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Fala Doutor

Fala, Doutora: Alimentos podem causar mau cheiro nas axilas

Especialista diz que há relatos de pacientes que apresentam quadro de bromidrose após consumo de alho, cebola e tomate


Imagem ilustrativa da imagem Fala, Doutora: Alimentos podem causar mau cheiro nas axilas
Mau cheiro pode ser sinal de bromidrose, um distúrbio que ocorre devido à presença de bactérias na pele |  Foto: Reprodução/Canva

Suor nas axilas, pés e outras partes do corpo é até normal. Mas há pessoas que, suando ou não, apresentam um odor forte e constante, causando até constrangimento. 

Esse mau cheiro pode ser sinal de bromidrose, um distúrbio que ocorre devido à presença de bactérias na pele.

Segundo a  dermatologista Mariana Rocha, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que esteve no estúdio do TribunaLab a convite da reportagem de A Tribuna,  alguns alimentos podem alterar o odor corporal, provocando mau cheiro. Além disso, a transpiração excessiva pode ser sinal de doenças como diabetes. 

Assista a entrevista completa:

A TRIBUNA – O que é a bromidrose?

Mariana Rocha – A bromidrose é caracterizada por uma condição onde a pessoa apresenta um cheiro ruim. Na bromidrose axilar, o mau cheiro é na axila, popularmente conhecido como “cecê”, mas também pode afetar outras regiões, como o pé e as mãos.

Existe uma causa para esse mau cheiro?

Ela é multifatorial, ou seja, há muitas causas envolvidas. Pode existir uma predisposição genética, mas a principal causa associada é o excesso de transpiração. 

O organismo começa a liberar uma secreção pelas glândulas sudoríparas que não tem cheiro ruim. Mas temos bactérias, por exemplo,  na axila, que em contato com essa secreção,  ficam mais voláteis e liberam esse cheiro ruim, como se fosse um material de decomposição dessas bactérias.

Alimentos podem influenciar nesse odor?

Sim, há relatos de associação com alguns alimentos que podem piorar esse quadro de bromidrose, como o alho, cebola e tomate. Tem pessoas que, ao ingerir esses alimentos, vão apresentar um cheiro ruim ou podem piorar esse quadro.

Todo mundo pode apresentar essa condição, por exemplo, se não usar desodorante?

Não. Existe uma predisposição genética. É como  se tivesse alguma alteração na  qualidade da secreção, que é produzida durante o suor, sendo que, em algumas pessoas, o odor será mais forte e característico. Outras pessoas, praticamente,  não vão apresentar.

Existe essa relação na qualidade da secreção da glândula sudorípara, que predispõe um pouco mais a ter um cheiro ruim.

O desodorante não “dá jeito” para quem tem bromidrose?

É importante diferenciarmos dois termos. Existe a bromidrose, que é o cheiro ruim na axila, e existe a hiperidrose, que é a produção excessiva de suor.

Quem tem a hiperidrose, ou seja, transpira muito,  necessariamente não tem a bromidrose. Transpirar muito não significa que a pessoa terá o cheiro ruim. Mas, se o paciente tem a colonização bacteriana e  excesso de transpiração,  ele terá uma maior predisposição a apresentar um cheiro ruim.

Quando vamos tratar, é importante controlar um pouco o suor. Nesse caso entra o papel do desodorante, que tem essa ação antitranspirante. Quando diminuímos o suor, reduzimos a chance de apresentar o cheiro ruim. Mas o tratamento é diferente para as duas condições.

Esse mau cheiro nas axilas pode esconder outras doenças?

Mau cheiro em si não significa que haja alguma doença de base. Mas a transpiração excessiva, a hiperidrose, pode, sim, ser secundária a algumas doenças, como hipertireoidismo, obesidade, diabetes. Há outras doenças de base que podem fazer a pessoa transpirar mais e, às vezes, ocasionando a bromidrose.

O aspecto emocional é frequentemente afetado por essa condição?

O aspecto emocional irá influenciar por causa da hiperidrose. Quando temos alguma situação de estresse e ansiedade, o sistema nervoso simpático é ativado, aumentando a transpiração e, consequentemente, tem mais chance de causar um cheiro ruim.

Tem algum exame para detectar a bromidrose?

Normalmente o diagnóstico é clínico. O paciente chega se queixando do odor que, muitas vezes,  ele se incomoda, ou é queixa da família ou do ambiente de trabalho, e vamos avaliar qual a melhor medida terapêutica. 

Podemos tentar primeiro os medicamentos tópicos e nos casos mais severos precisamos lançar mão de tratamentos orais, toxina e cirúrgico. 

Uma vez tratada, o paciente precisa continuar acompanhando ou está curado da condição?

A bromidrose, muitas vezes, precisa de um acompanhamento contínuo. Mas, normalmente, o paciente consegue ter uma melhora por um tempo, mas pode acontecer de ter recidivas ao longo da vida, por isso é importante o acompanhamento com dermatologistas para controlar as crises.

Pergunta da leitora

É possível amenizar o problema?

Luana Lima, 24 anos, professora

A primeira coisa é tratar com medicamentos tópicos, antibióticos e antissépticos também, como sabonetes, para melhorarmos a flora local. Além disso, também tratamos o suor da região, a hiperidrose. Nestes casos temos várias opções terapêuticas, desde tratamentos tópicos, oral,  toxina botulínica e até cirurgia.

Fique por dentro

O sintoma característico da bromidrose é o odor intenso – a ponto de ser entendido como desagradável – que o suor provoca a partir de partes quentes do corpo como axila, virilha e pés, em indivíduos a partir da puberdade e  na idade adulta.

Além de uma predisposição genética, a condição pode surgir também por outros fatores, como diabetes, alcoolismo, determinados alimentos (como cebola, alho e pimenta), alguns antibióticos e alguns hormônios.

O tratamento é decidido caso a caso e se baseia, geralmente, na interferência sobre as bactérias que habitam a pele nas regiões mais quentes do corpo, como axilas e virilhas.

Um dos tratamentos, dependendo do caso, é a toxina botulínica (botox), que ajuda a minimizar o suor excessivo e, consequentemente, o mau cheiro. 

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