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Cidades

Médicos recomendam mais vacinas para aplicar em crianças

Imunizantes contra dengue e HPV integram o Calendário de Vacinação da Sociedade Brasileira de Pediatria. As doses só são encontradas na rede privada


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Imagem ilustrativa da imagem Médicos recomendam mais vacinas para aplicar em crianças
A pediatra Luísa Pires diz que, se a família tiver condições de pagar as doses, haverá uma proteção ampliada |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Duas novas vacinas foram incluídas nas recomendações de pediatras para proteger crianças e adolescentes no País.  

Os imunizantes, contra dengue e HPV, passaram a integrar o Calendário de Vacinação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), publicado na última semana.

Apesar da recomendação dos médicos, os imunizantes não estão disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI), por isso só são encontrados na rede privada, por valores médios entre R$ 450 e R$ 900, respectivamente.

O documento foi elaborado pelos Departamentos Científicos de Imunizações e de Infectologia da entidade e traz orientações atualizadas para profissionais de saúde e para  população a respeito da aplicação de vacinas em crianças e adolescentes  até os 19 anos.

Na edição de 2023, o Calendário conta com a inclusão da vacina Qdenga, do laboratório Takeda, recentemente aprovada no Brasil para a prevenção da dengue. 

A pediatra Flávia Tavares explicou que o imunizante está disponível para pessoas entre 4 e 60 anos. “O esquema é  de duas doses, com intervalo de três meses”.

A segunda mudança no novo documento é a inclusão da vacina HPV9, que protege contra nove tipos de HPV e previne contra cânceres do colo do útero, do ânus, entre outras infecções.

“O  PNI disponibiliza a vacina quadrivalente (quatro sorotipos), sendo duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Já a Sociedade de Pediatria recomenda, sempre que possível, a nonavalente HPV9, pela maior proteção”.

A pediatra  e responsável técnica pela Clivped Fabiana Frasson explicou  que outra mudança feita no novo documento é a recomendação preferencial para fazer as vacinas Pneumo 13, em vez da Pneumo 10, oferecida na rede pública.

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“Também se recomenda a vacina contra meningite ACWY em todas as idades em vez da Meningo C, oferecida pelo PNI”.

A pediatra e neonatologista  Luísa Pires Milanesi ressaltou que as  vacinas ofertadas pela rede privada são  complementares às do SUS. “Quando a família tem condições de fazer, preferencialmente, conforme a orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria, a criança tem uma proteção ampliada”.

SAIBA MAIS

Novo Calendário 

A sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou na última semana o seu  Calendário de Vacinação atualizado. O documento, elaborado pelos Departamentos Científicos de Imunizações e de Infectologia da entidade, traz orientações  a respeito da aplicação de vacinas do nascimento até os 19 anos.  

Novidades

Na edição de 2023, o Calendário da Sociedade de Pediatria  conta com duas inclusões de vacinas,  para dengue e para HPV. Elas estão disponíveis na rede particular.  

1 - Dengue

Foi incluída a recomendação da  vacina Qdenga, do laboratório Takeda,    aprovada no Brasil. 

O imunizante tem recomendação preferencial, podendo ser aplicado a partir de 4  até 60 anos de idade, no esquema de duas doses com intervalo de três meses entre elas, independente de infecção prévia.

Outra vacina que já estava no calendário   é a  Dengvaxia, da Sanofi. É recomendada em três doses  a partir de 6 anos, para quem já teve  infecção prévia pelo vírus da dengue.

2 - HPV

A segunda mudança  no novo documento é a inclusão da vacina HPV9, que protege contra nove tipos de HPV e contra cânceres do colo do útero, da vulva, da vagina, da cavidade oral e do ânus; infecções persistentes e lesões pré-cancerosas; e verrugas genitais. O imunizante  aumenta a proteção, em comparação à vacina HPV4 (disponível pelo SUS).

Ambas devem ser administradas em duas doses com intervalo de seis meses entre elas para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, e em três doses  para maiores de 15 anos.

Outras vacinas no calendário

BCG – Tuberculose

aplicada em dose única o mais cedo possível.

Hepatite B 

primeira dose  deve ser aplicada idealmente nas primeiras 12 horas de vida. A segunda dose está indicada com um ou dois meses e a terceira dose aos seis meses. 

DTP/DTPa – Difteria, Tétano e Pertussis (coqueluche) 

Conhecida como tríplice bacteriana, a DTPa (acelular), quando possível, deve substituir a DTP (células inteiras). Ela provoca menos reação. 

Adolescentes com esquema primário completo devem receber um reforço, preferencialmente com a tríplice acelular, aos 14 anos.

Hib

A vacina Haemophilus influenza tipo B  – contra doenças como meningite e pneumonia–  integra a vacina penta do PNI, combinada com difteria, tétano, coqueluche e hepatite B, aplicada em três doses. Em caso de receber vacinas acelulares, médicos indicam uma quarta dose. 

VIP/VOP (Poliomielite)

As três primeiras doses, aos 2, 4 e 6 meses, devem ser feitas  com a vacina pólio inativada (VIP). As  doses subsequentes devem ser feitas preferencialmente também com a VIP.

Pneumocócica conjugada

Está indicada para crianças de até 5 anos, contra doenças como pneumonia e  meningite. Pediatras recomendam, sempre que possível, a vacina conjugada 13-valente, em três doses, e reforço entre 12 e 15 meses.

Meningocócica Com ACWY

Recomenda-se o uso  das vacinas meningocócicas  – contra meningite – conjugadas para bebês a partir dos 2 meses, crianças e adolescentes. Sempre que possível, utilizar preferencialmente a vacina MenACWY.

Meningocócica B

Duas vacinas meningocócicas recombinantes contra o sorogrupo B estão licenciadas. A vacina de 4 componentes – Bexero, do laboratório GSK, está recomendada para bebês, crianças e adolescentes.

A vacina Trumenba, da Pfizer, está indicada a jovens de 10 a 25 anos.

Rotavírus

Existem duas vacinas licenciadas. A vacina monovalente incluída no PNI, indicada em duas doses, e a    pentavalente, disponível somente na rede privada, são recomendadas em três doses (2, 4 e 6 meses). 

Influenza

Está indicada para  crianças e adolescentes a partir dos 6 meses. Há duas vacinas influenza: tri e quadrivalente. Sempre que possível, usar as quadrivalentes.

Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela  

Aos 12 meses, devem ser feitas as  primeiras doses da tríplice viral e varicela, ou a vacina tetraviral. Aos 15 meses, deve ser feita a segunda dose, preferencialmente, com   tetraviral.

Hepatite A

A vacina deve ser administrada em duas doses, a partir dos 12 meses. O PNI oferece a vacina em dose única aos 15 meses. Adolescentes podem receber duas doses ou vacina combinada Hepatite A+B, no esquema de duas doses até 15 anos.

Febre amarela

O PNI oferece duas doses  para  menores de 5 anos. Acima de 5 anos, o esquema  é de dose única, mas a aplicação da segunda dose  é desejável.

COVID-19

As diferentes vacinas licenciadas  devem ser administradas a crianças e adolescentes nos esquemas  de acordo com recomendações PNI.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria. 

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