chegam a estudar seis horas diárias”.
Estevão contou que foi uma experiência incrível. “Senti uma atmosfera de paixão pela música que me cativou bastante. Ao longo dos dias de preparação pude conhecer outros participantes e trocar experiências”.
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