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Cidades

Lavrador morre após ser picado por cobra enquanto trabalhava

Caso aconteceu em Domingos Martins, na região Serrana do Estado


 

Imagem ilustrativa da imagem Lavrador morre após ser picado por cobra enquanto trabalhava
Cobra que matou o lavrador. Em destaque: Fredolino Kempin | |  Foto: Reprodução/Acervo Familiar

Um lavrador de 43 anos morreu após ser picado por uma cobra venenosa, conhecida como Jararacuçu, enquanto trabalhava em sua plantação de bananas, em Galo, distrito de Domingos Martins. Após a picada, Fredolino Kempin ainda levou o bicho porque sabia que precisariam dele para a aplicação do soro antiofídico (antídoto contra o veneno da cobra).

De acordo com a sobrinha do lavrador, a técnica em enfermagem Angelica Laura Kempin Strey, de 28 anos, o incidente aconteceu no último dia 5 de janeiro, uma quarta-feira, enquanto ele trabalhava em sua plantação de banana. "Ela estava em um buraco de tatu e ele não viu, aí quando ele passou, ela saiu e picou a coxa dele", explicou a jovem.

Depois que matou a serpente, Fredolino foi levado a um hospital de Domingos Martins pela mulher. "Lá ele recebeu todo o atendimento, foi feito todo o protocolo de ofidismo e, na parte da tarde, aproveitei para ir visitá-lo, porque ele não tinha acesso à internet e nem telefone. Quando eu cheguei, ele estava muito desesperado e com muita dor. Eu consegui ver o estado da perna dele e parecia que ela ia explodir", relatou Angelica. 

Ainda segundo a técnica em enfermagem, o veneno da cobra deu para produzir seis ampolas de soro e Fredolino recebeu todas na veia. No entanto, não foi o suficiente para aliviar o efeito. No dia seguinte, uma quinta-feira (6), Fredolino foi reavaliado pelos médicos do hospital, que acharam melhor que ele fosse transferido para o Hospital Estadual de Urgência Emergência (HEUE), que fica em Vitória.

Já no hospital Estadual, Fredolino foi internado na UTI e, lá, a perna dele começou a ficar sem circulação nenhuma de sangue, e por isso, os especialistas sugeriram a amputação do membro, que foi realizada no último domingo (9).

"Ele estava lúcido a todo momento, conversando, ele mesmo assinou os papéis da amputação, toda a família entrou para vê-lo. Ele estava muito confiante que ficaria bem e até falou com a mulher dele para que ela separasse as muletas dele para quando ele tivesse alta. A cirurgia correu bem, conseguiram amputar a perna, mas uma hora depois, ele teve duas paradas cardíacas e morreu", contou a sobrinha do lavrador, que foi sepultado nesta terça-feira (11).

A jovem ainda contou que a família está sem chão. Fredolino deixa a esposa de 32 anos e dois filhos, um menino de 6 e uma menina de 2 anos.

A cobra Jararacuçu

Em entrevista ao Tribuna Online, o biólogo Daniel Motta, que é mestrando em Biologia Animal pela Ufes, explicou que o nome científico da Jararacuçu é Bothrops jararacussu. Em sua fase adulta, essa cobra pode atingir mais de 2 metros de comprimento, sendo considerada a segunda maior cobra peçonhenta do Brasil. 

De acordo com Motta, o veneno dela é potente e afeta, principalmente, os tecidos musculares, podendo causar a amputação do membro, como foi o caso de Fredolino, se não for administrado rapidamente o soro antiofídico. A dentição dela, segundo o biólogo, é solenóglifa ou seja possui dentes anteriores inoculadores de veneno.

Daniel também explicou que o fato de a cobra, que picou o lavrador, ter se escondido em um buraco não é incomum. "Na verdade, a Jararacuçu costuma se esconder em  buracos, troncos ocos e na serrapilheira. No entanto, a qualquer menção de perigo, ela possui o hábito de fugir. Por isso, acredito que ela tenha se sentido ameaçada de alguma forma", finalizou o especialista. 

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