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Cidades

Legalização dos jogos de azar: Alerta para risco de vício e dívidas

Especialistas falam sobre as possíveis consequências da liberação de jogos de azar


Em meio a discussões sobre a liberação de jogos de azar, como os bingos e cassinos, especialistas fazem alertas para a possibilidade de aumento do vício e até para o endividamento.

O médico psiquiatra e especialista em dependência química Valdir Campos explicou que o jogo em si, qualquer que seja ele, não causa doença.

“Existem pessoas que têm predisposição a desenvolver vício, tornando-se um jogador patológico. A melhor maneira de evitar que as pessoas adoeçam é prevenir. Nesse sentido, a proibição de jogos de azar é uma medida de política pública, assim como a proibição de drogas ilícitas”.

O psiquiatra ainda afirmou que, enquanto cidadão e cientista da saúde humana, a aprovação do projeto, caso se torne lei, causa muita preocupação. “O nosso sistema de fiscalização é falho e isso colabora para que pessoas de má fé explorem outras mais vulneráveis economicamente.”

O médico psiquiatra Jairo Navarro ressaltou que esse tipo de jogo existe no Brasil, mas de modo clandestino, e muitas pessoas já são viciadas. “Qualquer tipo de jogo, inclusive os permitidos como os jogados em celular e loterias, pode levar ao vício”.

Imagem ilustrativa da imagem Legalização dos jogos de azar: Alerta para risco de vício e dívidas
Jairo Navarro ressalta que o jogo de azar já existe no País de modo clandestino, e muitas pessoas são viciadas |  Foto: Divulgação

Para ele, a legalização envolve ônus e bônus. “O ônus é que, quanto maior a exposição das pessoas aos jogos, maior a possibilidade de elas se viciarem. Quando se chega a esse ponto, precisamos, além de tratar o vício, cuidar dos problemas que surgem. Uma pessoa superendividada por causa do vício em jogos pode desenvolver transtornos de ansiedade e de pânico ou depressão, por exemplo”.

Por outro lado, para ele, a regulamentação poderia promover um controle sobre os jogos e arrecadar impostos, possibilitando a criação de políticas públicas e de um fundo para prevenir e tratar o vício.

É com preocupação que o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados Pensionistas e Idosos no Estado, Jânio Araújo, fala sobre a legalização dos jogos de azar. 

O motivo é que, segundo ele, com a liberação dos jogos, sobretudo das casas de bingo, vai aumentar o número de aposentados jogando.

“Hoje já temos muitos aposentados que são viciados e, por estarem endividados, comprometem o benefício da aposentadoria, abrem mão de cuidar da saúde, de comprar remédios, alimentação para pagar dívidas de jogos”.

Religiosos contrários a proposta

Contrários a legalização dos jogos de azar, religiosos estão atentos aos próximos rumos da tramitação da proposta, que agora vai para votação no Senado.

No dia 1º de fevereiro, antes mesmo da votação na Câmara dos Deputados, a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) havia reiterado posição do episcopado, contrária à proposta, chamando a atenção ao fato de que “o jogo de azar traz consigo irreparáveis prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares”.

Com a divulgação do resultado da votação, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, reforçou o posicionamento da entidade a respeito do tema.  

“A CNBB reitera sua posição contrária a essa iniciativa e continuará acompanhando as próximas etapas dessa tramitação, na firme esperança de que o bom senso e a lucidez consigam reverter essa equivocada decisão”.

Imagem ilustrativa da imagem Legalização dos jogos de azar: Alerta para risco de vício e dívidas
Padre Vitor apela contra a legalização |  Foto: Divulgação

O padre Vitor César Zille Noronha, coordenador da Escola de Fé e Política da Arquidiocese de Vitória, economista, teólogo e mestre em Filosofia, fez um apelo aos senadores para que votem contra a legalização dos jogos de azar.

“A própria Receita Federal se posicionou contra o Projeto de Lei, por motivos óbvios, a dificuldade de fiscalização dos cassinos, o que estimula crimes, como lavagem de dinheiro e caixa 2. Não impressiona que alguns parlamentares com ligação com as milícias e com o crime organizado sejam entusiastas da proposta”, salientou.

“Evidentemente, o resultado esperado não pode ser diferente de lucros fartos para poucos e aumento da corrupção, de um lado, e impactos sociais deletérios. De outro, vício, endividamento, destruição de vidas e desagregação de famílias. Apelo aos parlamentares (senadores): votem contra”, pediu o padre.

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