Homens aproveitam para tratar calvície na quarentena
As mulheres sempre foram maioria quando o assunto é estética. Mas, durante a quarentena, o que tem chamado a atenção dos especialistas é a procura dos homens por tratamentos contra a calvície.
Segundo médicos, os procedimentos não precisam de internação hospitalar, reduzindo assim o risco de transmissão pelo novo coronavírus (Covid-19). Além da melhora no bem-estar, especialistas afirmam que as técnicas ajudam a deixar o paciente mais jovem.
O cirurgião plástico Fábio Zamprogno, especialista em transplante capilar, destacou que, em média, seus pacientes são 70% mulheres e 30% homens, porém, com o isolamento, isso mudou, e a procura por transplante capilar aumentou.
“Agora, o percentual está em 50% para cada público. Acredito que o fato de muitos trabalharem em casa ajuda, já que o paciente vai para a casa no mesmo dia após o procedimento”.
Só para a próxima semana, o médico tem, até o momento, três transplantes capilares agendados.
A procura também é confirmada pelo cirurgião plástico Gustavo Mello. Ele ressaltou que a média de idade dos pacientes gira em torno de 25 a 35 anos.
“Quando a calvície ainda está iniciando, há uma série de tratamentos clínicos que retardam a sua evolução. Na falha do tratamento clínico ou para pacientes que já têm calvícies avançadas, é indicado o transplante”, frisou.
“O transplante capilar é uma cirurgia de distribuição de fios, em que é usada a raiz com o fio que não tem a genética da queda, sendo transplantado para a região calva”, completou o cirurgião.
A dermatologista Ana Flávia Moll explicou que há tratamentos, feitos em consultório, em que é possível tratar a queda de cabelo.
“Dependendo do diagnóstico, o paciente pode ser tratado com laser fracionado, microagulhamento de ouro, mesoterapia ou microinfusão de medicamentos na pele, que auxiliam no crescimento de novos fios. Em média, é possível ver resultados com três meses de tratamento”.
Uma novidade no tratamento contra a queda de cabelo é a injeção de toxina botulínica, segundo a dermatologista Alessandra de Melo. Usada no couro cabeludo, ela ativa a circulação, promovendo o crescimento dos fios.
“A toxina mexe com a microvasculatura da região, promovendo a vasodilatação do local, facilitando a nutrição do fio e acelerando a regeneração”, pontuou.
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