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Cidades

Indústrias querem alunos mais tempo na escola

Confederação Nacional da Indústria diz que medida vai melhorar a formação profissional dos estudantes do ensino médio


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Falta uma semana para o Ministério da Educação (MEC) encerrar a consulta pública sobre o novo ensino médio, e em um mês o órgão já recebeu 4.873 contribuições sobre o assunto. 

Uma das propostas é a ampliação da oferta para a aprendizagem profissional dos estudantes. Com a carga horária maior, no período integral, os alunos terão mais oportunidade de se preparar para o mercado de trabalho, o que é uma das proposições da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

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Para o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, a ampliação da carga horária tem grande potencial de aumento da oferta de cursos profissionais. 

“O novo ensino médio representa um modelo que consideramos ideal no sentido de estabelecer uma formação geral obrigatória para todos, com a Base Nacional Comum Curricular, e os itinerários formativos, de escolha do estudante, para aprofundamento nas áreas de conhecimento de interesse ou a formação profissional”.

Um modelo que pode ser exemplo para o Brasil, segundo Lucchesi, é o exemplo alemão, que tem um sistema de educação dual.  

Imagem ilustrativa da imagem Indústrias querem alunos mais tempo na escola
"As melhorias no novo ensino médio têm de ser contínuas, como na estrutura das escolas e na capacitação dos professores”, diz Moacir Lellis, chanceler do Sinepe/ES |  Foto: Douglas Schneider/AT

“O modelo dual é um exemplo que deu certo em vários países desenvolvidos. Concilia a formação profissional com o desenvolvimento de competências na empresa, permitindo o acesso à renda e ao primeiro emprego. Isso porque o estudante tem as aulas em uma instituição de ensino e a experiência no ambiente de trabalho, em uma empresa”.

Para a doutora em Educação Cleonara Schwartz, que também é membro do Conselho Estadual de Educação, é preciso debater com cuidado as propostas do novo ensino médio, que já está em curso, como ela lembra.

“Uma das propostas é não limitar a carga horária da formação geral básica, que leva a uma formação reflexiva  do aluno. Além disso, na parte da formação diversificada, a escola tem de ter estrutura e autonomia para escolher a melhor proposta, para responder as demandas de cada território”, destaca. 

Garantir a formação contínua dos professores do ensino médio tem de ser uma prioridade no novo ensino médio e é uma das propostas de Moacir Lellis, chanceler do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Estado do Espírito Santo (Sinepe/ES).

Pedido por novas melhorias no ensino

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Os alunos Ademir dos Santos Júnior, 17, Gabriel Pereira, 16, e Isabelli Victoria Alves Teixeira, 16, e a professora Lidiane Pignaton Agostini. |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Os alunos Ademir dos Santos Júnior, 17, Gabriel Pereira, 16, e Isabelli Victoria Alves Teixeira, 16, já fazem parte do novo modelo de  ensino médio da escola estadual Major Alfredo Pedro Rabaioli, em Mário Cypreste, Vitória, onde eles têm aulas de Biologia com a professora Lidiane Pignaton Agostini, e gostam do novo formato, mas acreditam há coisas ainda para melhorar. 

“Acho uma boa ideia. Ficamos mais tempo na escola e temos novos conteúdos. Faço eletiva de expressões corporais que une informações e aprendizados de Português e Educação Física. Acho interessante, aprender nunca é demais”, diz Isabelli.

Para Gabriel, o formato do novo ensino médio está bem melhor que antes, mas precisa de mais organização.

Secretária do MEC acredita que vai haver consenso

A secretária executiva do Ministério da Educação (MEC), Izolda Cela, disse estar otimista sobre os resultados da consulta pública aberta pela pasta a respeito do novo ensino médio. “Penso que chegaremos a um consenso”. 

A implementação da reforma do ensino médio, que flexibilizou o currículo da etapa, foi alvo de críticas sobre a baixa qualidade na oferta de parte dos itinerários optativos e falta de formação dos professores para dar essas novas aulas. “Não é fácil ouvir aquelas mensagens que vêm da força de quem está empenhado e sente no dia a dia os efeitos (do novo ensino médio)”, disse Izolda.

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"O mais importante para um modelo educacional é que tenha como um de seus pilares a educação profissional”, diz Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI |  Foto: divulgação/ Diego Campos - CNI

A consulta vai até dia 6 junho e pode ser prorrogada. Ela, porém, acredita que seja concluída no prazo inicialmente previsto. Segundo a secretária, o diálogo com os estudantes tem revelado mais convergências do que divergências, como o incentivo ao ensino integral, à educação técnica e à flexibilização curricular.


Algumas propostas

Sugestão de ampliar carga horária básica

Formação profissional 

Com foco na  formação dos jovens para o mercado de trabalho,  a – Confederação Nacional da Indústria (CNI) propõe, em seu plano de retomada das indústrias, uma política nacional de educação profissional e tecnológica, com a plena implementação do novo ensino médio. 

A proposta é conciliar a formação profissional com o desenvolvimento de competências na empresa, permitindo o acesso à renda e ao primeiro emprego. Isso porque o estudante tem as aulas na escola e a experiência no ambiente de trabalho, em uma empresa.   

Além disso, propõe que haja contribuições da indústria  para os ajustes no novo ensino médio, possibilitando às redes de ensino oferecerem itinerários formativos que contribuam para a efetiva  aprendizagem profissional do estudante.  

Formação geral básica 

Outra proposta de mudança é o aumento da carga horária da formação geral básica. 

De acordo com o Todos pela Educação, a proposta é a substituição do teto de 1.800 horas para a Formação Geral Básica (FGB) por dois pisos: 2.100 horas para FGB e 600 horas para os Itinerários Formativos, que são as disciplinas que os alunos escolhem. Uma das justificativas é que hoje não há disciplinas que levam à formação reflexiva dos estudantes.   

Itinerários Formativos

Hoje, os itinerários  Formativos não têm teto de horas. A proposta é que o Ministério da Educação (MEC) dê novas orientações nacionais para a construção de Itinerários Formativos e estabelecimento de uma “Base Comum dos Itinerários”, para que eles estejam em igualdade em todos os estados, mas, ao mesmo tempo, tenham relação com a comunidade escolar. 

Formação dos professores

Há a proposta de que a formação contínua dos professores esteja colocada de forma clara na lei para que seja garantida a igualdade de ensino em todo o País. 

Novo cronograma  

Com a consulta pública, houve suspensão da implementação, então outra proposta é um novo cronograma de implementação das mudanças, com Enem totalmente adaptado em 2027, com modelo de transição até lá.

Fonte: Instituições consultadas.

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