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Cidades

Gravidez de capixaba chama atenção nos EUA após abortos

Amanda Altoé perdeu 10 bebês por ter um útero dividido em duas partes, dificultando a gravidez


Imagem ilustrativa da imagem Gravidez de capixaba chama atenção nos EUA após abortos
Amanda Altoé, ao lado do marido Rafael Bispo, está grávida de seis meses e é monitorada por médicos americanos |  Foto: Acervo pessoal

Ao passar por 10 abortos e desistir do sonho de ser mãe, uma capixaba de 40 anos, diagnosticada com útero bicorno (condição que separa o útero em duas partes), recebeu, há dois meses, uma notícia que deixou toda a família feliz: ela está grávida de gêmeos univitelinos.

O caso da administradora Amanda Altoé, que mora nos Estados Unidos, é considerado raríssimo, uma vez que mulheres que apresentam este tipo de má-formação do útero possuem dificuldades para manter a gestação. Por conta disso, ela é acompanhada por especialistas americanos. Amanda está no sexto mês de gestação. 

“Eu não queria mais ser mãe. Quando eu e meu marido fomos ao médico e ele falou que eu estava de quatro meses e que ainda eram gêmeos, ficamos sem palavras. A médica que me acompanha disse que mulher que tem esse tipo de problema, ter gêmeos, é uma raridade. Eles nunca viram gêmeos interinos nesse caso”, conta a administradora, que era moradora da Serra. Ela é casada com Rafael Bispo. 

Ainda sem acreditar no milagre, Amanda relatou que nunca conseguiu manter uma gravidez até o quinto mês de gestação, devido aos mais de 10 abortos que sofreu. Ela falou também  sobre os momentos difíceis que viveu ao descobrir que o sonho de ser mãe não se realizava.

“Vivi sob tratamento médico para segurar a gestação de 2010 a 2017. Era um sonho. No quarto e quinto abortos, eu fiquei muito depressiva e cheguei a pensar em suicídio. No sexto aborto, eu já não chorava mais. No sétimo, não queria mais ser mãe”, contou.

Ao se mudar para os Estados Unidos, Amanda aproveitou para buscar ajuda na Universidade de Utah, especializada em investigar casos de ginecologia e obstetrícia raros. Depois de vários exames, nada foi constatado. “Disseram que eu não tinha nada”. 

Sem ter uma resposta para o problema, a mulher decidiu colocar um ponto final nos planos de ser mãe. “Já tinha desistido. Fui comemorar meu aniversário na Disney e, nesse dia, minha menstruação atrasou. Fiz dois testes e descobri a gravidez”, lembrou.

Otto Baptista, ginecologista e obstetra, explicou sobre a raridade em casos como o de Amanda. “É uma situação raríssima e que, com certeza, vai depender de um acompanhamento obstétrico com uso de medicações para segurar  essa gestação. É uma gravidez delicada, superfrágil que requer cuidados”, revelou.

“Até hoje não caiu a ficha. Vão se chamar Thiago e Eric”

Frustrada com os 10 abortos que sofreu, antes mesmo das gestações chegarem ao quinto mês, a administradora Amanda Altoé, de 40 anos, decidiu com o marido, Rafael Barcellos Bispo, 40 anos, não ter filhos. 

E foi justamente no período que tomaram essa decisão que o casal foi surpreendido com a notícia da gravidez de gêmeos.

“Não queria mais ser mãe. Quando descobri a gravidez, não acreditei”, afirmou a administradora. Ela está no sexto mês de gestação e dará à luz dois meninos. 

A TRIBUNA – Como descobriu o seu problema?

Amanda Altoé – Eu descobri aqui nos Estados Unidos, onde moro há dois anos. Mas, desde que eu morava no Brasil, fazia tratamento para segurar o bebê, porque minhas gestações não chegavam ao quinto mês.

Era um sonho ser mãe?

Até o quarto aborto, sim. Depois não mais. Sofri dez abortos. Tratei de 2010 a 2017. Vim para os  Estados Unidos, procurei ajuda em uma universidade onde fui estudar, fiz vários exames, mas como não encontraram nada, eu desisti de ser mãe. Meu marido ia até fazer vasectomia.

Como se sentiu ao descobrir a gravidez de gêmeos?

Quando o médico disse que os “corações” deles estavam batendo, eu não acreditei,  já tinha desistido de ser mãe. A família inteira está feliz. Até hoje não caiu a ficha. Eles vão se chamar Thiago e Eric”, revela Amanda. 


SAIBA MAIS


Útero bicorno

  • É uma má-formação que separa o útero em duas partes de forma total ou parcial através de um tecido. 
  • Em muitos casos, esse útero acaba ficando em um formato parecido com o de coração. 
  • Eles podem também ter tamanhos diferentes nos seus lados.

Gravidez

  • Geralmente um útero bicorno não afeta a fertilidade, mas pode causar aborto espontâneo ou parto prematuro.
  • Por isso é importante que médicos especializados avaliem os tratamentos mais indicados para uma gestação segura.

Diagnóstico

  • Queixas de fortes cólicas menstruais, sangramento muito intenso, abortos repetidos e infertilidade podem estar ligados a essa má-formação.
  • Exames de imagem, como a ultrassonografia 3D e a ressonância magnética (RM) também podem ajudar no diagnóstico.

Causas

  • As mulheres com útero bicorno já nascem com essa condição, pois a má-formação congênita ocorre durante a gestação. 

Gêmeos

  • Esse tipo de gestação é tão rara que se estima que a chance de ter gêmeos seja de uma em 500 milhões, segundo o Daily Mail.

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