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Cidades

Fila para receber peixe de graça na Praça do Papa


Populares formam uma longa fila na Praça do Papa, em Vitória, na manhã dessa terça-feira (24) para participar de uma ação que vai doar uma tonelada de peixe. Trata-se de um protesto organizado pelo Sindicato dos Pescadores profissionais, artesanais, aquicultores, marisqueiros, criadores de peixes do Estado (Sindipesmes).

Imagem ilustrativa da imagem Fila para receber peixe de graça na Praça do Papa
Manifestação de pescadores vai distribuir mil quilos de peixe |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

O movimento teve início às 8 horas, quando os manifestantes se concentraram na Praça do Papa, na Enseada do Suá. Às 9 horas, o grupo seguiu em passeata até a Assembleia Legislativa, onde acontece uma audiência pública.

A distribuição do pescado está prevista para ocorrer após a audiência pública, que deve acabar por volta de 12 horas, segundo a organização do protesto. 

"Mandamos distribuir água para o pessoal e providenciamos a compra de 300 marmitas porque a distribuição vai ser depois da audiência. Separamos porções em sacolas com quantidade de peixe suficiente para uma família, mas não chegamos a pesar. Essa quantidade não vai dar para quem já está na fila e, daqui a 20 dias, vamos fazer uma nova distribuição para quem não conseguiu receber", disse João Carlos Gomes da Fonseca, um dos organizadores da manifestação.

Reivindicações

Segundo João Carlos, o protesto é uma tentativa de chamar a atenção do governo do Estado para a causa dos profissionais de diversos segmentos que compõem a cadeia da pesca de camarão da Praia do Suá, em Vitória, e aguardam para serem indenizados após o desastre de Mariana.

O rompimento da barragem, que aconteceu em novembro de 2015 no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município brasileiro de Mariana, Minas Gerais, afetou o Rio Doce e, consequentemente, o trabalho de pesca de rio e mar.

Em entrevista ao Tribuna Online, João Carlos contou que a região de pesca de camarões, em Vitória, fica na foz do Rio Doce. "Durante esses anos, a lama de rejeitos de Mariana vem caindo até hoje nos rios e liberando no mar. Então, na nossa área, estão proibidos cerca de 90% dos nossos pesqueiros, nós tivemos uma perda dos nossos lucros de 70%", explicou.

O pescador ainda continuou: "Queremos mostrar ao governo, que a gente existe. Porque nós temos uma tradição aqui no nosso Estado, que favorece os turistas e até o governo do Estado, que se chama Moqueca Capixaba e uma moqueca sem camarão, sem cação e sem badejo não é a Capixaba".

O outro lado

Por meio de nota, a Fundação Renova informou que "iniciou o atendimento aos pescadores da Enseada do Suá, em Vitória (ES), diretamente impactados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).

O Termo de Acordo que concluiu a avaliação e mensuração dos danos comprovados sofridos pelos pescadores de camarão da Enseada do Suá formalizou os resultados do processo de negociação do Grupo de Trabalho, que incluiu órgãos públicos, Sindicato dos Pescadores e Fundação Renova. Os camaroeiros apresentaram diretrizes para o rateio dos valores, obedecidas a forma de trabalho e os costumes locais.

A proposta de indenização, englobando valores e critérios de elegibilidade, foi construída coletivamente, incluindo oficinas que contaram com participação e mobilização da comunidade pesqueira. O pagamento contempla toda a indenização que os atingidos fazem jus até o ano de 2019, com lucro cessante e danos morais individuais.

Cerca de R$ 14 bilhões foram desembolsados nas ações de reparação e compensação até junho, tendo sido pagos R$ 4,7 bilhões em indenizações e auxílios financeiros emergenciais para mais de 328 mil pessoas".

A Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), também foi acionada pela reportagem. A matéria será atualizada assim que a assessoria da pasta encaminhar um posicionamento.

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