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Cidades

Mais de 5 mil estudantes buscam o ensino superior depois dos 50 anos

Especialistas explicam que a entrada na graduação se tornou mais acessível e há uma mudança na relação entre a população e o trabalho


O retorno às salas de aula pode ser desafiador, mas não faltam motivos para reabrir as janelas do conhecimento: novos horizontes e sentidos para a vida, autonomia e sabedoria são alguns deles.

No Estado, 5.035 estudantes com 50 anos ou mais ocupam as salas de aula e realizam o sonho de uma nova carreira para a vida.

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Os dados foram fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) à equipe de reportagem de A Tribuna.

Estudar e buscar uma nova carreira, que faça sentido aos desejos e aos valores de cada pessoa, é algo que faz muitos voltarem a sonhar e a criar novos objetivos para a vida, afirma Fernanda Anchieta, professora da unidade de Gestão e Negócios da Faesa.

Para a especialista, a entrada na graduação se tornou mais acessível e há uma mudança social na relação entre a população e o trabalho: as ocupações devem fazer sentido em um projeto de vida.

“Estudar traz novas possibilidades de melhoria da condição social, proporcionando qualidade de vida para o indivíduo e sua família. Atualmente, as pessoas estão buscando ocupações que façam sentido na vida, principalmente, após a pandemia da covid-19”, observa a professora.

Em um país marcado pela desigualdade social, como o Brasil, estudar é uma oportunidade que, para muitas pessoas, chega mais tarde, reitera a mestre em Educação Jane Haddad.

Inclusão

É importante, segundo Jane, ter em mente que a educação deve ser inclusiva e acessível a pessoas de qualquer idade.

“Não existe idade certa. O problema é que vivemos em uma sociedade em que apenas crianças e jovens podem sonhar, enquanto os adultos e os idosos ficam à deriva das novas gerações, proporcionando tudo que podem a eles. Como efeito, podemos ter uma geração que não reconhece os mais velhos”, aponta a especialista.

O psicólogo Gerson Abarca afirma que, com frequência, recebe pacientes que buscam um replanejamento da carreira aos 50 e 60 anos.

“Fico feliz, porque é um indicativo de que a pessoa terá uma longa vida. Há uma maior chance de realização profissional”.

Desafio e emoção de voltar a estudar

Imagem ilustrativa da imagem Mais de 5 mil estudantes buscam o ensino superior depois dos 50 anos
Lindenberg Campos voltou a estudar após 30 anos fora da sala de aula |  Foto: Fábio Nunes/AT

Após 30 anos fora da sala de aula, o vendedor Lindenberg Campos, de 52 anos, conquistou a oportunidade que sempre sonhou: conseguiu uma vaga no curso de Publicidade e Propaganda, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

A experiência é desafiadora, mas nada controla a emoção de voltar a estudar. “Quando terminei o ensino médio, não havia internet, celular ou qualquer coisa de tecnologia. Essa é uma das principais barreiras, mas me sinto feliz, confiante e no caminho certo”, ressaltou.

Nos próximos períodos, o universitário irá aprender fotografia publicitária e já está ansioso para novos conhecimentos.

Mercado exige aprendizado ao longo de toda a vida

Com os avanços tecnológicos, as mudanças profissionais se tornam mais velozes e frequentes. Tanto que o mercado de trabalho exige um novo perfil de candidatos: profissionais em constante atualização e dispostos a enxergar a educação como um projeto para a vida.

Com a internet, ficou mais fácil se manter atualizado e investir nos estudos para a carreira.

O psicólogo Gerson Abarca aponta que o aprendizado ao longo da vida é uma necessidade do mundo do trabalho, mas não deve ser apenas isso: o crescimento pessoal e profissional depende de novos aprendizados, independentemente da idade.

“Profissionais bem-sucedidos nunca param de estudar, mesmo aqueles de profissões que não requerem formação acadêmica. Vivemos em um tempo cujos processos de trabalho estão em constante mudança, principalmente em razão da tecnologia. O estudo nunca pode parar”, observa.

Crescimento

A psicóloga Monique Nogueira também reconhece a importância do aprendizado ao longo da vida para o crescimento profissional. Para ela, quem não se adaptar às transformações do mundo do trabalho pode ficar para trás.

“A forma como nos comunicamos, nos vestimos, trabalhamos e vivemos. Tudo está em um processo acelerado de mudança, o que não é diferente para as profissões. Por isso, é preciso estudar ao longo de toda a vida. Adaptar-se a essas mudanças é essencial”.

Realização de sonho

Os universitários Eva Silva, de 67 anos, e Luiz Macena, de 73 anos, comprovam que a educação é uma jornada para a vida. Atualmente, ela cursa Direito, enquanto ele faz Psicologia, ambos na Multivix.

Luiz é formado em Direito, mas confessa que sempre teve vontade de cursar Psicologia. “Sempre cultivei um interesse em conhecer as razões e os motivos das reações humanas”. Já Eva é formada em Teologia e se aposentou como auxiliar de escritório.

Hoje, ela realiza um dos grandes sonhos da vida. “Aprendemos e ensinamos na troca de experiências. Tem sido uma ótima experiência”.

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