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Cidades

Excesso de tecnologia cria geração de pessoas exaustas

Segundo especialistas, o problema se agravou na pandemia, na faixa etária de 25 a 50 anos, mas há casos de crianças e adolescentes


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Os números associados às crises de ansiedade e burnout  (exaustão extrema) não param de crescer e  acendem um alerta sobre os desafios para lidar com esse problema.

Segundo especialistas, o excesso de tecnologia está contribuindo para uma geração de pessoas exaustas. 

Dados do relatório de Tendências Globais de Talentos (2022) revelam que  81% dos profissionais em atividade laboral — em uma amostra de 10.900 entrevistados, atuantes em 16 países — afirmam estar à beira do burnout.

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Esse será  um dos temas  da XVII Jornada da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) Sudeste,  realizado pela Associação Psiquiátrica do Estado (APE) na próxima sexta-feira e sábado, em Vitória.

Resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso, a síndrome de burnout já tem classificação CID-11 (Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde) desde janeiro de 2022,  tornando-se uma preocupação das empresas, gestores e autoridades globais.

“O excesso de tecnologia pode estar criando uma geração de pessoas exaustas. Claro que é um somatório de coisas,  mas é  muita informação, processamento das informações com uma demanda cada vez mais rápida. Isso tudo contribui para a exaustão”, explica a psiquiatra e palestrante Letícia Mameri.

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Segundo ela, isso está  provocando mais doenças, aumentando  o número de transtornos ansiosos depressivos, casos de insônia e muita  irritabilidade.  

Imagem ilustrativa da imagem Excesso de tecnologia cria geração de pessoas exaustas
Letícia Mameri alerta para o uso exagerado da tecnologia no dia a dia |  Foto: Heytor Gonçalves / AT

Ela explica ainda que o problema se agravou na pandemia, sobretudo na faixa etária entre    25 e 50 anos, mas há casos de crianças e adolescentes que também passaram a conviver com essa realidade.

Para dar o primeiro passo na tentativa de se libertar desse problema, ela explica que o paciente precisa querer. “O tratamento costuma ser longo”, avisa.

Alexandrina Meleiro, médica  pela Associação Brasileira de Psiquiatria,   salienta que a tecnologia afeta o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. 

“O esgotamento digital pode ser difícil de diagnosticar. Ele se desenvolve gradualmente e é preciso ficar atento para que a descoberta  não seja tarde demais”.

FIQUE POR DENTRO

Indícios

- Sentimentos de esgotamento de energia.

- Distúrbios do sono.

- Irritabilidade extrema.

- Dores no peito.

- Aumento do distanciamento mental do próprio trabalho. 

- Sentimentos de negativismo ou negação relacionados ao trabalho. 

- Redução da eficácia profissional.

Constatação

Nos últimos anos, o consumo da  tecnologia vem crescendo e as alterações neurobiológicas no  Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), envolvendo principalmente o déficit dopaminérgico (deficiência do cérebro em produzir dopamina), predispõe o portador ao maior tempo de uso de telas. 

Além disso,  a exposição a telas durante a infância pode comprometer mais o neurodesenvolvimento psicomotor do portador do transtorno.

O que é recomendado

A Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda a exposição  de telas após os 24 meses no tempo máximo de duas horas diárias.

Em contrapartida, o uso da tecnologia pode ser usada a favor dos portadores do transtorno, melhorando habilidades de leitura e facilitando o acesso ao tratamento. Os pais ou responsáveis devem moderar seu uso.

Como buscar ajuda

O Primeiro passo é querer. O tratamento costuma ser longo  e  avaliado de forma individual.

Além do suporte médico, outra dica é se desconectar do mundo virtual sempre que possível. Se reconectar com  a natureza é uma opção.

Curtir momentos de lazer com atividades que trazem prazer.

praticar exercícios físicos.

sair com familiares e amigos, valorizando a convivência física.

Fonte: Médicos entrevistados e pesquisa A Tribuna.

“Vivemos em casas virtuais”,  Alexandrina Meleiro, médica  pela Associação Brasileira de Psiquiatria

Imagem ilustrativa da imagem Excesso de tecnologia cria geração de pessoas exaustas
|  Foto: Isabella de Paula

“O uso da tela digital tornou-se uma parte importante da vida, trazendo benefícios, mas também  preocupação. 

Mas como a tecnologia afeta o equilíbrio entre vida pessoal e profissional? A proporção de adultos com indicadores de má saúde mental  aumentou durante a última década em muitos países. A comunicação face a face tem sido  substituída por interações virtuais. Vivemos em casas virtuais. O comportamento de pegar o smartphone no momento livre  tem desencadeado  solidão e depressão”. 

“Enorme sofrimento às vítimas”, Antônio Geraldo da Silva,  presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria

Imagem ilustrativa da imagem Excesso de tecnologia cria geração de pessoas exaustas
|  Foto: Isabella de Paula

“Trato de um tema de muita importância, o bullying e o cyberbullying. Estas atividades atingem a vida de crianças e adolescentes diariamente, trazendo enorme sofrimento às vítimas, e podem desencadear doenças mentais. 

Este tema é tão importante que, em 2022, na Associação Brasileira de Psiquiatria, lançamos uma campanha de conscientização e combate a estas práticas. Atualmente, na era da internet e redes sociais, a disseminação de informações se tornou muito mais ampla,  gerando  mais sofrimento”.

O evento

A Associação Psiquiátrica do Estado (APE)  vai realizar, sexta-feira e sábado,  a XVII Jornada ABP  Sudeste de Psiquiatria, com o tema “Velocidade, Exposição e Subjetividade: O Impacto da Tecnologia na Saúde Mental”.

O evento,  que reunirá médicos de todo Brasil,  será realizado no Hotel Golden Tulip, em Vitória.

Objetivo

O evento tem como objetivo promover a troca de saberes e diálogos entre professores, estudantes e profissionais das áreas de saúde. 

temáticas

Serão dois dias de  debates e palestras que falam sobre temas  como: “Publicidade médica”, “Saúde mental da mulher”, “Os impactos da tecnologia no estilo de vida”, “Canabinoides” e as doenças mentais que afetam os idosos. 

Quem pode participar 

estudantes de Medicina e outros profissionais da área da saúde. Inscrições no link https://jacredenciei.com.br/e/7jornadaabp.

Fonte:  Médicos entrevistados.

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