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Cidades

Elas venceram obstáculos e alcançaram o sucesso

Reportagem de A Tribuna conta histórias de superação de mulheres que conseguiram se destacar em suas profissões


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Imagem ilustrativa da imagem Elas venceram obstáculos e alcançaram o sucesso
Pollyana Paraguassú, Cecilia Zon Rody Rogerio, Lucilaine Medeiros e Ana Luiza Azevedo contam suas histórias de superação |  Foto: Fábio Nunes/AT

Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje, mulheres revelaram como venceram obstáculos e alcançaram o sucesso ao longo de suas carreiras.

Muitas começaram do zero, a exemplo da presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Espírito Santo (OAB-ES), Erica Neves, na missão de conquistar os seus objetivos.

E ela conquistou: depois de uma longa trajetória, no ano passado foi eleita a primeira mulher a comandar a OAB-ES no triênio 2025-2027.

Sócia e líder regional da XP em Minas Gerais e no Espírito Santo, Cecília Perini admite que ser mulher em um ambiente corporativo ainda é um desafio.

A capixaba lidera uma equipe de 150 pessoas nos dois estados e garante que, na posição de líder regional que ocupa hoje numa das principais instituições financeiras do País, sempre teve apoio para crescer e ocupar mais espaços.

“Vejo um grande avanço nas empresas. O senso de cuidado e a determinação que fazem parte de nós, mulheres, podem ser transferidos para o ambiente profissional, nos ajudando a conquistar mais espaço e acelerar nossas carreiras”.

Lucilaine Medeiros, diretora-presidente das concessões da Aegea no Espírito Santo, falou sobre como se encanta com a coragem das mulheres. Segundo ela, os desafios e as vitórias no mercado de trabalho e na sociedade refletem uma longa trajetória de superação e transformação.

“Ainda há muito a conquistar, mas cada vitória reflete uma sociedade mais justa, em que o talento e a dedicação são reconhecidos acima de qualquer rótulo”.

Defensora da arte de educar, Roberta Pezzin Bonelli, vice-presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), disse que a educação tem a capacidade de abrir novas oportunidades, combater a desigualdade social, desenvolver habilidades para a vida e influenciar o futuro de um indivíduo.

PERFIL

Pollyana Paraguassú

É presidente da Associação dos Amigos dos Autistas do Estado (Amaes). O autismo passou a fazer parte da sua vida em 2006, com o diagnóstico do filho mais velho e, desde então, luta pelos direitos dos autistas e de suas famílias. Tem formação em Direito e Pedagogia, com especializações.

Luta pelo fim do preconceito

“Ser mãe solo é uma jornada de força, coragem e amor incondicional, e quando você é mãe solo de uma pessoa com autismo, os desafios e as vitórias se multiplicam. Há alguns anos luto incansavelmente por políticas públicas para pessoas com deficiência, focando no autismo, que é questão de saúde pública, e vivo diariamente este mundo tão singular. São 19 anos buscando ocupar espaços, vencer o preconceito estrutural da nossa sociedade, dar visibilidade aos nossos filhos e principalmente buscar oportunidades.

Nem sempre é fácil. Há dias de cansaço, de dúvidas, de querer um abraço que diga: 'você está indo bem'. No meio de tudo isso, há também sorrisos sinceros, olhares cheios de amor e aquela sensação indescritível de estar construindo um mundo melhor para o meu filho e tantos outros.

Cecilia Zon Rody Rogerio

Formada em Arquitetura e Urbanismo é CEO da Invite Incorporações. Iniciou a trajetória no mercado imobiliário aos 17 anos (hoje tem 60). Além do mercado local e nacional, agora a conquista ultrapassa fronteiras, com entrega do primeiro empreendimento residencial de alto padrão em Lisboa, Portugal.

Se reinventar

“Desafios? Como mulher nunca pensei que isso seria uma limitação para minha atuação profissional. Pelo contrário! Fui criada em uma casa predominantemente feminina e como meu pai faleceu muito cedo, a minha mãe e a vida me ensinaram a superar os desafios com inteligência, foco e dedicação. Sempre achei um diferencial positivo ser uma mulher em um setor, na época, predominantemente masculino.

Acredito tanto nesse potencial feminino que hoje a nossa empresa tem em seu quadro mais de 80% de mulheres, a maioria em cargos de liderança. Como todo empresário, temos que nos reinventar diante dos desafios do próprio mercado imobiliário e das questões conjunturais do País. Acredito que a flexibilidade em se readaptar e a persistência foram os grandes ingredientes para os nossos negócios”.

Lucilaine Medeiros

Advogada com mais de 20 anos de experiência no mercado de saneamento, com atuação em gestão e em regulação dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Atualmente, também é diretora presidente das concessões da Aegea no Espírito Santo.

