Esfriou? Veja dicas para proteger o seu pet da baixa temperatura
Caminhas com mantas ou cobertores, roupinhas e locais secos, protegidos do vento e da umidade, são algumas opções
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Com a queda das temperaturas no outono e inverno, não são apenas os humanos que sofrem com o frio. Cães e gatos também sentem e demonstram isso de formas variadas.
Ficar encolhido, tremer, evitar sair de um cantinho quente ou procurar lugares protegidos do vento são sinais comuns de que seu pet precisa de mais aquecimento.
A veterinária Elissa Nunes Ribeiro Rodrigues explica que, ao sentir frio, os pets costumam ficar mais quietos e menos ativos, buscando se enrolar para preservar o calor corporal.
Ela alerta que a baixa temperatura pode desencadear doenças respiratórias, principalmente em animais com predisposição.
“É importante observar se eles continuam se alimentando e bebendo água normalmente. Mudanças nesse comportamento exigem atenção e, se necessário, orientação veterinária”.

A auxiliar veterinária Raquel Carneiro, tutora do chihuahua Pingo e da gata Chelsea, nota como cada um reage de forma diferente. “O Pingo adora roupinha e caminha felpuda. Já a Chelsea detesta roupas, mas procura calor humano. Gatos são mais independentes, ela dorme até dentro da gaveta!”.
Raquel reforça que o essencial é observar os sinais do pet e adaptar o cuidado a cada um. Nem todos os animais aceitam bem roupas.
Thaiz de Deco Souza, médica veterinária, professora e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faesa reforça essa ideia.
“Ofereça caminhas aconchegantes, com mantas ou cobertores. Prefira colocá-las em locais secos, protegidos do vento e da umidade. As roupinhas específicas de pet são recomendadas para cães de pelo curto, idosos ou filhotes. Mas é importante tirá-las em alguns momentos do dia”.
Fique por dentro
Atenção ao comportamento
Pets não falam, mas demonstram desconforto de forma clara. Cães e gatos que estão com frio tendem a se encolher como uma “bolinha”, procuram cantinhos protegidos, tremem ou evitam sair de onde estão.
Se, ao ser chamado, seu pet não reage ou prefere continuar deitado, pode ser sinal de que está tentando conservar calor.
Já um animal deitado de barriga para cima e com a boca aberta provavelmente está confortável.
Filhotes e idosos
Esses grupos têm maior dificuldade para regular a temperatura corporal. Além de cobertores e roupas apropriadas (quando aceitas), evite deixá-los expostos ao frio, como em pisos gelados ou áreas externas.
O cuidado deve ser contínuo, já que eles podem ficar doentes.
Roupinhas
Se seu pet demonstrar desconforto — se coçando, andando estranho ou tentando tirar a roupa —, opte por alternativas como caminhas acolchoadas e mantas quentinhas.
As roupas devem ser confortáveis, preferencialmente de algodão, e não podem restringir os movimentos.
Ambiente aquecido e seguro
A caminha deve estar em local protegido de correntes de ar e, se possível, com cobertas ou forros térmicos.
O ideal é que o pet consiga acessar esse espaço sozinho, sem depender do tutor para se cobrir. Assim, mesmo quando você estiver fora, ele terá onde se abrigar.
Atividades leves dentro de casa
A queda na temperatura reduz o nível de atividade dos animais. Brincadeiras leves ajudam a mantê-los ativos e aquecidos.
Para cães, joguinhos e corridas rápidas no ambiente doméstico funcionam bem. Para gatos, brinquedos com movimento, laser ou bolinhas são boas opções.
Calor humano faz diferença
Alguns pets preferem o aconchego do tutor. Deitar nas pernas, embaixo do edredom ou até dentro de armários são estratégias que eles usam para se aquecer.
Respeite e incentive esses momentos, desde que sejam confortáveis para ambos.
Hidratação e alimentação
O frio pode fazer com que o pet coma ou beba menos. Deixe ração e água sempre por perto do local onde ele descansa.
Fique atento à quantidade ingerida diariamente, pois desidratação ou perda de apetite podem ser sinais de alerta.
Sintomas respiratórios
pets mais sensíveis podem apresentar espirros e tosse no frio. Isso acontece porque a queda da temperatura altera a proteção natural das vias respiratórias.
Se seu animal demonstrar sinais gripais ou dificuldade para respirar, procure o veterinário.
Banhos
No inverno, reduza a frequência dos banhos e prefira horários mais quentes do dia.
Use água morna e seque completamente com toalha e secador morno.
Banhos mal realizados podem agravar o desconforto térmico.
Individualidade do seu pet
Cada animal reage ao frio de forma diferente. Alguns adoram roupinhas e cobertores, outros preferem apenas um cantinho quente.
O mais importante é observar, entender os sinais e garantir um ambiente adequado às preferências dele.
Fonte: Especialistas entrevistadas.
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