X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Médico capixaba comanda cirurgia inédita em país africano. Veja entrevista

O médico Daniel Coser tem apenas 35 anos, mas já percorreu um grande caminho em sua carreira


Imagem ilustrativa da imagem Médico capixaba comanda cirurgia inédita em país africano. Veja entrevista
Registro feito na primeira videolaparoscopia do sistema urológico |  Foto: Reprodução/Acervo Pessoal

O diploma em Medicina foi apenas o primeiro passo do médico capixaba Daniel Coser Gomes, de 35 anos, em busca de novos horizontes.

Além de fazer a primeira cirurgia por videolaparoscopia no sistema urológico em Moçambique, em fevereiro deste ano, Daniel também está auxiliando na formação da primeira cirurgiã desta área no país africano.

“Foi uma cirurgia minimamente invasiva para a ressecção de um volumoso cisto no rim, mas, para minha surpresa, foi a primeira do país na área de urologia. Eles já fazem a parte geral (tipo vesícula) por vídeo, por exemplo, mas é apenas um médico que faz. Então, foi bem legal, até saí no jornal local”, relembrou o médico.

Desde que saiu da faculdade, em 2012, o pensamento em se tornar um profissional melhor o fez percorrer vários caminhos até chegar a Moçambique, no continente africano. Em entrevista ao jornal A Tribuna, ele contou que fez residência em cirurgia geral, cirurgia de trauma, urologia e depois em uro-oncologia (tratamento de câncer em todo o sistema urológico).

 

Tribuna Online
 

Depois de todo esse caminho, já no A.C. Camargo, hospital referência em tratamento oncológico, em São Paulo, o capixaba se voluntariou para um projeto que acontece em parceria com o hospital MD Anderson, no Texas, EUA, e leva o ensinamento de técnicas de tratamento para câncer a muitos países pelo mundo.

Daniel foi designado, então, para Moçambique,  onde o projeto já existe há cerca de 10 anos, mas com foco em tumores na saúde da mulher (tumor de colo de útero, câncer de mama, entre outros).

Em 2018, no entanto, o hospital americano resolveu levar especialistas na saúde masculina ao país africano, como de próstata, rim e pênis, mas a missão precisou ser descontinuada com a pandemia.

"Eu fui o primeiro a voltar, em 2022, quando retomamos essas missões. Eu cheguei em Moçambique em novembro daquele ano, com o objetivo de ajudá-los a trabalhar com tumores de próstata, principalmente. Mas, com o tempo, a gente foi vendo que eles eram muito carentes da formação no geral, então eles queriam saber de tudo, rim, próstata, bexiga e laparoscopia, inclusive", explicou Daniel.

Residência 

O médico capixaba Daniel Coser Gomes, de 35 anos, também está auxiliando na formação da primeira cirurgiã do sistema urológico de Moçambique, na África. 

Natacha Gemo já é cirurgiã-geral e, agora,  está fazendo uma adaptação para urologia. “Diferente daqui, lá são cinco anos de urologia direto da faculdade. Ela fez cinco anos de cirurgia geral. Como estava em falta o número de urologistas no país, ela foi convocada para entrar nessa especialidade. Então, ela está fazendo uma subespecialização em urologia há dois anos. Ela vai ser a primeira urologista mulher formada no país”, contou o capixaba.

Agora, Natacha está em São Paulo, no hospital A.C Camargo, onde está fazendo um estágio sob os ensinamentos do médico capixaba e sua equipe, para se especializar ainda mais na nova área. Segundo Daniel, ela já até assistiu em uma cirurgia robótica feita por ele no hospital de São Paulo.

Especialistas

Moçambique é um país que fica no litoral Sul do continente africano, com população, segundo a última estimativa feita em 2021, de 32,08 milhões. A proporção de médicos urologistas, no entanto, é desigual, quando comparada à quantidade de pessoas. De acordo com Daniel, o país africano conta com apenas seis médicos especialistas na área.

"Eles têm equipamentos bons, porque recebem muitas doações e investimento de países mais desenvolvidos, inclusive os aparelhos necessários para uma videolaparoscopia são muito bons. Mas eles não têm profissionais suficientes, a ponto de o governo precisar convocar médicos de seu país que tenham afinidade ou interesse pela área", finalizou o médico. 

ENTENDA

O que é  videolaparoscopia?

- É uma técnica cirúrgica minimamente invasiva, sem necessidade de abertura da cavidade abdominal, onde o médico é auxiliado por uma endocâmera de “furos” mínimos de até um centímetro. 

- Além da questão estética (por conta do tamanho das incisões as cicatrizes são menores), a cirurgia por vídeo oferece menos dor, menor sangramento e mais rápida recuperação pós-operatória.

- No caso de cirurgia do rim, como foi a do paciente da primeira videolaparoscopia do sistema urológico de Moçambique, uma cirurgia aberta, normalmente, teria grandes incisões abaixo da costela, sendo necessário cortar a musculatura, aumentando muito a dor do pós-operatório e a chance de hérnias.

- Na cirurgia por videolaparoscopia, o paciente fica menos tempo internado e, consequentemente, também diminui o risco de infecção hospitalar.

Fonte: Daniel Coser e pesquisa AT.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: