Forte do Exército vai ser aberto para visitas
Construída em 1703, a edificação será reformada. Local terá café, exposições e mirante com vista para a Baía de Vitória
O histórico Forte São Francisco Xavier da Barra, localizado na área do 38° Batalhão de Infantaria do Exército, em Vila Velha, será reformado e aberto à visitação pública.
Construído em 1703 com vista privilegiada para a Baía de Vitória, o local vai receber visitantes com espaços para exposição, cafeteria e mirante. A previsão é de que o local seja aberto em janeiro de 2023, segundo o comandante do 38º BI, tenente-coronel Rodrigo Penalva.
“É um espaço importante para a história do Espírito Santo. Não queremos algo restrito, que fique fechado. A finalidade é mostrá-lo para a população, difundir a história. Não vamos só reformar, mas sim criar um ambiente com um propósito, um mergulho na história”.
Com mais de 300 anos, o forte é uma das edificações mais antigas do Estado, construído com canhões apontados para o mar para proteger as terras da então Capitania do Espírito Santo. Por estar em uma área militar, o local hoje tem acesso restrito – panorama que vai mudar quando as obras forem concluídas. A expectativa é de que os primeiros serviços tenham início na próxima semana.
O forte terá cinco ambientes. Dois serão salas permanentes para exposição: uma contando a história do forte e a outra do Exército. Uma terceira será destinada para exposições temporárias de arte. Já a quarta sala será a cafeteria. Na área externa, onde fica o pátio, haverá um ambiente aberto com uma cobertura em parte da área. Essa cobertura funcionará como mirante, com vista para a Baía de Vitória, a 3ª Ponte e o Convento da Penha.
“É uma unidade militar, mas mudaremos a nossa rotina interna, pois teremos horários de visitação livre, inclusive com pessoas capacitadas para realizar uma visita guiada, caso o visitante queira. O acesso será pela entrada principal do Batalhão”, explicou Penalva.
O restauro vai acontecer em parceria com a ArcelorMittal, e terá acompanhamento de profissionais especializados, além de orientações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“Temos a preocupação de proteger e preservar o patrimônio. É algo inegociável para o Exército. Tivemos profissionais capacitados e especializados no projeto e também teremos nas obras, inclusive com arqueólogo”, ressaltou o tenente-coronel.
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