Funcionário de supermercado é demitido após ser confundido com irmão
Funcionário de supermercado descobriu que irmão, que havia sido preso por furto, estava se passando por ele
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Um funcionário de supermercado, de 42 anos, acabou perdendo o emprego após a empresa identificar que em nome dele havia uma intimação para comparecer em audiência por causa de um furto cometido em Guarapari.
O problema é que nem mesmo o funcionário tinha conhecimento do crime, e quando foi entender o que estava acontecendo, descobriu que o próprio irmão teria se passado por ele ao ser preso na cidade.
“Ele cometeu um furto num comércio em 2015, na Praia do Morro, em Guarapari. Ele foi detido e levado para a delegacia. Lá, sem documentos pessoais, disse ser morador de rua e se identificou para a polícia com o meu nome. Ele não é gêmeo, nem nada. E, inclusive, não nos parecemos. Mas ficou no meu nome. A delegacia não colheu impressões digitais para verificação e tudo ficou no meu nome”, conta o funcionário do supermercado.
Assinatura
Na época, o autor do crime, de 38 anos, ficou preso por três meses, e depois de solto teria que responder o processo em liberdade.
Todo mês ele deveria voltar ao fórum para assinar a suspensão condicional do processo, mas como não voltou para assinar em nenhum momento, a Justiça intimou o funcionário do supermercado para uma audiência.
Para resolver toda a confusão, o homem acusado injustamente teve que contratar uma advogada para esclarecer que se tratavam de duas pessoas diferentes.
Como o presídio registra por fotos os detidos, identificaram que o funcionário do supermercado nunca tinha sido preso.
A advogada criminalista Amanda Leonardo explica que o homem foi acusado injustamente em uma sequência de erros, e isso causou a perda de um emprego.
“Mesmo tendo informado que não tinha ligação com o caso e que seu irmão já tinha passagem na polícia por outro furto, o cartório não o retirou do polo passivo da ação, apenas incluíram o nome do irmão. Então, o processo criminal passou a ser contra os dois somente neste ano”, disse advogada criminalista.
O escritório que cuida do caso vai ingressar agora com um processo por danos morais contra o Estado e requerer uma indenização pelo transtorno e constrangimentos causados.
O irmão que cometeu o crime passou a ser procurado pela Justiça, e a família não tem informações sobre ele.
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