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Cidades

“Foi desesperador”, diz turista de escuna à deriva

Pedro Henrique, que estava na escuna que sofreu acidente em Guarapari, teve medo dela virar em cima dele e pulou no mar


Imagem ilustrativa da imagem “Foi desesperador”, diz turista de escuna à deriva
Escuna Cavalo Marinho, que levava 41 passageiros, bateu em uma pedra nas proximidades do Morro da Pescaria. Pedro e Kamily pularam no mar |  Foto: Roberta Bourguignon e Acervo Pessoal

"Foi desesperador. Nosso medo era o barco virar em cima de nós, nas pedras. Minha namorada nem sabia nadar, mas pulamos na tentativa de sair das pedras”, disse o mineiro Pedro Henrique, 21 anos, que estava na escuna que ficou à deriva em Guarapari e colidiu nas pedras.

O acidente aconteceu no final da tarde de sábado, nas proximidades do Parque Municipal Morro da Pescaria, na Praia do Morro, quando a embarcação voltava do último passeio pelas praias da cidade. 

Havia 41 passageiros na escuna Cavalo Marinho. Algumas pessoas  sofreram ferimentos leves e todos foram salvos. A namorada de Pedro Henrique, a mineira Kamily Lima, 19, se machucou  dentro do barco, com a agitação das ondas. 

“O barco começou a bater muito forte, de um lado para o outro, logo que bateu na pedra. Minha namorada ficou caindo de um lado para o outro, e eu pisei nos espinhos (ouriço) quando subia nas pedras”, lembra ele. 

O casal foi um dos primeiros a pular da escuna com outros jovens, que também não esperaram o socorro. Enquanto a equipe de Inspeção Naval era avisada, outras escunas ajudaram no resgate de outros passageiros. 

Muitos turistas perderam bens materiais durante o acidente. “Perdemos algumas coisas, mas graças a Deus isso a gente recupera. O importante é que todos ficaram bem e estamos com vida. O passeio seguiu tranquilo na ida. Na hora da volta, a escuna desligou do nada. Os responsáveis não falavam nada inicialmente, e isso nos causou mais desespero”, completou o mineiro. 

A Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval, informou que a Capitania dos Portos do Espírito Santo, assim que tomou conhecimento, encaminhou uma equipe de Inspeção Naval para o local, realizando o resgate de todos passageiros e transbordo para outra escuna, a Princesa das Águas, que estava nas proximidades e apoiou o resgate. 

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“Não foi identificada poluição hídrica ou vazamento de óleo na área proveniente da embarcação. As causas e responsabilidades do acidente, sob o ponto de vista da autoridade marítima, serão apuradas no Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação, a ser conduzido pela Capitania. Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, ele será encaminhado ao Tribunal Marítimo”, destacou a Marinha.

Pedido de socorro

Imagem ilustrativa da imagem “Foi desesperador”, diz turista de escuna à deriva
Rivaneide Eda, de 53 anos |  Foto: Roberta Bourguignon e Acervo Pessoal

A professora mineira Rivaneide Eda, de 53 anos, que estava no Parque Municipal Morro da Pescaria fazendo fotos no mirante, foi surpreendida pelo primeiro grupo de jovens que pulou da escuna e pedia socorro. 

“Eu e uma amiga fazíamos fotos no mirante quando o primeiro grupo de jovens veio correndo pedindo ajuda na nossa direção. Eles nos passaram muito desespero. Saímos correndo para a guarita do parque e pedimos socorro lá. Eles entraram em contato com a Marinha, ambulâncias e outras pessoas para ajudar no socorro. Era muita gente”, disse ela ao voltar ao mirante para acompanhar o resgate da escuna.

Tripulante aponta falha no motor

A tripulante Andreia Santos, que trabalha na escuna Cavalo Marinho, explicou que a embarcação apresentou falhas no motor, mas havia todos os equipamentos e conhecimento necessários para retirada dos passageiros. 

 “Infelizmente tivemos uma falha mecânica. Ainda tentamos parar o barco antes de chegar nas pedras, mas a âncora não segurou. Antes de sair explicamos sobre possíveis emergências e a ordem de colocar os coletes e entrar nas balsas, mas os passageiros acabaram não esperando e pularam”.

“Tínhamos tudo preparado, mas não controlamos as pessoas. Somente alguns ficaram esperando e foram resgatados pela Capitania dos Portos”, explica ela. 

Havia coletes para até 60 pessoas e, no protocolo, as crianças e idosos seriam resgatados inicialmente. Foram justamente os que ficaram à espera do socorro. 

O acidente aconteceu no final da tarde de sábado e, durante todo o domingo e ontem, amigos e funcionários da escuna tentaram rebocar a embarcação para o canal da cidade, mas mesmo com a ajuda de outras quatro escunas, não conseguiram retirar o barco, que está em cima das pedras.

Embarcação

Dezoito bombonas de ar foram colocadas no interior da escuna para a embarcação não correr o risco de afundar. Partes do casco do barco foram danificadas no impacto da estrutura com as pedras. 

Apesar do incidente, Andreia ressalta que os turistas não precisam ter medo de embarcar em novos passeios. 

“Os turistas não precisam ficar com medo. Seguimos os protocolos de urgência e emergência. Infelizmente foi uma falha mecânica que também vamos apurar, e não vai se repetir”, exaltou ela.

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