“Ele escolheu ser enterrado em Vitória”, revela sobrinha de dom Luiz
Rosângela, sobrinha de dom Luiz, disse que ele havia revelado a familiares que pensou em duas cidades, mas optou pela capital
Escute essa reportagem

Muito emocionada após a missa de corpo presente de dom Luiz Mancilha Vilela, 80 anos, realizada às 16 horas desta quarta-feira (24), na Catedral de Vitória, uma sobrinha do arcebispo emérito, Rosângela Mota Rodrigues, 60 anos, revelou o que foi uma escolha do religioso, em conversa com familiares.
“Ele escolheu aqui (Vitória). Ele pensou em duas opções onde poderia ser enterrado um dia: Pouso Alto (MG), onde nasceu, e Belo Horizonte (MG), onde fica a sede da Congregação dos Sagrados Corações, da qual ele fazia parte. Ele pensou nas duas, mas em respeito ao povo daqui, que gostava dele, ele escolheu Vitória”, afirmou Rosângela, chorando, em um banco da Catedral de Vitória.
Rosângela é moradora de Piracicaba, em São Paulo, e filha de Regina Mancilha Mota, 84 anos, irmã de dom Luiz. “Minha mãe não quis vir. Ela quis guardar a imagem dele com saúde, da última vez que eles se viram, no sítio em Pouso Alto”, afirmou, emocionada.
Segundo a sobrinha de dom Luiz, ele era de uma família de nove irmãos. Além dela, vieram três irmãos do arcebispo emérito, dois sobrinhos, uma prima e o marido dela.
O cortejo com o corpo de dom Luiz teve início às 8h, em um caminhão do Corpo de Bombeiros, saindo do Hospital Unimed, passando pelas principais avenidas de Vitória, até chegar na Catedral, por volta das 9h30. A primeira missa de corpo presente foi celebrada às 10h, seguida de outras às 12h, 14h, 16h, 18h e 20h.
Hoje, as missas de corpo presente serão celebradas às 6h e 8h. A missa de exéquias será presidida pelo arcebispo, dom Dario Campos. O enterro será na cripta da Catedral de Vitória.
Morador da Serra, João Borges Machado é fiel da Paróquia São João XXIII, em Planalto Serrano, Bloco A. Ele falou sobre a emoção de participar da despedida do arcebispo emérito.
“Foi uma cerimônia muito bonita. Fui crismado com ele há 17 anos. Eu soube da morte dele pelos jornais e fiz questão de vir aqui”, afirmou.
A missa das 16 horas foi presidida pelo padre Osvânio, provincial da Congregação dos Sagrados Corações. O religioso contou que foi ordenado por dom Luiz.
“Ele me acolheu no seminário e me ordenou padre. Poder presidir a eucaristia de corpo presente foi um gesto de gratidão por tudo o que pude aprender com ele”, afirmou o padre.
Comentários