Guarda-vidas fazem 20 resgates de banhistas por dia nas praias de Guarapari
São cerca de 20 ocorrências por dia nas praias da cidade. Orientação é dar preferência aos locais que têm guarda-vidas
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Com as praias cheias, os guarda-vidas da cidade de Guarapari estão recebendo chamados a todo momento. Somente em duas semanas, após o período das chuvas, foram 270 resgates, quase 20 por dia.
Oito turistas foram retirados do mar e encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, e a maioria por excesso de bebida alcoólica.
É o que explica o tenente Carlos Mendes, da diretoria de operações do Corpo de Bombeiros do Estado. “A maior causa de óbito por afogamento entre adultos é o excesso de bebida alcoólica. Assim como beber e dirigir é perigoso, a orientação é a mesma para o ambiente aquático”, disse ele.
“É natural que nesta época do ano as ocorrências de resgate venham a aumentar. Muitas pessoas vêm de fora para conhecer nossas praias”, ressaltou o militar.
Apesar do aumento no número de resgates, não houve nenhum óbito em Guarapari. E o bombeiro chama a atenção para os cuidados durante o verão, já que o índice de mortes por afogamento é alto nesta época.
“Cerca de 45% de todas as mortes por afogamento no País ocorrem de janeiro a março, em virtude das férias e das praias lotadas. Temos um falso entendimento de que os casos ocorrem somente nas praias, mas 70% acontecem em lagoas”.
“O menor índice fica nas praias em virtude de serem guarnecidas pelos guarda-vidas. Já lagos, lagoas, rios e cachoeiras não têm esse atendimento, já que ficam em uma área muito extensa”, esclarece Mendes.
Diante da preocupação, o bombeiro lembra sobre a importância de escolher praias com guarda-vidas. Muitas praias de Guarapari possuem a conhecida “vassourinha”, que são as correntes de retorno que existem no fundo do mar e que puxam o banhista para o fundo.
“Os banhistas devem ter preferência por praias com guarda-vidas. A prevenção é a melhor forma de evitar o afogamento. Prevenir é salvar!”, completou.
COMO EVITAR AFOGAMENTOS
> Prefira praias com guarda-vidas e consulte o profissional sobre as condições de segurança para banho.
> Se consumir álcool não nade; e se não souber nadar lembre-se: “água no umbigo sinal de perigo!”.
> Crianças necessitam de supervisão direta de um adulto – a distância segura é de um braço de afastamento para que haja pronta resposta.
> Evite boias infláveis, elas podem esvaziar ou furar, dê preferência a coletes flutuadores rígidos.
> Use sempre coletes salva-vidas se estiver embarcado, mesmo em canoas ou caiaques.
> Atenção em cascatas e cachoeiras, rochas são altamente escorregadias facilitando quedas e afogamentos.
> Se precisar ajudar alguém que esteja se afogando, não faça contato corpo a corpo, lance objetos flutuantes como corda, galho, bolas, garrafa pet vazia e fechada ou pranchas.
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