Grupo anuncia novo baile na Praia do Canto e assusta moradores
Um novo bloco clandestino foi marcado para acontecer na Praia do Canto, em Vitória, na mesma região onde uma festa não autorizada levou pânico e prejuízo para moradores e comerciantes no último sábado.
O convite para o Bloco da Laranjada já circula nas redes sociais, anunciando o evento para o próximo sábado (8), às 14 horas, no Triângulo das Bermudas.
A região foi palco de uma festa pré-Carnaval que reuniu 10 mil pessoas e terminou em pancadaria, duas prisões e apreensão de drogas e arma.
Preocupados com novos problemas, moradores e comerciantes ingressaram ontem com uma ação no Ministério Público Estadual para que a Prefeitura de Vitória garanta a não realização do evento.
“Estamos propondo um choque de ordem na Praia do Canto. Queremos a elaboração de um termo de ajuste de conduta para que a prefeitura seja obrigada a garantir a segurança”, afirmou o representante do Movimento Praia do Canto Merece Mais, Armando Fontoura.
“Se o evento não é autorizado, queremos que seja garantida a não realização dele. O prejuízo é enorme”, argumentou.
Ciente do evento programado para o próximo sábado, o secretário de Segurança Urbana de Vitória, Fronzio Calheira, vai se reunir hoje com a Polícia Militar para traçar ações que possam tentar impedir a festa.
“Vamos ter uma conversa para avaliar medidas que possam ser tomadas para aperfeiçoar e impedir esse evento”, afirmou.
O secretário, no entanto, ressaltou a dificuldade que é impedir a aglomeração de pessoas em ambientes públicos como o Triângulo das Bermudas.
“O complexo é que as pessoas podem se reunir. Não podemos chegar ali e impedir que as pessoas entrem na rua. É um direito constitucional de ir e vir. Isso é o complicado. O que podemos coibir são os atos ilícitos e proibidos, como arma, drogas e som”, ressaltou.
Por meio de nota, a Polícia Militar confirmou a reunião, que também vai contar com o Ministério Público Estadual, proprietários de bares da região e moradores.
A expectativa dos moradores é de que cenas como a do último sábado não se repitam.
“Foi horrível. Era impossível sair de casa, além do barulho, o uso de droga e o sexo explícito, no meio da multidão”, relatou a moradora Iara Monteiro Moreira.
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