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Cidades

Estado lidera em número de casos de zika e chikungunya

Dados do Ministério da Saúde indicam que o Espírito Santo tem a maior incidência das duas doenças entre os estados do Sudeste


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Imagem ilustrativa da imagem Estado lidera em número de casos de zika e chikungunya
O agente Everton Correa aplica inseticida para combater o mosquito transmissor de zika, chikungunya e dengue |  Foto: Douglas Schneider/AT

O Espírito Santo tem a maior incidência de casos de zika vírus e chikungunya  entre os estados do   Sudeste: são, respectivamente, 39,2  e  6,8 casos a cada 100 mil habitantes. Os números do Ministério da Saúde são de janeiro a novembro deste ano. 

Na sequência, São Paulo se destaca nos casos de chikungunya (39,1);  e Minas Gerais, de zika vírus (0,4). 

“No ano passado, estávamos com a população recolhida. À medida   que a vida vai voltando ao normal, as velhas doenças voltam a acontecer”, observou o infectologista Lauro Ferreira. 

 Por outro lado, a chegada do verão traz uma preocupação extra. Isso porque as duas doenças, além da dengue, possuem o mesmo vetor de transmissão: o mosquito Aedes aegypti, que se reproduz mais durante a estação.

Com isso, prefeituras como a de Vitória, decidiram retomar as visitas de agentes de saúde, como o Everton Correa, ao interior das casas, para combater o inseto  transmissor dessas doenças.  

“O aumento da infestação do mosquito nos municípios capixabas nos coloca em alerta em relação a essas doenças, principalmente no verão”, explicou o chefe de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Roberto Laperriere.

De acordo com ele,  as cidades do Estado estão fazendo um levantamento, cujos resultados preliminares já mostram um aumento da circulação do mosquito em 2021. O estudo só deve ser divulgado em janeiro de 2022. 

Tecnologia

Em relação às medidas para acabar com a disseminação dos doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, a tecnologia tem sido uma aliada. 

O Projeto Controle Natural de Vetores, desenvolvido pela Forrest Brasil Tecnologia, solta machos estéreis na natureza para se acasalarem com as fêmeas, que deixam de procriar.

Em Ortigueira, no Paraná, onde a ação ocorre, houve redução  de 92% da população local de mosquitos, sendo que o número de pessoas doentes também caiu, de 120, em 2020, para 5 em 2021.

“Precisamos investir nas tecnologias. As ferramentas de hoje  não são tão efetivas”, destacou a diretora técnica da empresa, Lisiane de Castro Poncio.

Agentes voltam a visitar casas

Com o avanço da vacinação contra a covid-19 no município de Vitória, os agentes de combate às endemias (ACE) retomaram as visitas ao interior das casas para combater o mosquito Aedes aegypti. 

Para entrar nas residências, as medidas sanitárias continuam valendo:  os agentes precisam estar com o esquema vacinal completo, utilizar máscara, manter distanciamento  social, além de higienizar as mãos ao entrar e ao sair das casas.

Desde março de 2020,  o serviço era realizado apenas na parte externa dos imóveis. O retorno à vistoria no interior das casas aconteceu no último mês e, segundo a diretora do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental  de Vitória, Cristiane Stem, o trabalho já tem feito a diferença.

“Nós percebemos a importância do nosso trabalho com o retorno da visita. São muitos focos de reprodução encontrados, predominante por causa do acúmulo de lixo no quintal dos moradores”, explicou.

Em relação às orientações, Cristiane reforça a necessidade de “tampar tonéis de água, cobrir pneus e acabar com água parada em quaisquer recipientes, desde uma tampinha de refrigerante até um balde”.

Os moradores podem solicitar a visita, entrando em contato pelo número 156 da prefeitura.

Pesquisa nacional sobre mosquitos e inseticidas

Vitória é um dos 143 municípios do Brasil selecionados para participar de uma pesquisa nacional sobre a resistência do mosquito Aedes aegypti aos inseticidas utilizados em fumacês e em recipientes onde a água não pode ser eliminada, como ralos e caixas d’água. 

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro, está coordenando o estudo em todo o País.

Para isso, 150 armadilhas, especialmente desenvolvidas para coletar ovos do mosquito, serão espalhadas em Vitória pelos agentes de combate a endemias. Os locais escolhidos devem ser protegidos do sol, da chuva e do acesso de crianças e animais, para que o inseto os busque para depositar seus ovos.

Esse trabalho começa na próxima segunda-feira, com previsão de durar três semanas, e vai ocorrer, simultaneamente, em todos os municípios selecionados. 

Os ovos recolhidos passarão por testes de resistência aos larvicidas no laboratório do Instituto Oswaldo Cruz.

Prevenção

A principal forma de combater os vírus da dengue, zika e chikungunya é por meio do combate ao mosquito. Dessa forma, a eliminação dos focos do Aedes aegypti é a maneira mais eficaz de prevenir o problema.

A Prefeitura de Vitória disponibilizou um manual para verificar se na casa de cada morador há possíveis focos de mosquito.

  Por exemplo, ralos são os principais criadouros do Aedes aegypti. A dica é colocar tela ou vedá-los. 

 Já com os tonéis e depósitos de água, é preciso mantê-los vedados. Os que não têm tampa devem ser escovados por dentro uma vez por semana e cobertos com tela (não se deve usar plástico).

Outra dica da prefeitura é eliminar os pratinhos de vasos de plantas ou xaxins dentro e fora de casa. Se não for possível, deve-se escorrer a água e colocar areia até a borda do pratinho.

 Já as calhas devem estar sempre limpas, desobstruídas e niveladas. Outro objeto que acumula água são os pneus, que precisam ser entregues ao serviço de limpeza urbana.


SAIBA MAIS


Tratamento 

Nos trÊs casos (zika, chikungunya e dengue), são utilizados analgésicos e medicação para reduzir a coceira. Além disso, é recomendado beber muita água e repousar.

Levantamento nacional (casos por 100 mil habitantes)

Chikungunya 

39,2 casos  no Espírito Santo

39,1 casos  em São Paulo

26,1 casos em Minas Gerais

Zika

6,8 casos no Espírito Santo

0,4 caso  em Minas Gerais

0,3 caso no Rio de Janeiro

Números no Estado (entre janeiro e novembro de 2021)

13.828 é o número de registros de dengue no Estado. 

2.961  casos de chikungunya foram registrados no Estado.  

884 é a frequência de zika entre janeiro e novembro no Estado. 

139,8 casos por 100 mil habitantes é a frequência de casos de dengue em Linhares, o pior cenário da doença no Estado.

Fonte: Ministério da Saúde, Sesa, pesquisa AT e infectologista Lauro Ferreira.

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