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Cidades

Estudante ameaça colegas de escola para ganhar R$ 30 em jogo online

Aluno de apenas 11 anos postou foto de pistola em uma rede social e fez ameaças


Imagem ilustrativa da imagem Estudante ameaça colegas de escola para ganhar R$ 30 em jogo online
O delegado Brenno Andrade contou que escola acionou a polícia após receber mensagens (destaque) |  Foto: Beto Morais

Com apenas 11 anos de idade, um estudante  ameaçou colegas de uma escola pública e, à polícia, admitiu que tudo não passou de uma brincadeira e que a sua intenção era ganhar R$ 30 em um jogo online. 

As ameaças foram feitas por meio de uma rede social de uma escola de ensino fundamental da capital. O nome da instituição de ensino e bairro não foram divulgados pela polícia. 

Na imagem publicada em uma conta fake do Instagram, o garoto escreveu, embaixo da imagem de uma arma de fogo: “toma cuidado escola”. Na sequência, abaixo da imagem de uma caveira, avisou: “a escola vai acabar”. 

À frente das investigações, o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos, delegado Brenno Andrade, contou que o menino disse que foi orientado a fazer a ameaça por um adolescente de 13 anos, que mora em outro estado. Ele afirmou que conheceu o adolescente em um chat de jogo online (Free Fire). 

“Ele disse que esse adolescente ofereceu R$ 30 que seriam pagos em jogos online. Só que a criança fez a postagem, mas não recebeu o valor”, disse o delegado. 

O caso chegou à polícia depois que a escola registrou um boletim de ocorrência, no último dia 25. 

“A Delegacia de Crimes Cibernéticos imediatamente iniciou a investigação. No dia seguinte, esse autor já estava identificado. Ele foi conduzido até a unidade policial e lá  confessou o fato. Inclusive, apreendemos o telefone celular com o perfil, a foto e a mensagem postada”.

Agora a polícia pretende ouvir o adolescente que mora em outro estado. “Ao contrário da criança, que não pode responder por seus atos considerando o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o adolescente de 13 anos pode receber uma internação provisória”.

Brenno Andrade falou sobre a importância da investigação. “A polícia, quando recebe uma denúncia dessa, nunca vai levar na brincadeira. Acreditamos, às vezes, que não vai acontecer, mas a gente pensa: e se acontecer e a gente não fizer nada?  Então, sempre vamos adotar as medidas mais drásticas. Nesse caso não aconteceu nada, mas poderia ter acontecido”.

Alerta para violência de jogos e limite de idade

O que parece ser um momento de entretenimento pode se transformar em um pesadelo. É assim que especialistas fazem um alerta para certos jogos online.

Não é só isso: antes de liberar um jogo, fique atento ao limite de idade. A classificação varia de acordo com a loja de aplicativos, e segue o sistema do país onde está disponível.

No Brasil, por exemplo, o Free Fire é tabelado pela classificação  do Ministério da Justiça.  Na Google Play Store, o jogo não é recomendado para menores de 14 anos. Já na App Store, ele não é recomendado para menores de 12 anos.

Eduardo Pinheiro, especialista em crimes cibernéticos, diz que os pais precisam ficar atentos às idades indicativas dos jogos. “Os riscos são absurdos, vão desde a ter acesso a conteúdos impróprios até a ser envolvido por um pedófilo ou por desafios perigosos, que em muitas situações podem levar à morte”.

Jairo Navarro, médico psiquiatra, ressalta que crianças não sabem lidar com conteúdos violentos. “É preciso ter uma idade suficiente para discernir o lazer e a ficção da realidade”.

Para a médica psiquiatra Letícia Mameri, o jogo não é o responsável por uma atitude violenta. Segundo ela, é preciso observar uma série de fatores, como se a criança tem transtornos, o histórico familiar, assim como o tipo de pessoas com quem ela se relaciona.

Punição em alguns casos pode levar pais até para prisão

Assim como na vida real, os pais devem estar atentos aos passos dos filhos que, cada vez mais, estão mergulhados no mundo digital. Caso contrário, poderão ser punidos com penas até de prisão. 

“O Código Civil prevê até a perda da guarda para os pais que deixam o filho em estado de abandono. Já pelo Código Penal os pais podem até ser presos se forem processados pelo crime de abandono de incapaz”, alertou Eduardo Pinheiro, especialista em crimes cibernéticos.

O crime de abandono de incapaz, segundo o artigo 133 do Código Penal Brasileiro,  se caracteriza quando uma pessoa que está sob cuidado, guarda, vigilância ou autoridade de terceiros é abandonada e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se de riscos.

As penas previstas, em caso de condenação, variam de detenção, de seis meses a três anos;  reclusão de um a cinco anos, quando o abandono resulta em lesão corporal de natureza grave ou, de quatro a 12 anos, se resultar em morte.

No caso dos pais do menino de 11 anos que ameaçava colegas com foto de arma, o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade, salientou que nesse momento a polícia não trabalha com essa possibilidade.

“Considerando que a princípio eles não tinham conhecimento das postagens e não concorreram para o crime, nesse momento a polícia não trabalha com essa possibilidade”, finalizou o delegado.

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