Busca contínua

“Inúmeros foram os desafios enfrentados em minha trajetória e tenho certeza que muitos outros ainda virão, pois tenho o propósito de buscar meu contínuo crescimento pessoal e profissional. Mas, dentre todos que enfrentei, o maior deles foi acreditar em mim mesma, especialmente na minha capacidade de superar as crenças limitantes impostas às mulheres.

A fé em Deus e a comunhão diária com Ele foram e têm sido o meu baluarte para enfrentar e vencer os desafios e, principalmente, para alcançar as minhas inúmeras vitórias pessoais e profissionais, tendo sido a resiliência minha companheira de todas as horas. No contexto geral, os desafios e vitórias das mulheres no mercado de trabalho e na sociedade refletem uma longa trajetória de superação e transformação”.

Ana Luiza Azevedo

Diretora-executiva das Óticas Paris, ajuda a empresa a crescer com inovação e dedicação. Levou a expansão digital da marca e lançou um e-commerce que hoje atende todo o Brasil. Também tem sua própria linha autoral de óculos, a Zev, que tem conquistado o País.

Inovação na empresa da família

“Um dos meus maiores desafios como mulher foi dar continuidade a um negócio fundado pelo meu pai há 46 anos, em uma época diferente da atual. Durante esse período, ele modernizou a empresa e, há nove anos, assumi a missão de seguir com esse processo de inovação.

Entrei aos 22 anos passando por todos os processos e cargos até chegar como diretora-executiva. Enfrentei o desafio de construir minha própria identidade como gestora, mas aos poucos fui imprimindo meu olhar.

Acredito que a adaptabilidade e a resiliência são qualidades marcantes da mulher. Quanto mais desafios surgem, mais eu consigo transformá-los em oportunidades. Hoje, tenho minha própria marca, a Zev, uma linha autoral de óculos que tem feito muito sucesso”.

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|  Foto: Fábio Nunes/AT

Roberta Pezzin Bonelli

Iniciou sua carreira no mercado corporativo trabalhando em duas grandes multinacionais. Encontrou sua vocação na área educacional há 19 anos, dedicando-se à gestão de escolas. Hoje, é a vice-presidente do Sinepe-ES.

Resiliência

“Sou uma defensora fervorosa da arte de educar. Como fundadora da Escola Novo Mundo, sócia e gestora da Escola da Ilha e vice-presidente do Sinepe-ES, sempre encarei os desafios como uma oportunidade de crescimento e aprendizado, e investi em meu desenvolvimento a fim de aprimorar habilidades e aumentar a confiança.

A jornada empreendedora é cheia de desafios e a resiliência é o que permite superar obstáculos. Mas tudo vale e sou recompensada: ver a evolução da minha equipe e dos alunos ao longo do tempo são grandes conquistas”.

Paula Torres Tononi

Coordenadora de sistema rodoviário na Eco101. É graduada em Direito pela Universidade de Vila Velha (UVV), tem MBA em Gestão Empresarial e também é pós-graduanda em Gestão de Pessoas e Liderança.

Batalha constante

“Chegar até aqui em minha carreira foi um caminho repleto de desafios, mas também de conquistas que me moldaram de formas que eu jamais poderia imaginar. Ser mulher em um mundo onde ainda existem tantos paradigmas a serem quebrados é uma batalha constante.

Quando olho para trás, não vejo só prêmios, títulos e reconhecimentos, mas também o impacto causado em abrir portas para outras mulheres. Mentorar colegas e inspirar outras que vêm depois de mim é uma das maiores alegrias que a carreira me trouxe”.

Sabrina Borges

Seu primeiro emprego foi como vendedora de livros. Depois, ingressou no ramo de concessionárias. Há 10 anos integra o time do Grupo Orletti, onde atualmente é gerente de vendas. É formada em Gestão Comercial.

Força de vontade

“Sou mãe solo de uma menina que tem 23 anos e sempre mergulhei de cabeça no mercado de trabalho, com muita dedicação e força de vontade de fazer o melhor. Fui sendo promovida e há três anos fui agraciada com o cargo de gerente de vendas do Grupo Orletti.

Ao longo da minha trajetória, esbarrei em desafios e vitórias, sobretudo trabalhar com vendas de veículos em plena pandemia.

Trabalhar com metas também é desafiador e, ao mesmo tempo, gratificante, principalmente quando a meta é alcançada junto com a sua equipe”.

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Erica promete atuação mais firme em pautas como violência contra a mulher |  Foto: Divulgação/ OAB – Arthur Louzada/ Everton Nunes

Erica Neves

Graduada em Direito pela Ufes, montou o seu escritório na área empresarial. Há seis anos decidiu que iria entrar na disputa para comandar a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional capixaba (OAB-ES). Em 2021, sofreu uma derrota, mas no ano passado foi eleita para o triênio 2025-2027.

