X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Médicos explicam por que alergias continuam matando

Especialistas alertam que, para minimizar o risco, é preciso importar medicação, que ainda não é vendida no Brasil


Ouvir

Escute essa reportagem

Os frutos do mar, segundo especialistas, estão entre os principais causadores de alergias e, para quem não pode consumi-los, representa uma ameaça à vida. Mas, por que as alergias continuam matando?

Médicos explicam que falta um plano de ação para  a anafilaxia, crise alérgica  grave. Para evitar um desfecho trágico, o recomendável seria usar precocemente a adrenalina autoinjetável, que ainda não é comercializada no País. Porém, pacientes têm importado a caneta, que custa em média R$ 2 mil.

Leia mais notícias de Saúde

Recentemente, o influenciador digital Brendo Yan da Silva,  de 27 anos, do Rio Grande do Norte, morreu após uma reação alérgica, ao comer um bolinho de camarão. Segundo a mulher de Yan, Victória Figueiredo, ele apenas tomou um antialérgico, mas quando foi levado ao hospital, não resistiu.  

A médica alergista e  imunologista Juliana Salim frisa que as alergias  ainda matam, já que muitos  pacientes não procuram  um alergista para passar um  plano de ação.

“Em uma situação em que a pessoa come um alimento e sabe ou não que é alérgico, ele precisa de um plano de ação. Esse plano vai depender da reação do paciente e do que ele comeu. Por exemplo, se for um caso grave, a gente orienta portar a caneta de adrenalina”.

De acordo com a  alergista e imunologista Milena Pandolfi estudos mostram que o uso precoce da adrenalina faz diferença na taxa de mortalidade da anafilaxia.

Imagem ilustrativa da imagem Médicos explicam por que alergias continuam matando
a alergista Milena Pandolfi diz que o uso precoce da adrenalina faz diferença na taxa de mortalidade |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

A médica aponta ainda que em países, como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Austrália, já existem políticas de obrigação de adrenalina em ambientes públicos, como parques, restaurantes, e não só em ambientes de saúde.

 “O paciente pode comprar a adrenalina autoinjetável, na farmácia comum, com um receita médica normal.  Isso faz toda a diferença nos quadros graves e pode, sim, evitar um evento fatal”.

A alergista Alexandra Sayuri Watanabe, membro do Departamento Científico de Anafilaxia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, frisa que as reações graves ocorrem em vários órgãos  do corpo e podem acontecer em qualquer fase da vida. 

“Pode causar inchaço na boca, pálpebras e orelha;  afetar o sistema respiratório. Também pode causar dores abdominais, vômitos, diarreias, tontura e desmaios. Nas reações alérgicas, a pessoa desenvolve um anticorpo contra determinadas proteínas de alimentos, medicamentos ou venenos de insetos”. 

Antialérgico não evita reação

Quem teve alergia a algum alimento, não deve tomar um antialérgico antes para pode consumir o alimento. Esse comportamento, segundo os médicos, é arriscado e pode levar à morte.

“Isso é o que os pacientes mais fazem: tomam o antialérgico para poderem comer. Antialérgico não segura a anafilaxia, que é a reação grave de alergia”, alerta a  alergista e imunologista Juliana Salim.

Ao G1, Victória Figueiredo, mulher do  influencer Brendo Yan, de 27 anos, que morreu após comer um bolinho de camarão, disse que  o marido comeu o bolinho achando ser de frango. 

O casal recebeu os  bolinhos de  um vizinho, que não sabia que Yan era alérgico e não avisou sobre o recheio de camarão.

A alergista e imunologista Milena Pandolfi explica que antialérgicos e corticoides também são importantes, e a maioria dos pacientes com reações alérgicas pode ter suas crises controladas usando esses mediacamentos. “Porém, se o paciente tiver sintomas de uma reação grave, a adrenalina não deve ser postergada”.

Caneta autoinjetável

A anafilaxia é uma reação aguda, muito rápida, que em poucos minutos pode matar. Usar  a  adrenalina autoinjetável, aos primeiros sinais da doença, pode evitar a morte.

O  Brasil ainda não tem  registro do medicamento . O uso da adrenalina é feito  apenas em hospitais.

Os portadores de anafilaxia são obrigados a comprar a medicação no exterior, com importadoras.  Além de ter a adrenalina autoinjetável, médicos afirmam que  é muito importante ter um plano de tratamento de anafilaxia. Empresas que importam o produto podem ser consultadas no site www.anafilaxiabrasil.com.br.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: