X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Fogão ainda é o vilão de acidentes domésticos

Curiosidade natural das crianças faz com que elas se exponham mais ao risco ao mexer em panelas com líquidos e alimentos quentes


Imagem ilustrativa da imagem Fogão ainda é o vilão de acidentes domésticos
Fogão: dica é usar as bocas internas do fogão e deixar a alça da panela para dentro, longe do alcance das crianças |  Foto: © Divulgação/Canva

A queimadura causada por líquido quente, conhecida como escaldadura, é dolorosa, grave e afeta a saúde de crianças no Espírito Santo todos os anos. Os cuidados com panelas no fogão, portanto, são fundamentais para que acidentes não ocorram.

De acordo com a capitã do Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBMES), Gabriela Andrade, a curiosidade natural dos pequenos faz com que eles se exponham mais ao risco.

Leia mais sobre Cidades

“Muitas mães deixam as crianças na cozinha enquanto estão cozinhando e o cabo da panela acaba sendo deixado para fora do fogão, e o filho tenta pegar. Quando segura no cabo, todo o alimento e líquido quente podem cair”, disse.

A capitã alertou aos pais sobre o que deve ser feito para evitar esse tipo de acidente.

“Uma dica básica é, se não for usar as quatro bocas do fogão, use as bocas do fundo e com o cabo da panela virado para dentro. A intenção é que a criança não tenha acesso aos cabos. E é válido reforçar: cozinha não é ambiente para criança!”.

O cirurgião plástico e presidente regional da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), Ariosto Santos, explicou que, segundo dados nacionais, a escaldadura é a causa mais comum para queimadura até os três anos de idade. Ele ainda disse que ela geralmente é uma queimadura de segundo grau, o que é considerado grave.

Se a criança for vítima desse tipo de acidente, o profissional orientou que os responsáveis protejam a área afetada com um pano limpo e procurem o hospital imediatamente.

“Pessoas costumam colocar pasta de dente e manteiga para aliviar a dor, mas isso não é o recomendado. Pode piorar o caso, além de dificultar o procedimento no hospital, em que o médico precisa retirar o produto”.

Ele ressaltou que, mesmo sendo uma queimadura pequena, é importante ter o atendimento médico para os cuidados corretos.

Imagem ilustrativa da imagem Fogão ainda é o vilão de acidentes domésticos
|  Foto: Divulgação
Imagem ilustrativa da imagem Fogão ainda é o vilão de acidentes domésticos
|  Foto: Divulgação

Outros

Ariosto afirmou que depois dos três anos de idade, a causa mais comum para as queimaduras é pela ação direta de chamas (fósforo e isqueiro), já na pré-adolescência o grande problema é o contato com álcool, líquido que pega fogo.

A capitã Gabriela completou afirmando que as crianças também podem se queimar por conta da eletricidade por meio de tomadas ao tomar choque, e também se queimar por meio do ferro de passar roupa. Assim, é importante mantê-las longe deles.

Criança queimada tem melhora

Imagem ilustrativa da imagem Fogão ainda é o vilão de acidentes domésticos
O pequeno Henrique, de 2 anos, teve 60% do corpo queimado e segue internado no Hospital Infantil, em Vitória |  Foto: Divulgação/Sesa

O pequeno Henrique Guimarães Correia, de dois anos, teve 60% do corpo queimado em um acidente que ocorreu no último domingo (07) em sua casa, no município de Linhares. Na ocasião, panelas com líquidos e alimentos quentes caíram em cima do menino.

Atualmente, ele está internado no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória, e seu quadro é grave, porém, vem apresentando melhoras.

“Nas últimas notícias, os médicos falaram que está tudo bem. Estão fazendo os procedimentos, ele está tomando medicamento, está entubado, já desinchou bastante. Está ocorrendo tudo bem, graças a Deus”, disse a mãe, Amanda Guimarães, dona de casa de 23 anos.

Extremamente abalada pelo que aconteceu, a jovem contou sobre o trágico episódio.

“Eu estava na sala, sentada, e ele deitado com o pai. Henrique pediu comida e fui até a varanda pegar o prato para ele. Nisso, escutei um barulho vindo do fogão. Ele tinha puxado o puxador do forno, e isso balançou o fogão. As panelas que tinham macarrão e feijão quentes caíram em cima dele”, disse.

“Só lembro que o puxei com tudo pelo braço e o coloquei no tanque para lavá-lo. Sua pele já estava descascando”.

Após o acidente, Amanda correu com Henrique para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Linhares.

“Chegando lá, o colocaram na emergência, o sedaram e pediram para transferi-lo para Vitória. Ele veio de carro, mas o melhor seria ter sido de helicóptero. A médica daqui falou que ele corria risco de vida, pois estava com problema no coração e nos rins”.


Fique por dentro

Escaldadura

O que é

A escaldadura, queimadura por líquidos quentes, é a causa mais comum de queimadura em crianças de até três anos.

O que fazer

Se a criança sofrer com a escaldadura, é importante o responsável cobrir a região afetada com um pano limpo e ir para o hospital. Não é recomendado aplicar nenhum produto em cima do ferimento.

Perigos e tratamento

Dependendo da extensão e profundidade da escaldadura, a criança pode correr risco de morte.

Há um desequilíbrio metabólico do corpo, que acontece pelo trauma e também pela perda do revestimento cutâneo. Com isso, a função renal é prejudicada, e há riscos de problemas, pulmonares e cardiológicos, além da possibilidade de infecção.

No tratamento, os médicos sedam a criança, limpam as feridas e há casos de entubação. O pequeno fica no CTI e tem atenção 24 horas.

Os primeiros sete dias são cruciais para determinar a sobrevida da criança ou não.

Se não precisar fazer enxertos ou cirurgias, o tratamento no hospital pode durar de 30 a 40 dias. Em caso de enxertos, a recuperação pode durar de dois a três meses.

Queimaduras

Além da escaldadura, crianças podem se queimar por ferro de passar roupa, choques elétricos em tomadas, produtos químicos, fósforos, isqueiros. Portanto, é importante mantê-las longe desses objetos/espaços.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no ano passado, 15 crianças de até um ano ficaram internadas por conta de queimaduras; 62 de um a quatro anos ficaram internadas; e 46 de 5 a 14 anos precisaram ficar nos hospitais.

Fonte: Especialistas consultados e Sesa.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: