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Cidades

Escolas vão ter botão do pânico e câmeras contra ataques

Dispositivo será usado em 103 escolas de Vitória a partir do ano que vem para aumentar a segurança de alunos e professores


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Imagem ilustrativa da imagem Escolas vão ter botão do pânico e câmeras contra ataques
Botão do pânico: assim que dispositivo for acionado, viatura da Guarda Municipal será enviada ao endereço. |  Foto: © Divulgação

Alunos, professores e funcionários das 103 escolas municipais de Vitória terão acesso ao botão do pânico a partir do ano que vem. A medida surge, segundo a Prefeitura de Vitória, para garantir maior segurança às pessoas no ambiente escolar, após os ataques a duas escolas de Aracruz, no final de novembro.

O uso do botão do pânico será para situações de urgência ou alguma anormalidade em qualquer escola da rede municipal. Assim que acionado, uma viatura da Guarda Municipal será enviada imediatamente ao endereço.

Segundo o prefeito Lorenzo Pazolini, o acionamento do botão do pânico será simples. “A pessoa só precisa apertar  por cerca de três segundos. A partir desse momento, uma equipe da Guarda Municipal será enviada imediatamente, além do dispositivo capturar toda a conversa do local”, explicou.

Para definir qual profissional dentro do ambiente escolar usará o botão do pânico, em casos de necessidade, a Prefeitura de Vitória realizará qualificação. Além disso, a partir de 2023, os alunos também serão preparados para agir em momentos de emergência, como uma invasão escolar.

“Vamos preparar os alunos com técnicas de fuga. Uma forma de se proteger, por exemplo, é colocar as carteiras escolares nas portas, para evitar que o invasor consiga entrar na sala de aula”, disse o prefeito.

Na assinatura da ordem de serviço dos botões de pânico, também foi anunciada a implementação de totens – pequenos postes – de segurança. 

Eles serão instalados em  escolas que já registraram alguma tentativa de invasão. Os totens contarão com botão de emergência e câmeras com alta resolução, além de reconhecimento facial.

De acordo com o gerente da Central de Videomonitoramento da Guarda, Sedrik Quirino, o estudante  poderá apertar o botão do totem e ter contato direto com as equipes.  

“Assim que apertarem, uma equipe  irá imediatamente ao local. Se o rosto dos alunos estiver cadastrado, saberemos  imediatamente se um estranho invadiu a escola”, explicou Quirino.

A instalação dos dispositivos será de forma gradativa. O investimento do projeto é de R$ 378 mil, recursos da própria Prefeitura de Vitória.

Concluído inquérito do caso Aracruz

Imagem ilustrativa da imagem Escolas vão ter botão do pânico e câmeras contra ataques
Escola Primo Bitti, onde atirador fez várias vítimas no dia 29 de novembro |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

O inquérito sobre os atentados cometidos pelo atirador de 16 anos em duas escolas, em Aracruz, no Norte do Estado, foi entregue nesta terça (06) ao Poder Judiciário. 

A partir de agora, o juiz realizará as audiências e julgará o adolescente dentro de 45 dias, contados a partir de 25 de novembro, pois foi a data que o menor foi apreendido pela polícia. Essa também é a data dos crimes, deixou quatro mortos e vários feridos. 

Além disso, de acordo com a Polícia Civil, outro inquérito foi instaurado pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, que tem objetivo de apurar o envolvimento ou a responsabilidade de terceiros no caso. 

“Esta investigação segue em andamento, sem prazo para conclusão. Qualquer detalhe só será divulgado após a conclusão de toda a investigação”, informou a Polícia Civil, por meio de nota.

Os dois inquéritos que envolvem o adolescente serão julgados separadamente. Caso condenado, o atirador poderá ficar internado em uma unidade socioeducativa por até três anos, que é o tempo máximo para atos infracionais realizados por menores de idade no País, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

O atirador foi responsável pela morte de quatro pessoas – três professoras e uma aluna, de 12 anos –, além de ferir mais de uma dezena. Ele invadiu as escolas Primo Bitti e Centro Educacional Praia de Coqueiral  portando duas armas de fogo.

 “Perguntou sobre nosso bebê”, diz marido de vítima

Imagem ilustrativa da imagem Escolas vão ter botão do pânico e câmeras contra ataques
Degina Fernandes está internada. |  Foto: Acervo de Família

A professora Degina Rodolfo de Oliveira Fernandes, 37, que leciona a disciplina de Inglês, foi extubada pelas equipes médicas e deve ser transferida ainda nesta quarta (07) para a enfermaria do Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra. Segundo o marido, o mecânico Leandro Fernandes, o primeiro assunto  que a esposa fez questão de abordar foi a respeito dos filhos.

“Ela já está falando, apesar de ainda ter dificuldade para isso. A primeira coisa que ela falou comigo foi como estava nosso bebê, de oito meses, além de perguntar sobre os outros filhos”, contou.

Ainda segundo Leandro, os médicos disseram para ele que Degina está reagindo  bem aos tratamentos. 

“Ela está consciente e se lembra do atentado, chegou até a comentar sobre a situação comigo. Disse que viu o atirador de frente e não entendeu o que estava acontecendo naquele momento”, explicou.

Degina foi atingida por disparos no tórax, abdômen, pernas, mãos e quadril. 

De acordo com informações apuradas até o fechamento desta edição, a outra vítima que também está no mesmo hospital, continua na enfermaria, em quadro estável.

Além delas, uma adolescente de 14 anos continua internada na UTI do  Hospital Infantil, apresentando quadro estável. Ela chegou a ter o estado de saúde considerado “muito grave” pelos médicos.


Entenda


O que é?

Botão de pânico será utilizado para aumentar a segurança  no ambiente escolar. A ordem de serviço para a implantação do serviço foi assinada ontem na Prefeitura de Vitória. 

Haverá também totens contendo câmeras de segurança, além de inteligência artificial.

Eles darão a chance das pessoas interagirem diretamente com a Guarda Municipal, caso haja alguma emergência.

Justificativa

Já havia o estudo para a implantação da ferramenta. De acordo com a Prefeitura de Vitória, é  uma forma das pessoas inseridas no ambiente escolar, junto às famílias, se sentirem mais seguras.

Como irá funcionar?

O botão do pânico poderá ser acionado pelo profissional de forma simples. A pessoa  precisa segurar o botão por cerca de três segundos. O sinal irá chegar imediatamente à Central da Guarda Municipal, fazendo com que o tempo de resposta à ocorrência seja curto. 

Os profissionais que poderão utilizar o dispositivo ainda não foram definidos. A escolha será feita a partir de qualificação. Depois disso, será definido se o dispositivo ficará com o diretor, professor ou outro funcionário, por exemplo. 

Investimento

O investimento será de R$ 378 mil. O custo mensal de cada dispositivo é de R$ 286,75. 

Escolas aptas a receber o dispositivo

49 Centros municipais de educação infantil (Cmei)  e 54 escolas municipais de ensino fundamental (Emef) de Vitória.

Fonte: Prefeitura de Vitória.

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