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Cidades

Europa e Reino Unido endurecem sanções à Rússia por ataque à Ucrânia

Em discurso ao Parlamento, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou sanções contra mais de cem bancos


A União Europeia elevou o tom nesta quinta-feira (24) e ampliou as sanções econômicas contra a Rússia em retaliação à invasão ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin, à Ucrânia. Os líderes dos 27 membros do bloco europeu concordaram em aumentar as retaliações, desta vez com um aliado que deixou o grupo recentemente -o Reino Unido.

Em discurso ao Parlamento, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou sanções contra mais de cem bancos, empresários, políticos e empreendimentos que tenham relações com o Kremlin. Entre eles, a companhia aérea russa Aeroflot, a maior empresa aérea do país, que será proibida de aterrissar na Grã-Bretanha.

O pacote também prevê o congelamento de ativos de alguns dos principais bancos russos, incluindo o estatal VTB, segundo maior da Rússia. Além disso, o Reino Unido impedirá que grandes empresas russas busquem financiamento no país. A expectativa é que a medida tenha impacto nos negócios da elite russa, que há décadas tem relações íntimas com o mercado de capitais de Londres.

A proximidade entre a capital britânica e os donos do dinheiro russo deu a ela, inclusive, o apelido de "Londongrad", junção entre o nome da cidade inglesa à palavra "cidade", em russo. Segundo diplomatas ouvidos pela agência Reuters, a elite russa vai a Londres com frequência, matricula os filhos em escolas britânicas e faz compras nos principais centros comerciais londrinos.

De acordo com Boris, cerca de metade dos negócios russos são hoje em dólares americanos e libras esterlinas

Entre os indivíduos alvos das sanções britânicas está Kirill Shamalov, ex-genro de Putin. "De nossa parte, hoje, o Reino Unido está anunciando o maior e mais severo pacote de sanções econômicas que a Rússia já viu", afirmou o premiê. Boris ainda disse que o presidente russo seria condenado pela invasão e que nunca seria capaz de limpar o "sangue da Ucrânia de suas mãos".

Mas as medidas devem demorar a fazer efeito. A estimativa é que as sanções comecem a impactar a economia russa daqui a 12 meses.

O temor de investidores estrangeiros quanto às sanções fez o rublo registrar sua maior queda diária na história, segundo o mercado financeiro russo, desvalorizando 4,5% em frente ao dólar. Já a bolsa de valores de Moscou caiu quase 40%.

Boris também pediu que a Rússia seja excluída da Swift, a rede de mensagens interbancárias que é a espinha dorsal das finanças internacionais. A demanda também foi feita pelos ucranianos, mas alguns líderes europeus ainda resistem à ideia.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, por exemplo, foi contra excluir a Rússia do sistema global, e a demanda não deve fazer parte do pacote de sanções anunciado pela União Europeia nesta quinta. A estratégia de Scholz, assim como a de líderes italianos, é que as penas sejam graduais, conforme os avanços de Putin. O principal receio de algumas nações é que o abastecimento de gás seja reduzido dentro de suas fronteiras.

Antes da divulgação das sanções pela União Europeia, que se assemelham em grande parte às aplicadas pelo Reino Unido, o premiê alemão disse que o Ocidente empregará todos os recursos disponíveis para garantir que o conflito na Ucrânia não se espalhe para outros países da Europa.

"Putin não deve subestimar a determinação da Otan em defender todos os seus membros. Isso se aplica expressamente aos nossos parceiros da Otan nos Estados Bálticos, Polônia e Romênia, Bulgária e Eslováquia", disse o chanceler. "O presidente Putin quer voltar no tempo, mas não há como voltar ao século 19, quando grandes potências governavam sobre os chefes de estados menores", acrescentou.

Há dois dias, Scholz já havia anunciado o congelamento da certificação do gasoduto Nord Stream 2, que pretende ligar a Rússia à Alemanha. O projeto é de grande interesse para russos e europeus.

Já o presidente da França, Emmanuel Macron, disse em um comunicado em rede nacional que "os eventos da noite passada marcam um ponto de virada na história da Europa" e que "responderemos a este ato de guerra sem fraqueza, com sangue frio, determinação e unidade". Antes dos avanços das tropas de Putin à Ucrânia, o líder francês se mostrava um dos mais empenhados em resolver o conflito diplomaticamente, chegando a conversar várias vezes com o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, e com seu homólogo russo.

Enquanto isso, Varsóvia se preocupa com mais uma consequência das escaladas de tensões no leste europeu: os refugiados. Devido à posição geográfica da Ucrânia, famílias que se sentirem ameaçadas com a guerra devem migrar para a Polônia, maior país a oeste -as duas nações compartilham 535 quilômetros de fronteira.

Ainda nesta quinta, o ministro do Interior polonês, Mariusz Kaminski, anunciou que a Polônia abrirá em breve nove centros de acolhimento para refugiados ucranianos e disse que o país está preparado para receber "milhares de feridos" se necessário. "Certamente haverá uma onda de refugiados", afirmou.

O ministro ainda ressaltou que a Polônia aceitará "tantas pessoas quanto necessário". O Ministério da Saúde polonês afirmou, por sua vez, que foram preparados locais para tratar feridos. "Acreditamos que atualmente seria possível acomodar milhares de pacientes. A Polônia tem os estoques necessários de medicamentos".

A real capacidade da Polônia de abrigar refugiados, porém, é incerta. No ano passado, o governo polonês entrou em conflito com Belarus depois que o ditador Alexander Lukachenko (aliado de Putin) incentivou milhares de imigrantes iraquianos a buscarem refúgio na Polônia, o que não foi aceito pelo país da União Europeia.

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