Mulheres fazem transplante para disfarçar queda dos fios
Procura por procedimento tem crescimento em consultórios por conta da baixa autoestima que o problema causa
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Tratamentos com transplantes capilares têm chamado a atenção do público feminino que quer solucionar o problema das falhas no couro cabeludo, segundo especialistas.
De acordo com Thiago Magalhães, médico que trabalha com esse procedimento, é notável o aumento no número de mulheres que buscam seu consultório, tanto para o transplante capilar quanto para o tratamento medicamentoso.
“Isso se dá, muito provavelmente, por conta da baixa autoestima que a queda de cabelo traz”.
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Letícia Rizzo, médica, proprietária de clínica especializada em transplante capilar, afirmou que o crescimento da procura pelo transplante também está relacionado com melhores resultados.
“Ele se popularizou nos últimos anos com a evolução da técnica, com a capacitação de mais profissionais e a divulgação do método”.
Segundo Gabriel Zamprogno, cirurgião geral e cirurgião capilar, há duas técnicas: a FUT e a FUE.
A primeira trabalha com a retirada de uma faixa de couro cabeludo da área doadora, de onde os folículos capilares são extraídos. Já a segunda é uma técnica mais moderna, em que os folículos são retirados fio a fio, deixando uma cicatriz imperceptível no local.
“A técnica FUE é inovadora, os resultados são ótimos e naturais. A taxa de complicação mínima e não existe rejeição, pois é utilizado o próprio cabelo do paciente”.
Gabriel também comentou que há ainda o implante capilar, feito com fios sintéticos. Mas afirmou que o procedimento pode apresentar rejeição e menor naturalidade.
Além das mulheres, os tratamentos contra as falhas no couro cabeludo e a calvície também ganham o investimento dos homens.
A pesquisa Análise do Comportamento de Consumo, divulgada pelo Itaú Unibanco em maio, apontou que houve aumento de 60% no valor gasto nos serviços de tratamentos capilares, principalmente em relação ao transplante e implante, e de 30% na quantidade de operações realizadas. Os homens foram 63% das pessoas que buscaram os tratamentos.
Felipe Pittella, cirurgião plástico e especialista em transplante capilar, ressaltou que não é em toda a situação que a pessoa precisa de transplante. “Em alguns casos de calvície pequena ou moderada, há procedimentos não invasivos que podem ser usados, como terapia de LED e injeção de medicamento”.
SAIBA MAIS
Transplante capilar
É um procedimento procurado para resolver o problema da alopécia androgenética feminina e masculina (falha no couro cabeludo, calvície). Muitas vezes, mulheres buscam tratamento para baixar a altura da testa.
É possível conseguir resultados muito naturais por conta do desenvolvimento das técnicas desse procedimento. Principalmente com a mais recente, a FUE, em que os folículos são retirados fio a fio, deixando uma cicatriz imperceptível no local da extração.
Os folículos da área doadora são retirados da parte de trás do couro cabeludo porque nela os fios não respondem aos hormônios da calvície.
É necessário reconhecer a causa da queda de cabelo para fazer o tratamento. Nem sempre o transplante é indicado, como por exemplo, uma alopécia hormonal e/ou autoimune.
Os valores do procedimento variam de acordo com a avaliação da área a ser transplantada. A média no Brasil é que seja a partir de R$15 mil.
A sessão costuma durar de oito a 10 horas, podendo chegar a 12 horas. Quem tem calvície muito extensa, pode chegar a fazer duas sessões.
Queda de cabelo
De acordo com a dermatologista Oliete Guerra, a alopécia androgenética tem várias causas, como genética, pós-virose, pós-infecção, estresse, anemia e dermatite seborreica.
Karina Mazzini, dermatologista, explicou que, quando o paciente tem tendência a ter calvície genética, é importante procurar um especialista o quanto antes para começar o tratamento preventivo.
Fonte: Especialistas consultados.
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