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Cidades

Mulheres que entendem tudo de cervejas e vinhos

Especialistas afirmam que elas estão mais dispostas a experimentar um novo produto quando o assunto é bebida


Imagem ilustrativa da imagem Mulheres que entendem tudo de cervejas e vinhos
A sommelière Thamirys Schneider diz que as mulheres têm mais disposição para provar vinhos orgânicos, feitos por meio de diferentes estilos de produção |  Foto: Divulgação

Não apenas consumindo, mas com participação ativa em profissões desde a produção, no caso enólogas; no atendimento, como as sommelières, consultoras de vinhos e professoras de cursos profissionalizantes também na área de cervejarias. Elas, literalmente, entendem tudo de cervejas e de vinhos!

Especialistas salientam que é um mito a existência de uma suposta diferença entre o “paladar” feminino e o masculino. Afirmam que homens e mulheres consomem os mesmos tipos de cervejas e vinhos, e mais: as mulheres estão mais dispostas a experimentar o novo quando o assunto é bebida.

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“Elas têm mais disposição para provar vinhos orgânicos, feitos por meio de diferentes estilos de produção”, afirma a sommelière da Wine, Thamirys Schneider.

Ela explica que as mulheres são muito mais dispostas a “expandir o paladar” e cita o exemplo de vinícolas que são chefiadas por mulheres.

“As mulheres diversificam mais o ambiente de consumo do mundo do vinho, saem para conversar com amigos, consomem em viagens, como autocuidado, é uma forma de socialização”, afirma.

confrarias

Os homens, destaca, consomem a bebida geralmente em um ambiente mais técnico, como em confrarias.

Segundo Juliana Ronchi Reggiani, presidente do Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral do Estado do Espírito Santo (Sindibebidas), as mulheres estão expandindo seus negócios com as bebidas.

“Hoje, temos várias mulheres à frente de pequenas cervejarias. No Estado, são fabricadas as tradicionais, mas também de sabores como jabuticaba, pitaia, entre outros sabores”, destaca. 

Sem diferenciar o público entre masculino e feminino, Thamirys   afirma que, de acordo com os dados  da Wine Lojas Vitória, além do queridinho vinho argentino Clos de Los Siete, o capixaba consome muitos vinhos portugueses e curte bastante o estilo dos vinhos californianos.

“A Chardonnay é a uva branca que se destaca, e os espumantes disparados são os vinhos mais solicitados – ouso dizer que é para acompanhar nossa culinária, com muita moqueca e torta capixaba (risos)”, diverte-se a sommelière.


mercado desafiador

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Empresária e sommelière, Carla Cristina dos Reis |  Foto: Heytor Gonçalves/AT

Área que exige muito estudo e dedicação

Empresária e sommelière, Carla Cristina dos Reis, 37, diz ser apaixonada pela área dos vinhos. “O mercado, como qualquer outro é desafiador, e cada vez mais competitivo, mas é uma área que me encanta”.

Ela destaca que é gratificante perceber que o mercado vem valorizando toda a sensibilidade e dedicação das mulheres. “É uma área que necessita de muito estudo, pois sempre acontece uma inovação no mundo dos vinhos, e as mulheres vêm encarando e acompanhando todo esse crescimento”.


Mais chances nas empresas de bebida

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Juliana Ronchi Reggiani contou que atualmente existem mais de 300 cervejarias registradas no Estado |  Foto: Heytor Gonçalves/AT

As mulheres têm ganhado muito mais oportunidades no mercado de bebidas no Estado nos últimos anos, seja como proprietárias de pequenos negócios ou em cargos relacionados à área.

Entre as profissões também exercidas por mulheres, segundo levantamento da reportagem, são: sommelières, enólogas, mestre cervejeiras, técnicas cervejeiras, tecnólogas, professoras de cursos profissionalizantes para equipes de hipermercados, supermercados e restaurantes, marketing, administradoras e biólogas.

“Hoje, tem mais de 300 cervejarias registradas. Somos o Estado com mais abertura dessas empresas”, afirma Juliana Ronchi Reggiani, presidente do Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral do Estado do Espírito Santo (Sindibebidas).

Em cinco anos, o Espírito Santo foi o estado brasileiro que mais cresceu em número de cervejarias: 53,5%, superior ao desempenho nacional de 12%, segundo o Anuário da Cerveja 2021, divulgado em agosto do ano passado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Juliana também é industrial na Cervejaria Fratelli Reggiani, que pertence a sua família. Ela destaca que a participação feminina tem crescido e reafirmado o espaço no mercado de trabalho.

“Desde que iniciei no mercado de bebidas, as mulheres se destacam e garantem seu espaço. Imagino que nem sempre foi assim, mas hoje, no mundo e no Brasil temos muitas mulheres renomadas no mercado”, afirma.

cursos

A sommelière da Wine, Thamirys Schneider, afirma que tanto nos cursos que faz para se capacitar quanto nos cursos profissionalizantes que ministra, tem aumentado a presença feminina.

“Já entrei no mercado com o caminho mais asfaltado. Desde que comecei a estudar, aumentou a presença feminina. Tem muitas turmas diversificadas. Já venho de um cenário em que a presença feminina é grande”, destaca.

A especialista conta que, em seus cursos, há mulheres que participam tanto como iniciantes, aquelas que querem apurar o paladar e conhecer mais sobre vinhos, e ainda as que desejam direcionar o aprendizado para o atendimento ao cliente.

