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Cidades

Governo adota medidas para evitar racionamento de água no ES

Alguns setores como indústria, agricultura e o de geração de energia elétrica poderão ter de reduzir a quantidade de água captada


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Imagem ilustrativa da imagem Governo adota medidas para evitar racionamento de água no ES
Rio Doce, em Colatina: média da vazão está em 171,66 metros cúbicos por segundo, enquanto no mesmo período em 2023 era de 296,32 m/s |  Foto: Clóvis Rangel

Com baixos volumes de chuva nos últimos três meses e diante de um cenário nada animador para as próximas semanas, o governo do Estado pode adotar restrições no uso da água para evitar racionamento. O anúncio deve ocorrer na semana que vem.

Nesta semana, segundo a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), estão sendo realizadas reuniões do Comando Integrado e Coordenação da Estiagem (CIC), com representantes do setor da agricultura, da indústria, da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan) e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) para esclarecimentos técnicos e estratégicos quanto às vazões dos rios e das condições de chuva.

Na semana que vem, provavelmente logo no início, o CIC Estiagem fará nova reunião, onde será avaliado o cenário hidrológico do Estado para tomada de decisão, quanto à publicação ou não de Resolução de Alerta.

O Estado de Atenção, que está em vigor, já trouxe uma série de recomendações na direção de uso racional da água e utilização com a maior economia possível.

Se o quadro de seca se agravar, o governo pode editar uma medida de grau maior, de Estado de Alerta. Se isso acontecer, alguns setores, como da indústria, agricultura e o de geração de energia elétrica, por exemplo, teriam de reduzir a quantidade de água captada para evitar a falta de água para as pessoas.

No Estado de Atenção, a Agerh recomenda o uso racional da água em todo o Espírito Santo, diminuindo desperdícios e chamando atenção para redobrar os cuidados da população para a economia da água, além do manejo mais adequado da irrigação e na indústria, buscar o reuso da água em circuitos fechados, atendendo a vários processos produtivos dentro de um sistema industrial, entre outras recomendações.

A Agerh destaca que atualmente não há risco de desabastecimento no Estado e que as vazões dos principais rios estão em média em patamares mínimos, mas dentro do esperado para este período do ano (de seca e forte estiagem). Essas vazões estão refletindo uma nova realidade hidrológica, ou seja, estão cada vez menores ano a ano.

As vazões dos rios

- Rio Doce

A média da vazão no rio Doce está em 171,66 m/s (metros cúbicos por segundo), enquanto no mesmo período em 2023 era de 296,32 m/s.

- Rio Santa Maria

A vazão média do rio Santa Maria está em 3,75 m/s. Já em 2023, a média foi de 18,09 no mês de setembro.

- Rio Jucu

O rio Jucu está com média de 8,49 m/s. No ano passado, a média da vazão, no mesmo mês, foi de 14,60 m/s.

- Rio Itapemirim

Está com média de vazão em 19,95 m/s, enquanto a média no ano passado foi de 37,08 m/s.

Fonte: Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh).


Entenda

Já são 90 dias sem chuvas significativas

Chuvas

Já são cerca de 90 dias sem precipitações significativas no Estado.

O cenário tem sido monitorado pelo governo do Estado. Há um grupo de trabalho coordenado pela Defesa Civil, o Comando Integrado e Coordenação da Estiagem (CIC - Estiagem), formado por representantes de vários órgãos, que se reúne toda semana para acompanhar a evolução dos índices e definir as medidas a serem adotadas, se necessárias.

São eles: Agência Estadual de Recursos Hídricos, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural, Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo, Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Cesan, Instituto Jones dos Santos Neves e representantes dos Serviços Autônomos de Água e Esgoto.

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Na próxima semana, o governo pode anunciar um cronograma de restrição do uso de água para os grandes setores, a exemplo da indústria e agricultura.

Ainda é estudada a porcentagem que cada setor deverá reduzir no consumo de água.

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