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Cidades

Famílias retomam antigos hábitos na criação dos filhos

Pais estão ensinando crianças lições como agradecer antes de comer, bordar, ler histórias, jogar com a família e pedir bênção


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Imagem ilustrativa da imagem Famílias retomam antigos hábitos na criação dos filhos
Nathalia e Aristóbulo Barbosa ensinam os filhos gêmeos Efraim e Eloá, de 4 anos, a agradecerem antes das refeições | Foto: Fábio Nunes/AT

Entre os anos 1960 e 1970, hábitos como pedir a bênção aos pais, avós e tios, agradecer antes de comer, bordar e fazer crochê, ler histórias antes de dormir e jogar com a família eram costumes mais frequentes. Com o passar dos anos, esses hábitos foram se perdendo.

Mas há famílias que estão retomando essas práticas no dia a dia na criação dos filhos.

É o caso da dona de casa Nathalia Barbosa, de 30 anos, e do policial militar Aristóbulo Barbosa, 35. Eles ensinam os filhos gêmeos Efraim e Eloá, de 4 anos, a pedirem a bênção, além de agradecerem antes das refeições.

“Para nós, é de extrema importância que esses ensinamentos sejam passados, pois, um dia, eles também ensinarão aos filhos deles, além de lembrarem dos momentos em família, do sentar à mesa e do agradecer pelo que tem e pelo alimento. Já sobre pedir a bênção, a importância é que eles sempre serão abençoados e guardados aonde forem”, explica Nathalia.

Para a psicóloga Luciana Brambati Suela, especialista em Avaliação Psicológica, esses hábitos não são apenas costumes tradicionais, mas também estratégias valiosas para fortalecer vínculos, desenvolver a autorregulação emocional e construir a identidade infantil.

“De acordo com a psicologia do desenvolvimento, práticas que envolvem interação social contribuem significativamente para o amadurecimento cognitivo e socioemocional da criança”.

“Quando uma criança aprende a pedir a bênção, por exemplo, não está apenas repetindo um costume familiar, mas internalizando valores como respeito e reciprocidade, essenciais para a construção da empatia e do senso de pertencimento”, completa Luciana.

A psicóloga Regina Lúcia Teixeira de Siqueira afirma que é inegável a era digital e a era dos pais perdidos que delegam a atenção dos seus filhos aos smartphones e plataformas de jogos digitais, seja por comodidade ou por falta de tempo.

“Dentro desse cenário catastrófico, alguns pais saudáveis têm despertado a consciência e reconhecido a importância de se manter antigos e saudáveis hábitos como forma de trazer novos valores, em vez de incentivar a cultura do consumo, com a ilusão de que quanto mais, melhor”, avalia.

Bilhetes para a família

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Glauciele Souza e Marcos André Souza com os filhos | Foto: Kadidja Fernandes/AT

Na casa da empresária Glauciele Souza, 41, e do técnico de refrigeração Marcos André Souza, 43, é costume os filhos Saymon, 14, e Davi, 9, tanto pedirem a bênção quanto escreverem textos à mão, como bilhetes entre a família, além de ficarem um período sem celular.

“Os meninos fizeram um texto sobre as férias deles. Isso é para eles fixarem na memória o tanto de coisa que fizeram durante as férias. Preservamos muito a criação de memórias, para que eles cresçam adultos saudáveis”, conta Glauciele.

Hábitos que podem ser retomados

1. Pedir a bênção aos mais velhos: Um gesto simples que ensina respeito e reforça os laços familiares.

2. Escrever cartas e bilhetes à mão: Além de desenvolver a caligrafia, há estudos mostrando que escrever à mão ativa diversas regiões do cérebro, melhorando a capacidade de retenção da memória e a função cognitiva.

3. Tocar um instrumento: A prática regular de um instrumento estimula as áreas do cérebro responsáveis pela coordenação motora, como o córtex motor.

4. Bordar ou fazer crochê: No caso de aprender a bordar, isso ajuda a desenvolver a coordenação motora fina, porque exige o uso de músculos pequenos, como os dos dedos e das mãos. A repetição dos movimentos do bordado melhora a destreza e a coordenação dos movimentos das mãos.

5. Preparar receitas em família: Além de ser um momento de união, cozinhar juntos fortalece a colaboração e o vínculo afetivo, pois a comida tem um papel significativo na construção de memórias afetivas. Assim como as tarefas domésticas ensina sobre responsabilidade e cooperação desde cedo.

6. Contar histórias: Os contos transmitidos de geração em geração não apenas reforçam os aspectos culturais, mas também estimulam a imaginação, o desenvolvimento da linguagem e a empatia. A escuta ativa de histórias favorece a compreensão do mundo e a capacidade de interpretar emoções e situações.

7. Agradecer pelo alimento: presente em diversas culturas e tradições, essa prática reforça valores essenciais como gratidão, respeito e conexão com o que é consumido.

Fontes: Psicológa Luciana Brambati, neuropsicopedagoga Geovana Mascarenhas e pesquisa AT.

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