Foco e dedicação para vencer

“Nasci em Belém (Pará) e vim para o Espírito Santo com 5 anos. O meu primeiro emprego foi na Assembleia Legislativa do Estado, onde servia cafezinho. Também trabalhei na lanchonete da minha mãe, fiz estágios até conseguir realizar o meu sonho: cursar Direito.

Sou advogada há 25 anos e comecei do zero, porque nenhum integrante da minha família é do ambiente jurídico. Eu sabia que naquela época era muito difícil crescer na advocacia sem conhecer pessoas da área, mas nunca me importei com as dificuldades, sempre foquei nas soluções. Fui mantendo a minha carreira, crescendo aos poucos.

Fui eleita presidente da OAB-ES. O meu foco e dedicação fizeram muita diferença nessa disputa. Claro que o fato de ser mulher foi difícil, porque a presunção de que nós, mulheres, não sabemos fazer, é maior. Por ser mulher, você se distancia da expectativa que a sociedade tem, que é casa, família”.

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|  Foto: Reprodução

Bartira Almeida

É engenheira civil e presidente do Instituto Ponte. Sua maior referência no início foi a sua mãe, que na década de 60 foi a única mulher da turma dela de Engenharia. Ela também contou que o papel que mais gosta é ser mãe. Seus filhos têm 24 e 25 anos, moram em São Paulo, já se formaram e estão no mercado de trabalho.

“Vejo o mundo de forma positiva”

“Ter referências que mostram que o mundo é possível faz toda diferença. Minha mãe sempre foi ela mesma, focada em família e trabalho. E eu sempre fui eu, mesmo em ambientes predominantemente masculinos. Vejo o mundo de forma positiva. Se alguém fala de maneira mais áspera, eu não tomo como algo pessoal. Se alguém tenta me diminuir, aquilo não me atinge, porque sei que conquistei meu espaço por mérito.

Sempre trabalhei muito, mas as coisas foram dando certo. Sou a segunda geração da Morar Construtora, onde fui executiva por 20 anos. Perto dos 40 anos, decidi sair da gestão e atuar apenas nos órgãos de governança.

Sou muito preocupada com onde gasto meu tempo e energia, buscando onde posso fazer a maior diferença e sentir mais realização. Como a Morar estava bem encaminhada, hoje presidida pela Aline Stefanon, escolhi fundar o Instituto Ponte, onde atuo há 10 anos como voluntária”.

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|  Foto: Reprodução

Cecília Maria Entringer Perini

É economista, sócia e líder regional da XP em Minas Gerais e Espírito Santo. Lidera um time de 150 pessoas. Desde muito jovem, começou a trabalhar em um ambiente predominantemente masculino, o que, segundo ela, a ensinou a lutar por seu espaço e acreditar em suas capacidades.

Capacidade para alcançar qualquer objetivo

“No Dia da Mulher, celebro todas as mulheres, fortes e determinadas que, assim como eu, lutam por seus sonhos e conquistam seu lugar no mundo. Que possamos continuar quebrando barreiras e mostrando que somos capazes de alcançar qualquer objetivo que desejarmos. Minhas vitórias são fruto do meu esforço e dedicação, sempre focando nas competências necessárias para alcançar meus objetivos. A jornada não é simples. É longa.

Busco celebrar cada conquista e continuar avançando. Acredito que o fato de não desistir foi o que me fez crescer até onde cheguei. Defendo sempre que não podemos delegar certas tarefas e funções em nossas vidas, pois cada uma delas nos completa”.

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|  Foto: Reprodução

Mariana Brunelli Coura

No ano de 2016 se formou em Engenharia Civil na Ufes e em 2021 concluiu o mestrado em Incorporação Imobiliária pela FGV. Neste ano, completa 10 anos trabalhando na Javé Construtora, onde acumulou experiência em diversas áreas técnicas. Hoje, é diretora de incorporação da empresa.

Olhar diferente e criativo para o trabalho

“Tenho 33 anos e essa idade pode acabar gerando questionamentos de competência, mas supero esse desafio mostrando minhas habilidades e conseguindo entregas de qualidade.

A bagagem que tenho me gerou o resultado de estar assumindo a cadeira de diretora de incorporação da Javé Construtora, e sou muito realizada.

Mais de 60% da administração da incorporadora e construtora é formada por mulheres e estar nesse cargo as representando é importante. A engenharia é uma área predominantemente masculina e, atuando nesse campo, acabo trazendo um olhar criativo e diferente sobre as coisas.

O que eu mais gosto é pensar em todos os detalhes para a pessoa viver bem e sou muito feliz fazendo isso. Ao andar pela cidade, amo ver os lares que ajudei a idealizar e construir”.

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