Empresário faz pedido antes de morrer e chope é servido no velório
Ari Gonçalves Soares, de 56 anos, gostaria que sua despedida fosse regada a alegria e positividade, pois era dessa forma que vivia. Por isso, Soares fez um pedido para seus familiares e amigos: colocar dois barris de 50 litros de chope na porta da sala do velório para os familiares e amigos que fossem até o local se despedir do empresário.
Soares morreu na noite de segunda-feira (5) de câncer no pâncreas. O empresário estava internado há poucas semanas na Santa Casa de Flórida Paulista.
Mesmo diante de toda a batalha que enfrentou em vida, quando partisse, queria todos alegres, pois, apesar das dificuldades que viveu, sempre manteve o sorriso no rosto e a alegria constante.
Amigos se reuniram e realizaram o desejo, com a distribuição de 100 litros da bebida.
O supervisor Ramon de Oliveira Dellaqua, um dos melhores amigos de Soares foi quem contratou o serviço e seguiu à risca todas as recomendações deixadas pelo amigo. A quantidade de bebida que foi servida, 100 litros, e até a marca do chope foram as escolhidas pelo empresário, em vida.
"Ele sempre falava sobre esse desejo. Ari era uma pessoa positiva, alegre, feliz, extrovertida e era dessa forma que ele queria que fosse sua despedida, sem tristeza e dor", contou Dellaqua ao G1.
Além da bebida no momento de despedida, o empresário também pediu que o seu corpo fosse cremado. O desejo, conforme contou Dellaqua ao G1, também foi realizado.
"Quando o velório terminou, o corpo foi encaminhado a Araçatuba (SP), para a cremação. Posteriormente, as cinzas vão ser jogadas no mar, em Balneário Camboriú (SC). Essa decisão foi dos amigos mais próximos, pois, como ele amava praia e gostava muito de viajar, imaginamos que ficaria feliz", falou.
"As coisas aconteceram como ele queria. Nós bebemos e relembramos todas as histórias boas que vivemos com ele, sem tristeza e negatividade", disse Dellaqua ao G1.
O amigo ainda contou que algumas pessoas não entenderam a atitude e que isso até gerou críticas.
"Pessoas que não tinham conhecimento do desejo do Ari fizeram críticas em redes sociais e julgaram o que foi feito. Isso não importa. O que importa é que realizamos o que ele mais queria", ressaltou ao G1.
"Um homem festeiro, alegre e sorridente"
O corpo do empresário foi velado em Flórida Paulista, das 9 às 12 horas. Posteriormente, foi levado a Araçatuba (SP), onde foi cremado.
Segundo os amigos, Ari era uma pessoa apaixonada pela vida. Gostava de festejar e viajar com a família e amigos.
Ele lutava contra um câncer no pâncreas há poucos meses. Ao descobrir a doença, Ari iniciou o tratamento, mas fez apenas uma sessão de quimioterapia e não resistiu.
Mesmo diante da batalha contra a doença que o empresário enfrentou, ele deixava claro que quando partisse não queria que as pessoas ficassem tristes. Ainda de acordo com os amigos, mesmo com a descoberta da doença, Soares nunca deixou de sorrir.
Soares deixou esposa e dois filhos, de 24 e 32 anos.
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