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Cidades

Gêmeos passam por transplante de rins do mesmo doador

"Nunca tinha visto dois irmãos recebendo órgãos do mesmo doador ao mesmo tempo", disse um dos médicos que acompanhou o caso dos gêmeos


Imagem ilustrativa da imagem Gêmeos passam por transplante de rins do mesmo doador
Rogério e Ronaldo Berenstein |  Foto: Fernanda Carvalho/Hospital São Lucas

Há 60 anos, os irmãos gêmeos Rogério Goncharuk Berenstein e Ronaldo Goncharuck Berenstein dividem inúmeras vivências e histórias juntos, mas nos últimos dias eles passaram por uma experiência única no mesmo dia: um transplante de rins.

A cirurgia aconteceu no Hospital São Lucas, em Porto Alegre no último mês e proporcionou um caso inédito no hospital, o transplante de irmãos gêmeos com rins de um mesmo doador. As informações são do g1.

Devido a problemas genéticos de insuficiência renal crônica, Rogério e Ronaldo já realizavam acompanhamento médico há anos, mas ambos tinham quadros diferentes: Rogério já estava há dois anos e quatro meses na fila do transplante e realizando hemodiálises semanais; enquanto Ronaldo não estava em tratamento, mas pôde entrar na fila do transplante em meados de dezembro devido a uma nova regulamentação que permite que pessoas que não fazem o procedimento de hemodiálise possam buscar por uma doação de órgãos.  

De acordo com o Dr. Moacir Traesel, nefrologista do HSL e médico dos pacientes, o caso dos irmãos é inédito em sua vida profissional e na instituição, pois são gêmeos univitelinos com insuficiência renal crônica que necessitavam a substição da função renal.

O médico Marcelo Hartmann, chefe do serviço de transplantes do hospital e um dos médicos que participou do processo, explica que o fato de Rogério ter tido o problema alertou Ronaldo para a quase certeza de que teria que enfrentar a doença logo em seguida. Como têm código genético quase idêntico, é esperado que sejam acometidos por patologias de origem genética semelhantes.

"Trabalho há mais de 20 anos na área e nunca tinha visto dois irmãos recebendo órgãos do mesmo doador ao mesmo tempo. É o primeiro caso deste tipo que aconteceu no hospital, e provavelmente não vamos ter de novo", conta o especialista.

No entanto, Hartmann explica que Rogério e Ronaldo tinham quadros diferentes. “Há 22 anos eu iniciei o acompanhamento do Ronaldo e logo já comecei a monitorar o Rogério também, por serem gêmeos. Após anos de consultas, o Rogério teve a necessidade de iniciar o tratamento com hemodiálise e entrou na fila de espera do transplante, enquanto Ronaldo conseguia tratar apenas com alimentação adequada e atividades físicas”, explica o especialista.

"Quando recebemos a notícia da doação do rim que era ideal para os irmãos, já logo entramos em contato e iniciamos os preparamentos para a cirurgia. A recuperação e evolução deles tem sido excelente”, completa Traesel.  

Ronaldo comenta que ficou surpreso por ter sido agradeciado com a oferta dos rins com menos de dois meses na lista de espera.“Fico muito feliz e se eu pudesse incentivar as pessoas eu diria: doe órgãos, pois isso faz muita diferença para quem recebe. Fica minha gratidão à toda equipe do Hospital São Lucas, que tem um atendimento excelente, e não posso deixar de agradecer aos familiares do doador que, em um momento de dor, conseguiram ter a grandeza de um gesto fraterno e humano”, ressalta Ronaldo, emocionado.  

“Venho nessa trajetória há cerca de 10 anos tratando a doença e na fila de espera mais de dois anos. Ao receber a notícia da possibilidade da doação do rim, também recebi a notícia que meu irmão receberia junto, então tive um motivo duplo de felicidade. Pelo fato de sermos gêmeos e ter tido uma trajetória a vida itneira juntos, nesse momento não haveria uma maneira melhor de contemplar essa felicidade compartilhando essa doação com o meu irmão. Muito obrigado à toda equipe médica, cirúrgica e assistencial, também sinto uma gratidão enorme aos familiares do doador, embora não os conheça, espero que recebam esse alento no coração, porque só com esse gesto eles tornaram, no mínimo, duas pessoas felizes e com uma condição de vida melhor”, disse Rogério.  

Os irmãos passaram pelo processo praticamente juntos: quando um estava na sala de cirurgia, o outro já estava sendo preparado para o procedimento. Tudo foi feito no mesmo dia, com a mesma equipe. Primeiro, Rogério. Depois, Ronaldo. O que gerou um misto de emoções na dupla: esperança na recuperação, ansiedade pela cirurgia e conforto graças à companhia do irmão.

Os irmãos aproveitam o momento de recuperação para ressaltar a importância da doação de órgãos. Neste caso, foram duas vidas salvas:

"Quero fazer uma referência a uma família que não conhecemos e talvez nunca vamos conhecer, mas que teve a grandeza, o gesto de amor de doar e tornar melhor a vida de outras pessoas. Um momento de dor, que a gente compreende. A nossa gratidão eterna a essa família e o nosso lamento pela perda do ente deles. Que as pessoas reflitam sobre o que representa um órgao pra quem está precisando", emociona-se.

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