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Cidades

Incentivo à cultura e ao turismo com o Cais das Artes

Complexo cultural que está sendo construído em Vitória seguirá o exemplo de espaços que viraram sucesso no País


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Imagem ilustrativa da imagem Incentivo à cultura e ao turismo com o Cais das Artes
|  Foto: Divulgação

Unindo as belezas naturais da baía de Vitória com uma programação artística diversa, o Cais das Artes vai incentivar a cultura e o turismo na região.

O complexo, projetado para receber eventos de grande porte, vai incluir teatro com capacidade para 1.300 espectadores, museu, praça e restaurante.
Exemplos de outros espaços criados no Brasil demonstram o potencial de transformação de museus e centros destinados a apresentações artísticas.

É o caso do Instituto Inhotim, em Brumadinho, e da Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte, ambos abertos ao público em 2006, em Minas Gerais.

A gestora cultural da Casa Fiat, Ana Vilela, comentou sobre a trajetória do espaço, que já recebeu 3,5 milhões de pessoas e mais de 80 grandes exposições artísticas. Todas gratuitas.

Ela explicou que espaços como este contribuem para mudar o roteiro da arte no País.

"Nossa vocação foi destinada a abrigar grandes exposições brasileiras e internacionais, mas também inserir Minas Gerais nesse eixo da produção artísticas. Há 17 anos, só havia grandes programações culturais no eixo Rio de Janeiro-São Paulo".

Vilela afirmou que o centro cultural contribuiu para mudar esse roteiro e esse é um papel importante de grandes espaços.

"Hoje a Casa Fiat recebe turistas de todo o Brasil e estrangeiros. Isso demonstra como a arte move pessoas".

Chegando à marca de 4 milhões de visitantes, o Instituto Inhotim também é exemplo de como a arte e a cultura melhoram o turismo, até mesmo do entorno.

A diretora artística do instituto, Júlia Rebouças, enfatizou que hoje o local é um destino que motiva pessoas a se deslocarem de suas cidades para visitar.

"Brumadinho tem, ainda, turismo ecológico, com montanhas e trilhas, culinária rica e um conjunto de atividades que fazem parte da experiência de quem visita Inhotim. O instituto potencializou o turismo da região”.

Ela destacou a importância do desenvolvimento de novos centros culturais pelo País.

"Quanto mais se tem opções culturais, mais se deseja. Não há concorrência em cultura. Quanto mais salas de cinema, museus, teatros, bibliotecas, mais as pessoas se interessam pelas atividades", pontuou Rebouças.

Centros melhoraram também economia local

Além do desenvolvimento cultural da região em que se instalam, centros culturais abertos ao público em Minas Gerais ainda são exemplos de melhoria local da economia e de geração de emprego.

A diretora artística do Instituto Inhotim, Júlia Rebouças, destacou o potencial transformador de equipamentos culturais, não apenas para produção de conhecimento e de saber.

"Hoje, para se ter uma ideia, temos cerca de 500 funcionários. Do total, 70% a 80% são pessoas da região. Muitos tiveram em Inhotim sua primeira oportunidade de emprego, se desenvolveram, fizeram curso superior. O papel de uma instituição cultural assim também é abrir uma janela de oportunidades”.

A gestora cultural da Casa Fiat de Cultura, Ana Vilela, ainda enfatizou a transformação nos hábitos de consumo cultural das pessoas e o impacto econômico de equipamentos desse porte.

"Quando a Casa Fiat de Cultura foi criada, há 17 anos, tínhamos poucos fornecedores especializados em grandes exposições. A Casa possibilitou o desenvolvimento de especialistas associados a projetos de exposição".

Como exemplo, ela apontou fornecedores que vão desde a indústria têxtil, até a indústria da marcenaria, com grandes montagens, especialistas em expografia, iluminação, museologia, montagens, além de arquitetos para desenvolver projetos específicos.

"São centenas de fornecedores que giram em torno de um equipamento cultural. Ele gera empregos e incentiva a economia criativa, que tem um PIB (Produto Interno Bruto) relevante no País”.

Vilela ainda reforçou o potencial do País para se desenvolver nessa área. "A população quer ter acesso a entretenimento, cultura e programações artísticas. Para se ter uma ideia, estamos com 2 mil visitantes por dia nos fins de semana".

Outros exemplos no país

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|  Foto: LEO LARA/STUDIO CERRI

Casa Fiat de Cultura

Inaugurado em 2006, em Belo Horizonte, o espaço cultural já recebeu 3,5 milhões de pessoas e mais de 80 grandes exposições de artes, entre as quais de Caravaggio, Rodin, Chagall, Tarsila e Portinari.

Com uma programação totalmente gratuita, o centro cultural já recebeu ainda mais de 600 mil pessoas participantes de atividades educativas.

Instituto Inhotim

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|  Foto: WILLIAM GOMES/DIVULGAÇÃO

Localizado em Brumadinho (MG), o museu de arte contemporânea e jardim botânico foi aberto ao público em 2006.

Expõe de forma permanente, em uma área de 140 hectares, obras de artistas brasileiros e internacionais, e um acervo com cerca de 4.300 espécies de plantas.

Está completando 4 milhões de visitantes.

Opiniões

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|  Foto: WILLIAM GOMES/DIVULGAÇÃO
"Quanto mais se tem opções culturais, mais se deseja. Quanto mais teatro, cinema, museus, bibliotecas, mais as pessoas se interessam por essas atividades" Júlia Rebouças, diretora artística de Inhotim
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|  Foto: LEO LARA/STUDIO CERRI
"Um equipamento cultural gera empregos e incentiva a economia criativa. A população quer ter acesso a entretenimento, cultura e arte" Ana Vilela, gestora cultural da Casa Fiat

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