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Bióloga faz estágio em cervejaria e abre empresa

A carioca Cristiane Moraes é bióloga e sommelière e, após terminar o mestrado, mudou para o Estado. Foi estagiando em uma cervejaria por aqui que ela teve a oportunidade de ter contato com todas as etapas de produção da bebida e no mês que vem vai lançar o primeiro curso de capacitação, em sociedade com uma amiga.

“Vamos oferecer cursos e treinamentos a cervejeiros, bares e restaurantes”, afirma.

Ela conta que descobriu nos cursos de controle de qualidade, durante o estágio, áreas que poderia atuar, como a microbiologia, e que poderia sair do artesanal para o industrial.

“Em 2016 fiz o primeiro curso de cervejeira caseira, em Blumenau, Santa Catarina. Passei dois anos fazendo cerveja em casa. Fiquei encantada, porque cerveja tem muito mais de biologia do que a gente imagina”, ressalta.

O estágio foi iniciado em 2019 e, após um ano, ela se tornou a bióloga responsável técnica.

Tudo começou dentro de casa, quando tinha começado a morar junto com o marido e a fazer tábuas de frios para amigos. Depois, para conseguir uma renda extra, enquanto não conseguia uma colocação no mercado.

“Gostava de fazer tábuas de queijos e vinhos e um dia li que dá para harmonizar queijos e cerveja.  E, no Rio, eu gostava de provar cervejas artesanais. Aqui, o meu interesse aumentou e tive a ideia de trabalhar com cerveja”, afirma a sommelière.

Rompendo barreiras do machismo

Uma vez que as mulheres têm conquistado mais espaço no mercado de bebidas, como consumidoras e em oportunidades de trabalho, uma barreira que vem se rompendo é a do machismo.

Segundo a bióloga e sommelière Cristiane Moraes, no período em que trabalhou em cervejaria era comum ouvir expressões como “mulher não carrega saco de malte” e “mulher não carrega barril”.

“Quando ouvia essas falas, pensava, se trabalhasse em outras áreas, não necessariamente teria que carregar peso para provar que posso trabalhar numa função. E há muitas mulheres trabalhando em 'chão de fábrica' nas empresas de bebida, com muita competência”.

A empresária e sommelière Carla Cristina dos Reis, 37, conta que, quando iniciou a carreira, o  mercado era dominado em sua maioria por homens.

“Sofri no início discriminação, como se não fosse capaz de entender e falar sobre vinhos. Hoje em dia isso mudou, as mulheres estão ganhando espaço na produção dos vinhos, estudando e ganhando o destaque merecido”.


Capacitação

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Empresária e somellière Carolina Porto |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Metade do público nos cursos de formação

A empresária e somellière Carolina Porto, 31 anos, começou no mundo do vinho com 20 anos. Ela conta que trabalha  mais com vinhos do Rio Grande do Sul e os importados. 

Ela conta que as mulheres são metade do público de cursos de formação e estão à frente de grandes empresas. “As mulheres representam 50% dos alunos em cursos de formação em sommelier. Logo quando comecei, 11 anos atrás, o público era mais masculino. Hoje, grandes importadoras de vinhos estão com mulheres à frente de vendas”, afirma.


Mercado aquecido e clientes ecléticas

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A somellière Helen Cristina Rezende |  Foto: Heytor Gonçalves/AT

A somellière Helen Cristina Rezende, 40, proprietária de uma cervejaria e uma brewshop (loja que vende insumos para produção de cerveja para caseiros e cervejarias), diz que o mercado está  efervescente, com variações de preferência de um bairro para o outro.

“Às vezes, fazemos eventos em nossa cervejaria e temos um consumo bem eclético. Daí, vamos, por exemplo, para outro município e lá as mulheres já mudam drasticamente de preferência, isso é bom”.


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Vinho é a bebida favorita de 49%

Vinho

A bebida é a favorita de quase metade dos entrevistados (49%) na pesquisa O Mercado de Vinhos.

O estudo mostra ainda que os brasileiros bebem vinho, em média, 5,6 vezes por mês: 17% afirmaram consumir duas vezes por semana e 12% de três a quatro vezes. Já 20% elegem somente um dia da semana para o consumo de bebida alcoólica.

Na hora de escolher um rótulo, 53% dos consumidores usam sites e aplicativos das marcas para obter mais informações. 

Recomendações de amigos e familiares são a opção de 43%. Há ainda quem recorre a redes sociais, como Facebook (17%) e Instagram (34%) para escolher qual vinho comprar.

A pesquisa foi realizada pela Wine, clube de assinatura de vinhos, em parceria com a MindMiners.

Foi feita em outubro de 2021, com cerca de 900 homens e mulheres de todas as regiões do Brasil que compraram vinhos nos últimos 18 meses antes da pesquisa.

Cerveja

Em cinco anos, o Espírito Santo foi o estado brasileiro que mais cresceu em número de cervejarias, segundo o anuário da Cerveja 2021, divulgado em agosto do ano passado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Em 2017, eram 11 fábricas em território capixaba. Já em 2021, esse número passou para 57, um crescimento de 53,5%, superior ao desempenho nacional de 12%.

No Espírito Santo, existe uma fábrica para cada 72.079 habitantes.

Em todo o país, há uma cervejaria registrada para cada 137.713 habitantes. 

No Estado, há ainda uma média de 2,17 marcas para cada cerveja registrada, o que representa 1.455 marcas.

Fonte: Pesquisa O Mercado de Vinhos e Anuário da Cerveja 2021.

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